30 de janeiro de 2015

Papa Legba

۞ ADM Sleipnir



No vodu haitiano, Papa Legba (Legba, Legba Atibon, Atibon Legba, Ati-Gbon Legba) é o loa que atua como intermediário entre os demais loas e a humanidade. Ele é também o deus das encruzilhadas; ele abre o caminho para o Guinee (o mundo espiritual) e dá (ou nega) permissão aos mortais para que possam dialogar com os espíritos. Acredita-se que ele seja capaz de falar todos os idiomas humanos. Sua consorte chama-se Adjessi.


Papa Legba é sempre o primeiro e o último espírito invocado em qualquer cerimônia, pois sua autorização é necessária para que possa haver qualquer comunicação entre os mortais e os loa. No Haiti, ele é chamado de "a grande elocução" ou "a voz de Deus". Ele tem o poder de facilitar a comunicação, a fala e a compreensão. É muito poderoso, é o primeiro a abrir as portas para o mundo espiritual, quando solicitado, e tem o poder de remover obstáculos.

Características

Papa Legba costuma aparecer como um homem velho, com uma muleta ou uma bengala, vestindo um chapéu de palha de aba larga e fumando um cachimbo. Já no Benin e Nigéria, Papa Legba é visto como um homem jovem e viril, é muitas vezes cornudo e fálico, e o seu relicário é normalmente localizado na porta da aldeia na zona rural.



Suas cores são o vermelho e o preto, o cachorro é seu animal sagrado, e algumas de suas coisas favoritas que podem ser usadas ​​como oferendas incluem: doces, charutos, rum, tabaco e óleo de palma. Seu número é três e o seu dia da semana é segunda-feira.


No panteão Ioruba, homenageado na Nigéria, Cuba, Brasil, e no resto da diáspora Ioruba, Papa Legba é principalmente associado com Elegua, uma vez que ambos partilham o posto de "donos da encruzilhada". Ao contrário de Papa Legba, no entanto, Elegua é um trickster (deus ou animal antropomórfico que prega peças e desobedece regras normais e normas de comportamento) malandro criança.  Legba também partilha semelhanças com Orunmilá, o orixá da profecia que ensinou à humanidade como usar o poderoso oráculo Ifá.

Devido à sua posição como guardião do portão entre os mundos da vida e dos mistérios, ele é frequentemente identificado com São Pedro, que detém uma posição comparável na tradição Católica, mas ele também costuma ser representado no Haiti, como São Lázaro ou Santo Antônio, o Grande.


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29 de janeiro de 2015

Kujata

۞ ADM Sleipnir

Arte de braquicefalo

Kujata (Kjata, Kuyūthā, árabe:كيوثاء) é um touro gigantesco pertencente à mitologia árabe. Segundo o mito, Kujata possui quatrocentos olhos, quatrocentos narizes, quatrocentas bocas, quatrocentas línguas, quatrocentos ouvidos e quatrocentas patas. Para se ter uma idéia do tamanho desta criatura, a distância de um olho a outro, ou de outra parte a qualquer outra levaria quinhentos anos para ser percorrida por um ser humano comum.

Sobre suas costas, Kujata sustenta um rubi sobre o qual repousa um anjo, que, por sua vez, suporta os sete infernos, que suportam a Terra onde por sua vez sobre ela, se encontram os sete céus. Kujata é sustentado por Bahamut, um peixe-serpente igualmente gigantesco que por sua vez, nada em um oceano cósmico que está sobre um abismo, que está sobre um vasto mar de fogo, suportado por sua vez pela serpente cósmica Falak.

Arte de Bambikhan

Cultura Popular

Kujata aparece na franquia de jogos Final Fantasy, sendo sua primeira aparição no VII. Também aparece como um guardião game de aventura plataforma La-Mulana 2.

Arte do game Mobius Final Fantasy
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28 de janeiro de 2015

Macaco-de-Loys

۞ ADM Sleipnir


O Macaco-de-Loys foi uma estranha criatura semelhante a um macaco, morta a tiros em 1917 na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia pelo geologista suíço François de Loys. A criatura era semelhante a um hominídeo, não tinha rabo como um macaco, possuía 32 dentes e tinha aproximadamente de 1,60 a 1,65 m de altura.

