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25 de abril de 2013

Caso Roswell

۞ ADM Dama Gótica


Roswell é uma cidade do estado do Novo México, Estados Unidos, no Condado de Chaves. Em julho de 1947, supostamente um OVNI caído teria sido encontrado, dando origem ao que ficou conhecido como Caso Roswell. O caso Roswell gerou muita polêmica nos EUA e em todo o mundo, não tendo sido explicado até hoje exatamente o que se passou. A versão oficial dos EUA é a de que o fenômeno foi causado por um balão meteorológico. Muitos ufologistas consideram que "o caso Roswell" foi um marco histórico que deu origem à era moderna dos OVNIs. Anos depois do acontecimento, surgiram séries de TV, filmes e documentários sobre o que se tornaria o incidente mais famoso e controverso da ufologia. 

Os destroços haviam sido encontrados originalmente por um fazendeiro chamado William "Mac" Brazel, que deu uma entrevista ao Roswell Daily Record contando como foi o achado, publicada no dia 9 de julho. Ele disse que no dia 14 de junho, enquanto andava a cavalo com o seu filho Vernon de 8 anos, a cerca de 12 quilômetros do rancho em que vivia com a familia deparou-se com uma série de destroços de algo que ele não conseguiu identificar. 

Acostumado a encontrar restos de balões meteorológicos, não lhes deu importância de início, só vindo a recolher o material após o feriado de 4 de Julho, juntamente com a sua mulher e a sua filha Bessie de 14 anos. Ao contar sua história aos vizinhos Floyd e Loretta Proctor, Brazel foi aconselhado a relatar o episódio à base aérea de Roswell. 

Em 7 de julho de 1947 Brazel dirigiu-se até delegacia do xerife George Wilcox, no condado de Chavez, informando-o de que teria talvez encontrado os restos de um disco voador. O xerife telefonou para a base aérea de Roswell, que enviou o Major Billyard Ray Cyrus, do 509º Grupo de Bombardeiros, juntamente com o Capitão Sheridan Cavitt, para analisarem os destroços. 

Major Marcel recolheu o material e o conduziu para a base de Fort Worth, no Texas. A ordem era não deixar vestígios do acidente e barrar os civis que se aproximassem. 


Enquanto isso a história se espalhou, dando origem à manchete do Roswell Daily Record do dia 8. Pessoas informaram que alguns jornais ofereciam até 3.000 dólares por uma prova dos chamados “discos voadores”, assunto que estava causando furor na imprensa devido às declarações do piloto Kenneth Arnold feitas um mês antes. 

Arnold relatou que, ao sobrevoar o Oregon, avistou objetos de não-identificados como meias-luas que se moviam em círculos voando em formação, e descreveu o seu movimento como o de pedras ou discos deslizando na superfície de um lago. A imprensa logo atribuiu o termo “disco voador”, excitando as imaginações, o que estimulou quase mil relatos de avistamentos de ufos nas semanas seguintes (hoje acredita-se que o que Arnold viu foram na verdade pássaros migrando). Assim, o termo entraria de vez no vocabulário americano como sinônimo de espaçonave alienígena. 

No dia 8 de julho de 1947, em Roswell, o jornal Roswell Daily Record publicou em primeira página a notícia de que o 509º Grupo de Bombardeiros da então Força Aérea do Exército dos EUA havia tomado posse dos destroços de um disco voador: “Força Aérea americana captura disco voador num rancho na região de Roswell”. A notícia surgira de uma nota divulgada pelos militares e redigida pelo tenente Walter Haut. Seus superiores, no entanto, se apressaram em dizer que Haut havia cometido um erro porque não sabia o que estava acontecendo. No mesmo dia, a base de Fort Worth recebia o material para análise. 

A notícia causou rebuliço na cidade, mas já no dia seguinte o jornal desmentiu a história: A notícia sobre os discos voadores perde o interesse. A explicação oficial veio rapidamente: O disco do Novo México é apenas um balão meteorológico, pois o Exército tratou de desmentir a versão do disco voador, afirmando que os destroços encontrados eram de um balão meteorológico. 

A Força Aérea mandou dar um fim no primeiro texto, chamou a imprensa para fotos e distribuiu um novo texto, mandando as especulações para o espaço. Em poucos dias, o caso sumiu do noticiário.

