۞ ADM Sleipnir
Arte de jaggudada |
Ixtab (em quiché: Xťab, "A da corda"; pronuncia-se Ishtab) é uma suposta deusa maia do suicídio, mais precisamente do suicídio por enforcamento. A única fonte antiga que cita essa deusa é a obra Relación de las cosas de Yucatán (de 1566), compilada pelo bispo e inquisidor espanhol Diego de Landa. De acordo com a citação de Diego, aqueles que se enforcavam iam para uma espécie de céu/paraíso; e por isso, muitas pessoas que se encontravam em situações de tristeza, problemas ou doenças, se enforcavam a fim de escapar dessas coisas e descansarem. Ixtab atuava então como uma espécie de psicopompo, guiando os enforcados até o seu descanso eterno.
Iconografia
Quanto a iconografia de Ixtab, geralmente ela é descrita e representada como uma mulher morta enforcada ou como uma mulher com o nó de enforcamento no pescoço. Essas representações modernas tem como base a imagem de uma mulher enforcada presente no Códice de Dresden, página 53b (imagem abaixo)
Apesar de ser comumente associada à Ixtab, a imagem acima ocorre em uma seção dedicada aos eclipses do sol e da lua, e pode ter sido usada para simbolizar um eclipse lunar e suas terríveis consequências para as mulheres, que estavam intimamente associadas à deusa da lua.
Uma deusa fabricada?
Alguns estudiosos da cultura maia defendem a teoria de que Ixtab é uma invenção moderna, baseada em interpretações/percepções errôneas de Diego de Landa sobre o povo maia. Apesar de certas obras e autores modernos citarem que o suicídio por enforcamento era uma forma honorável de morrer para os antigos maias, tendo inclusive um status comparável ao das vítimas de sacrifícios, mulheres que morriam ao dar a luz e guerreiros mortos em combate, a verdade é que o suicídio por enforcamento era muito mais comum na cultura espanhola da qual Landa se originou do que na cultura maia que ele estava narrando.
A popularidade de Ixtab como uma deusa do suicídio teve um grande crescimento nas últimas décadas, e segundo um artigo publicado em 2013 pela professora e PhD em Antropologia Beatriz Mireya Reyes-Foster, tal popularidade estaria ligada às altas taxas de suicídio no atual estado de Yucatan. Em seu artigo, Reyes-Foster relaciona imagens de jornais de jovens indígenas que se suicidaram na década de 1930 a essa ideia de uma predisposição maia ao suicídio, que é então reforçada por essa noção de que os maias tinham uma divindade pré-colonial especificamente para enforcamento. Para ela, acreditar que os maias tinham uma divindade apenas para o suicídio por enforcamento é outra forma de perpetuar o conceito dos maias como "outros".
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fontes:
- http://www.famsi.org/mayawriting/codices/dresden.html
- https://read.dukeupress.edu/ethnohistory/article-abstract/63/1/1/9295/Unraveling-Ix-Tab-Revisiting-the-Suicide-Goddess
- https://www.reddit.com/r/AskHistorians/comments/4z1rt0/is_the_mayan_godess_of_suicide_ixtab_legit/
- South and Meso-american Mythology A to Z, 2º Edição, de Ann Binghan e Jeremy Roberts
muito bom obrigado por falar dessa maravilhosa cultura novamente
ResponderExcluircredo kkkkk
ResponderExcluirali vc escreveu portegendo os suicidas, sem querer ser chato só corrigindo
ResponderExcluirTranquilo. Obrigado por avisar!
Excluiragradeço suas colocações sera muito proveitoso uma vez que minha monografia de tcc é sobre suicídio. obrigada!
Excluirconhecia um cara que se matou enforcado, deixou um bilhete com o desenho dela, dizendo que ela faria sua passagem pro paraiso, tenso familia dele sofreu demais
ResponderExcluirLegal a mensagem final,Todos Contra o Suicídio.
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