François de Loys conduzia uma expedição em busca de petróleo próximo ao rio Tarra e Maracaibo, quando duas criaturas avançaram em direção do seu grupo. No intuito de se defender, François de Loys disparou contra as criaturas. O macho correu em direção à selva e a fêmea foi atingida e morta. A criatura foi fotografada e as fotos foram guardadas por de Loys.

François de Loys não revelou a mais ninguém sobre a criatura quando retornou à Suíça. Mas em 1929, o antropólogo George Montadon, que estava procurando informações nas anotações de de Loys sobre tribos indígenas da América do Sul descobriu a foto e convenceu de Loys a publicá-la num jornal inglês.  Mais tarde, várias matérias foram publicadas em França sobre a misteriosa criatura e George Montadon propôs o seu nome científico à Academia Francesa das Ciências, Ameranthropoides loysi.

A existência do macaco-de-Loys nunca foi comprovada ou aceita pela comunidade científica. De Loys foi muitas vezes criticado por Arthur Keith, um intelectual britânico. Não é possível saber o tamanho do macaco-de-loys pela fotografia. O criptozoologista Ivan Terrance Sanderson também defende que o macaco-de-loys era apenas um macaco-aranha. Aquela criatura poderia ser a explicação para o registo visual de criaturas como Yeti, Sasquatsh e Mapinguari.

Anos mais tarde, a comunidade científica entrou em acordo de que o macaco-de-loys era apenas um macaco-aranha que teve seu rabo cortado. No entanto é estranho encontrar um macaco-aranha tão grande. Alguns cientistas defendem que o macaco-de-loys é uma espécie exótica de macaco-aranha. E vocês, o que acham?



Fonte: wikipedia.org
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27 de janeiro de 2015

Ziz

۞ ADM Sleipnir

Arte de Rii2 N

Ziz (em hebraico: זיז) é um gigantesca ave presente na mitologia judaica. De acordo com a lenda, Ziz é uma ave enorme, ao ponto de sua cabeça atingir os céus enquanto seus tornozelos tocam o chão. A envergadura de suas asas é igualmente grande, e dizia-se que tinha a distância entre a Terra e Céu, além de bloquear completamente o sol. A batida de suas asas enormes são capazes de mudar a direção dos ventos.

Ziz também é conhecido como Renainn por causa de sua voz musical e celeste. Por conta de sua relação com as regiões celestiais , ele também é chamado Seqwi ("o vidente") e , além disso, ele é chamado de "filho do ninho", porque ele cria pássaros e aves sem colocar ovos, e os mesmos rompem as casca dos ovos sem serem chocados.

Ziz forma uma tríade com os monstros judaicos Leviatã (mar) e Behemoth (terra), sendo Ziz o representante do ar. Os três são figuras tradicionais de decoração no artesanato judaico. De acordo com algumas lendas, ele está destinado a ser servido como prato principal no banquete messiânico, juntamente com o Behemoth e Leviatã. Alguns autores comparam Ziz com o sumério Anzu e também com o persa Simurgh.

Embora não se tenha um relato mais preciso na Bíblia sobre o Ziz, ele é mencionado em 2 Crônicas 20:16 : "Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel". 

Curiosamente, existiu uma espécie de condor que atingia até 8 metros de envergadura, sendo a maior ave do mundo e presente em diversas lendas de vários povos, conhecido cientificamente como Teratornis. Esse provavelmente era o pássaro que inspirou a lenda de Ziz.

Arte de venominon
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26 de janeiro de 2015

A Espada de Goujian

۞ ADM Sleipnir



A Espada de Goujian (越王勾踐劍) é um artefato arqueológico do período da Primavera e Outono (771 a 403 a.C.) encontrada em 1965, em Jiangling, província de Hubei, na China. Considerada um tesouro nacional, a espada é tão lendária para o povo chinês quanto a espada do Rei Artur é no Ocidente. Apesar de ter permanecido enterrada por mais de 2.000 anos, a espada manteve suas qualidades de corte intactas, além de não possuir nenhum sinal de ferrugem. 