Os mitos de Roswell

A história do disco acidentado estava esquecida até 1978, quando o físico nuclear Stanton Terry Friedman, que ganhava a vida dando palestras sobre óvnis, ouviu falar de Jesse Marcel, sobre quem pairavam rumores de já ter tocado em um disco voador. Friedman o procurou. Inicialmente, Marcel (ex-major) não se lembrava da data do episódio e as informações eram escassas demais para serem de alguma utilidade a Friedman, que deixou a história de lado.


Mas aos poucos ele e outros pesquisadores foram obtendo mais informações e descobrindo outras testemunhas. Em 1979, uma testemunha afirmou a Friedman que os militares estavam acobertando a visita de um disco voador. 

Friedman conseguiu que uma entrevista com Marcel fosse publicada no tablóide National Enquirer, onde Marcel afirmava que nunca tinha visto nada como o material encontrado em Roswell, que acreditava ser de origem extraterrestre. Marcel contou que, antes de levar os restos do desastre para seus superiores, passara em casa para dar à família a chance de ver de perto um artefato extraterrestre. Afirmou também que o material levado por ele ao Texas não era o fotografado na sala do general Roger Ramey. Barras de metal resistente e folhas de algo parecido com alumínio teriam sido trocadas por pedaços de um balão meteorológico enquanto ele apontava o local do acidente na sala dos mapas. E que tinha sido obrigado a posar segurando os restos do balão. O ex-major disse que os pedaços recolhidos eram parte de um quebra-cabeça que o governo queria esconder. Ele defendia a tese de que se tratava de um disco voador. 

Assim o assunto Roswell voltou às manchetes e Marcel virou uma celebridade no mundo da ovniologia. 

Baseando-se em relatos de diversas testemunhas descobertas a partir da volta do Caso Roswell às manchetes, pesquisadores publicaram os primeiros livros defendendo a tese de que os destroços de 1947 eram de uma nave alienígena. São exemplos The Roswell Incident (1980), de Charles Berlitz e William Moore; UFO crash at Roswell (1991) e The truth about the UFO crash at Roswell (1994), de Kevin Randle e Donald Schmitt e Crash at Corona, de Don Berliner e Stanton Terry Friedman (1997). 

Ainda que divergissem alguns detalhes, as teorias apresentadas nesses livros seguiam as mesmas lógicas básicas. Os destroços encontrados em Roswell seriam de uma nave alienígena que, por algum motivo desconhecido, teria se acidentado. Ao identificarem os destroços, os militares americanos teriam iniciado uma campanha de desinformação para acobertar a verdadeira origem do material, apresentando a versão oficial de que seriam restos de um balão meteorológico. O material teria sido na verdade encaminhado para análise em instalações secretas de pesquisa e escondido do público. 

Variações encontradas nas teorias incluem os locais onde teriam sido encontrados destroços, o número de naves que teriam se acidentado, a quantidade de destroços encontrados, a existência ou não de corpos de alienígenas e seu número, bem como a descrição dos materiais.



Stanton Friedman publicou mais tarde, no livro Top Secret/Majic, o que seriam evidências documentais da existência de um grupo governamental clandestino dedicado exclusivamente a acobertar o incidente de Roswell. Este grupo, constituído por doze pessoas e chamado de “Majestic 12”, coordenaria todos os estudos secretos sobre os destroços e os corpos de alienígenas recuperados. Infelizmente para Friedman, investigações do FBI e uma análise independente de Joe Nickell, investigador cético de fenômenos paranormais, provaram que os documentos são completamente falsos. Uma das maiores evidências disso é que foi encontrada uma carta original do Presidente Harry Truman, de 1 de outubro de 1947, cuja assinatura foi fotocopiada e reproduzida pelo(s) falsário(s) nos documentos MJ-12.

Os documentos oficiais Em 1994, Steven Schifft, congressista do Novo México, pediu à GAO (Escritório Geral de Auditoria) que buscasse a documentação referente ao Caso Roswell. Quando a USAF recebeu a petição da GAO, publicou dois relatórios conclusivos sobre o caso: o primeiro, de 25 páginas, intitulado O relatório Roswell: a verdade diante da ficção no deserto do Novo México, foi publicado ainda em 1994 e se concentra na origem dos destroços encontrados. Já o segundo, publicado três anos depois e denominado O incidente de Roswell: caso encerrado, aborda os relatos de corpos de alienígenas. No primeiro relatório a USAF afirmava que os restos encontrados eram de balões do Projeto Mogul, altamente secreto, projetado para detectar possíveis testes nucleares soviéticos (o primeiro teste nuclear soviético só aconteceu em 1949). Para isso, detectores acústicos de baixa frequência eram colocados em balões lançados a altas altitudes. 

