O Haiti é um dos países mais misteriosos e fascinantes sobre a terra, e o vodu é o coração deste fascínio. De 1959 à 1971 o Haiti foi governado pelo ditador Papa Doc Duvalier, que - como os mais cruéis ditadores - conhecia muito bem o poder do culto da personalidade e promoveu sua própria imagem para assemelhar-se com o senhor vodu dos mortos, Baron Samedi, que é muitas vezes descrito com um chapéu e óculos escuros (como no filme de James Bond ''Viva e Deixe Morrer").
Duvalier nomeou muitos líderes vodus em seu próprio exército pessoal, o temido Tonton Macoute, que aterrorizava a população e, sem piedade às vítimas, muitas vezes, eram queimadas vivas e tinham seus corpos pendurados em árvores. Quando Duvalier chegou ao poder em 1957, ele ressuscitou a velha cultura vodu para seus próprios fins, e de repente as velhas lendas de zumbis, sobre a caminhada dos mortos, estavam de volta em voga no Haiti.
Alguns membros do Tonton Macoute, exército paramilitar à serviço de Duvalier |
A superstição diz que os zumbis são cadáveres reanimados, que saem de seus túmulos, e em algumas áreas desse país os cadáveres recém-falecidos, têm seus pés amputados, para impedi-los de andar depois da morte. Atualmente acredita-se que há provavelmente uma razão muito mais científica para essas criaturas perturbadoras. Na década de 1980, um etnobotânico americano chamado Wade Davis apresentou uma teoria controversa de que "zumbis" eram de fato tratados com uma mistura de tetrodotoxina, neurotoxina altamente letal obtida a partir da carne do baiacu, e datura. A combinação dessas substâncias colocaria a vítima em um estado de transe.
Provavelmente o mais famoso "caso de zumbi" atualmente é o de Felicia Felix-Mentor. Ela foi encontrada cambaleando em uma estrada de Ennery, Haiti em 24 de outubro de 1936. Ela estava caminhando sem rumo. Seus olhos estavam doentes, seus cílios tinham caído, ela estava descalça, vestida com trapos, e se afligia com brilho da luz solar direta. Essa mulher logo atraiu uma multidão. Pessoas de uma família local, disseram que ela se parecia com uma parente falecido deles, Felicia, que supostamente morreu em 1907 com 29 anos de idade.
A família levou-a, mas depois de alguns dias ela teve de ser transferida para um hospital do estado, onde morreu algumas semanas mais tarde. O médico que tratou Felícia disse que seu comportamento era muito estranho: ela ria sem emoção e sem motivo, falava de si mesma na terceira pessoa, havia perdido o senso de tempo e e parecia bastante indiferente ao que estava acontecendo ao seu redor, semelhante à um "morto-vivo". Haviam dúvidas consideráveis se essa mulher, a suposta Felícia, era realmente uma morta-viva. Raios-X mostraram que ela não tinha uma fratura na perna, que a Felícia tinha. O medico Dr. Louis P Mars, acredita que a mulher provavelmente não era Felícia, e sim apenas uma mulher esquizofrênica.
Um caso semelhante foi o de Clairvius Narcisse, que nasceu em 1922, e que alegou que ele tinha sido transformado em um zumbi por um sacerdote (bruxo). Narcisse disse ter sido enterrado vivo, então desenterrado, e obrigado a trabalhar durante anos em uma plantação de açúcar. Ele só saiu do estado de sonambulismo 2 anos após a morte do bruxo que tinha "enfeitiçado" dele. Ao investigar o caso, Wade Davis descobriu que Narcisse tinha uma reputação como um mulherengo, pai de vários filhos ilegítimos. Ele concluiu que sua zumbificação nas mãos do bruxo poderia ter sido um castigo por seus hábitos.
Clairvius Narcisse, morto (em definitivo rs) em 1994 |
Péssima matéria você deixa de fora vários aspectos importantes sobre esse caso. Por exemplo você não diz nada sobre a pesquisadora americana,Zora Neale Hurston,que teve contato com esse caso (a foto da suposta zumbi foi tirada por ela).
ResponderExcluirQuanto a isso da perna é bobagem, fonte falsa, no livro escrito pela pesquisadora referida acima não há nada sobre isso até por que no HAITI em 1936 é bem provável que não existisse aparelho de RAIO-X. A popularização do RAIO-X só ocorreu depois da 2ª guerra mundial, em 1945.
Esqueci de dizer que o livro onde esse caso é citado tem por título TELL MY HORSE e é um livro sobre a vida e o folclore do HAITI e da JAMAICA. Um livro sobre antropologia,com a pesquisa patrocinada pela Fundação Guggenheim.
ExcluirVale lembrar que Zora Neale Hurston era uma mulher negra vivendo nos EUA numa época de intenso racismo e segregação, talvez por isso o caso da zumbi Felicia Felix-Mentor seja mostrado como algo "pitoresco", se fosse branca é provável que o caso seria tratado com mais seriedade. Só para lembrar Zora Neale Hurston estudou em Harvad.
Sleipnir: Obrigado Marcelo pelo seu esclarecimento e suas informações. Dentro do possível eu estarei revendo o texto e corrigindo o que eu puder. Essa matéria foi tirada de alguns sites americanos que tinham informações vagas sobre o assunto, e eu tentei pegar o melhor que encontrei e criar a matéria.
ExcluirObrigado aos dois pelo esclarecimento,mas vcs acham q pode ser verdad e q ela pode vagar por ai ainda?
ResponderExcluir