Descoberta

De acordo com Weisi Tan, líder da equipe de arqueologia responsável pela escavação, a espada foi encontrada em uma tumba do Período dos Reinos Combatentes (770-467 a.C.). A equipe encontrou uma caixa de madeira preta, no lado esquerdo do esqueleto, que abrigava uma espada de bronze com a bainha. Todos ficaram chocados quando um dos arqueólogos finalmente tirou a espada, que era extraordinariamente bela e brilhante. Quando um dos membros da equipe tentou tocar a lâmina, seus dedos começaram a sangrar imediatamente após o contato.

Características da espada

A espada mede 55,7 centímetros de comprimento com uma lâmina de 4,6 centímetros de largura e 8,4 centímetros de comprimento da empunhadura. Cada lado da lâmina é decorada com turquesas. Ela contém algumas gravuras em baixo elevo e 11 círculos concêntricos situados a apenas 0,2 milímetros além da ponta do cabo. Na lâmina perto do punho, há oito caracteres antigos (tipo "selo") que se traduzem em: "Esta espada pertence à Goujian, o Rei do Estado de Yue".

Quem foi Goujian?



Goujian foi um imperador famoso na história chinesa que reinou sobre o Estado de Yue durante o Período da Primavera e Outono (770-476 a.C.). Apesar de seu reino ter sido derrotado pelo Estado de Wu, Goujian liderou seu exército para a vitória 10 anos depois. Sua história foi muito difundida na China e alguns dizem que a espada de Goujian foi a arma responsável pela restauração do estado derrotado.

Investigações  

Além de seu valor histórico, muitos estudiosos também se interessaram em saber a razão da espada não ter enferrujado, tendo estado em um ambiente úmido por mais de 2.000 anos, e também como as decorações delicadas foram esculpidas na espada.

A analise científica mostrou que a espada é principalmente uma liga de bronze composta por cobre, estanho e uma pequena quantidade de alumínio, ferro, níquel e enxofre, e o padrão em flor era provavelmente um resultado de sulfuração. A proporção de cobre e estanho também varia em diferentes partes da espada. O corpo principal da espada é composto por mais cobre, o que reforça a sua tenacidade; já suas bordas (fios cortantes) são mais ricas em estanho, o que torna a espada muito afiada.

Na década de 1990, outra pesquisa revelou uma proporção elevada de enxofre em torno do padrão de flores e sulfeto de cobre, que é à prova de ferrugem. Aos cientistas a lâmina da superfície também têm encontrado vestígios de um tratamento químico utilizado para prevenir a ferrugem.

Devido a sua riqueza de detalhes, a espada seria muito difícil de ser reproduzida nos dias de hoje, mesmo com toda a tecnologia ao nosso dispor, fazendo da espada de Goujian um exemplo da fenomenal habilidade metalúrgica da antiga China. 

Atualmente, a espada permanece em exposição no Museu Provincial de Hubei.



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23 de janeiro de 2015

Satet

۞ ADM Sleipnir


Satet (também conhecida como Setet, Sathit, Satit, Sati, Setis ou Satis) era uma deusa arqueira egípcia, associada à guerra, a caça e as plantações. Ela também é uma das divindades associadas a inundação do rio Nilo, e por conta disso também é considerada uma deusa da fertilidade.

Seu nome vem do verbo "sentar" (para atirar, para ejetar, a derramar, para jogar), muitas vezes traduzido como "Aquela que Atira (flechas)" em relação ao seu aspecto como uma deusa da caça, ou "Aquela que Derrama", com referência ao seu papel na inundação e sua tutela sobre as cataratas do Nilo. 

Características

Satet é geralmente retratada como um antílope ou gazela, ou mais comumente uma mulher vestindo a coroa branca do Alto Egito (Hedjet), decorada com plumas de avestruz (Coroa Atef) ou com chifres de antílope/gazela. Outras ilustrações mostram-la com a Coroa Vermelha do Alto Egito ou uma longa peruca. Ocasionalmente, Satet empunha um arco e flechas, mas geralmente estes são substituídos por um cetro e um ankh (símbolo da vida).

Arte de Serena C


Atributos

Satet era uma deusa guerreira, considerada a guardiã da fronteira sul do antigo Egito e acreditava-se que ela atirava suas setas contra qualquer um que tentasse passar por lá. Nos Textos das Pirâmides, Satet é relacionada com a guerra e a ilha de Elefantina, cumprindo uma função associada à purificação dos mortos.