Já no relatório de 1997, a Força Aérea dos Estados Unidos afirmou que os estranhos corpos descritos por algumas das testemunhas eram na verdade bonecos de teste do Projeto High Dive. Concluiu-se que: diversas atividades da Força Aérea ocorridas ao longo de vários anos foram misturadas pelas testemunhas, que as lembraram erroneamente como tendo ocorrido em julho de 1947; os supostos corpos de alienígenas observados no Novo México se tratavam na verdade de bonecos de testes carregados por balões de alta altitude; as atividades militares suspeitas observadas na área eram as operações de lançamento e recuperação dos balões e dos bonecos de testes; e que os relatos envolvendo alienígenas mortos no hospital da base de Roswell provavelmente se originaram da combinação de dois acidentes, cujos feridos foram transportados (a queda de um avião KC-97 em 1956, no qual onze militares morreram, e um incidente com um balão tripulado em 1959 em que dois pilotos ficaram feridos). 

Atualmente, bonecos de teste são amplamente conhecidos pelo público em geral (principalmente por causa de seu uso em testes de segurança de automóveis), mas na década de 1950 eles eram desconhecidos fora dos círculos da pesquisa científica. No entanto, na década de 1920, a Força Aérea Americana já lançava esses bonecos de aviões como forma de testar modelos de paraquedas. Na década de 1940 eles foram usados para testar assentos de ejeção para caças. E na década de 1950, eles estavam sendo lançados de balões a alta altitude como parte do desenvolvimento de cápsulas de escape para os futuros veículos espaciais. 


Entre junho de 1954 e fevereiro de 1959, sessenta e sete bonecos foram lançados de balões na região do Novo México, sendo que a maioria caiu fora dos limites das bases militares. Os bonecos eram transportados em grandes caixas de madeira, semelhantes a caixões, para evitar danos aos sensores montados em seu interior. Pelo mesmo motivo, quando retirados das caixas ou após recuperados no campo, os bonecos eram normalmente transportados dentro de sacos plásticos em macas. Em alguns lançamentos, os bonecos vestiam uma roupa de alumínio que protegia os sensores das baixas temperaturas das altas altitudes. Todos estes fatos, além de sua aparência, provavelmente contribuíram para sua identificação como corpos de alienígenas. 

Em março de 2011 um documento de 22 de março de 1950, escrito pelo agente Guy Hottel, foi liberado pelo FBI em seu sistema de pesquisa (The Vault). O documento registra apenas o boato de que três discos voadores teriam sido recuperados no Novo Mexico (EUA), e que cada uma das espaçonaves seria ocupada por três corpos de forma humana, mas com apenas 1 metro de altura, vestidos com roupa metalica de textura muito fina. 

Encerramento do caso

Toda a discussão sobre o que aconteceu em Roswell gira em torno de informações obtidas de testemunhas. Estas testemunhas guardaram suas histórias por décadas, só aparecendo após o assunto receber destaque na imprensa e, em alguns casos, apenas repassavam relatos ouvidos de terceiros. O longo espaço de tempo entre o incidente e os relatos inevitavelmente, diminuiu a sua exatidão e algumas testemunhas, como os filhos de Mac Brazel e do Major Jesse Marcel, eram crianças na época. Como todos os depoimentos e contradições foram explicados, o caso pode ser considerado finalmente encerrado.

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3 comentários:

  1. O ESPAÇO SIDERAL INFINITO SÓMENTE PARA UM PLANETA COM VIDAS?A TERRA;EU ACREDITO QUE HAJAM MILHÕES DE OUTRAS FORMAS DE VIDA,É UMA QUESTÃO DE ENTRAR EM CONTATO OFICIALMENTE.UM DIA SABEREMOS TODA A VERDADE.TELMO SECCO.

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  2. francamente, acho estranho que nessa imensidão toda só tenha a gente, mas de certo modo faz sentido: se o ser humano causa tanto estrago sendo que a nossa tecnologia não chegou ao ápice, imagine quando chegarmos lá! não, o universo não precisa de mais pessoas destruidoras, um planeta já basta, obrigado. Mas há um parágrafo repetido no post: "variações encontradas nas teorias incluem..." você colocou esse parágrafo duas vezes.

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Ruby