Seu papel mais importante era como uma das divindades da inundação, sendo uma das divindades responsáveis pela enchente anual do Nilo. De acordo com o mito, durante a "Noite da Lágrima", a deusa Ísis derramava uma única lágrima, que era capturada por Satet e então despejada sobre o Nilo, causando a sua inundação. 

Relações com outros deuses

Como muitas outras deusas, acreditava-se que Satet fosse uma das filhas de Ra e foi por vezes considerada a consorte de Montu (o deus da guerra de Tebas). Durante o Império Novo, ela passou a ser considerada consorte de Khnum e mãe ou irmã de Anuket, e juntos formavam a tríade de Abu (Elefantina). Na cidade de Esna, Satet formava uma tríade com Khnum e NeithComo Khnum era associado à Osíris, e Anuket associada à Néftis, Satet tornou-se associada à Ísis. Ela também era associada com Hathor, como deusa da fertilidade humana e do amor.

Culto

Satet foi uma deusa popular no Alto Egito, sendo adorada em particular na ilha de Sehel, localizada ao sul de Assuão e de Elefantina. Alguns artefatos encontrados em Saqqara sugerem que Satet também foi uma deusa popular no Baixo Egito desde tempos antigos. Ela permaneceu popular através da história egípcia e seu templo em Elefantina foi um dos principais santuários do Egito. 

Tríade Elefantina, por Sandro ''Sanio'' Perovich
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22 de janeiro de 2015

Anteu

۞ ADM Sleipnir

Hercules luta contra Anteu (1634), de Francisco de Zurbarán

Anteu era um gigante presente nas mitologias grega e berbere. Ele era filho de Poseidon e Gaia e marido de Tinjis, possivelmente uma divindade dos povos berberes. Anteu vivia na Líbia, e lá estava sempre desafiando a todos os homens que via para um combate corpo-a-corpo, os quais ele sempre vencia. Anteu era extremamente forte enquanto estava em contato com a terra (Gaia), e ficaria extremamente fraco se fosse levantado ao ar. Sendo um gigante, era impossível para um humano comum conseguir realizar tal proeza. Anteu matava todos aqueles que derrotava, e usava os seus esqueletos para edificar um templo em honra de seu pai Poseidon.

Durante a execução de um de seus trabalhos, Héracles passou pela Líbia e acabou encontrando Anteu. Os dois entraram num combate corpo-a-corpo, mas nem Héracles conseguia derrotar Anteu, e nem Anteu conseguia esmagar o crânio de Héracles. Eventualmente Héracles descobre que Anteu retira suas forças do chão, e para derrotá-lo, ele levanta Anteu do chão e o mantém suspenso no ar. Desprovido de toda sua força, Anteu acaba sendo morto por Héracles. Sua esposa Tinjis é desposada por Héracles, e deste união nasceu Sufax (ou Sophax), que se tornou rei do país e fundou uma cidade com o nome da mãe, Tinjis, a atual Tânger. Sufax foi o pai de Diodoro, que submeteu os líbios, por ter um exército de gregos de Olbia e Micenas, estabelecidos na região por Héracles.

Hércules e Anteu (1695), de Gaudenzio Ferrari


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21 de janeiro de 2015

Oxum

۞ ADM Sleipnir



Oxum (ou Oxun, Oshun, Osun, Oshoun, Ochun, Oloxum) é um orixá da religião iorubá e do cadomblé, governante das águas doces (o oposto de Iemanjá, divindade das águas salgadas) e associada ao amor, riqueza, prosperidade, fertilidade e beleza. Oxum também é a deusa do rio de mesmo nome, localizado na Nigéria, e ela é especialmente adorada em rio-cidades. Durante sua festa anual, ela escolhe uma ou mais mulheres dançarinas para "baixar" sobre. Essas mulheres, em seguida, recebem novos nomes em homenagem a Oxum e são posteriormente consultadas como curandeiras.

Como um orixá do amor, Oxum é caracterizada como uma mulher bela, charmosa e provocante. Geralmente é representada como uma bela mulher negra, vestido roupas e jóias douradas, além de trazer um espelho em uma das mãos. Em alguns contos, ela é descrita como tendo uma cauda de peixe, como uma sereia.



Oxum foi a segunda mulher de Xangô, mas viveu também com Ogum, Exu, Orunmilá e Oxóssi, de acordo com vários mitos.

Com a diáspora africana, a figura de Oxum foi trazida para as Américas, e adotada pelos panteões que se ramificaram das tradições africanas, como o candonblé brasileiro e a Santeria cubana. No Vodu haitiano, ela é sincretizada com Erzulie ou Ezili, também uma divindade da água e do amor. Nas religiões afro-brasileiras é sincretizada com diversas Nossas Senhoras. Na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres. No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Oxum, assim como os outros Orixás, possui um número associado a ela (5); uma cor (amarelo); e um metal (ouro ou bronze). O pavão e o abutre são animais sagrados para ela. Oferendas à Oxum incluem coisas doces como mel, hidromel, vinho branco, laranjas, doces, ou abóboras, bem como perfume.

Alguns mitos envolvendo Oxum

Oxum é concebida por Iemanjá e Orunmilá 

Um dia Orunmilá saiu de seu palácio para dar um passeio acompanhado de todo seu séquito. Em certo ponto deparou com outro cortejo, do qual a figura principal era uma mulher muito bonita. Orunmilá ficou impressionado cm tanta beleza e mandou Exu, seu mensageiro, averiguar quer era ela. Exu apresentou-se ante a mulher com todas as reverências e falou que seu senhor, Orunmilá, gostaria de saber seu nome. Ela disse que era Iemanjá, rainha das águas e esposa de Oxalá. Exu voltou à presença de Orunmilá e relatou tudo o que soubera da identidade da mulher. Orunmilá, então, mandou convidá-la ao seu palácio, dizendo que desejava conhecê-la. Iemanjá não atendeu o seu convite de imediato, mas um dia foi visitar Orunmilá.

Ninguém sabe ao certo o que se passou no palácio, mas o fato é que Iemanjá ficou grávida depois da visita a Orunmilá. Iemanjá deu a luz a uma linda menina. Como Iemanjá já tivera muitos filhos com seu marido, Orunmilá enviou Exu para comprovar se a criança era mesmo filha dele. Ele devia procurar sinais no corpo. Se a menina apresentasse alguma marca, mancha ou caroço na cabeça seria filha de Orunmilá e deveria ser levada para viver com ele. Assim foi atestado, pelas marcas de nascença, que a criança mais nova de Iemanjá era de Orunmilá. Foi criada pelo pai, que satisfazia todos os seus caprichos. Por isso cresceu cheia de vontades e vaidades, o nome dessa filha é Oxum.



A astúcia de Oxum

Houve um tempo em que os orixás masculinos se reuniam para discutir sobre a vida dos mortais e não deixavam as deusas participarem das decisões. Aborrecida com isso, Oxum fez com que as mulheres ficassem estéreis e então tudo deu errado na terra. Os orixás foram consultar Olorum e ele explicou que sem a presença de Oxum com seu poder sobre a maternidade, nada poderia dar certo. Os orixás, então, convidaram Oxum para participar das reuniões: as mulheres voltaram a ser fecundas e todos os projetos dos orixás tiveram bom resultado.

Oxum obtém o dom de adivinhação

Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exu e este não queria lhe revelar. Ela então procurou na floresta as Iyami Oshorongá, as perigosas feiticeiras africanas, e lhes perguntou como enganar a Exu e conseguir o segredo do jogo de búzios. As feiticeiras, querendo pregar uma peça a Exu, ensinaram toda a sorte de magias a Oxum, mas exigiram que ela lhes fizesse uma oferenda a cada feitiço realizado. Oxum concordou e foi procurar Exu. Este, desconfiado, perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria embora e que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir o que tem entre os dedos. Exu se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exu o cega e arde muito. Exu gritava de dor e dizia; "Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?" Oxum fingindo preocupação, respondia: "Búzios? Quantos são eles?" "Dezesseis", respondeu Exu, esfregando os olhos. "Ah! Achei um, é grande!" "É Okanran, me dê ele". "Achei outro, é menorzinho!" "É Eta-Ogundá, passa pra cá..." E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá, o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu dividir o poder do jogo entre ela e Exu.



Oxum e Oxóssi


Sempre que Oxóssi ia caçar ele parava na beira do rio para se refrescar, e todas as vezes que ele o fazia, Oxum o via e admirava a sua beleza. Apesar disso, Oxóssi não se interessava por Oxum, pois gostava somente das mulheres das matas. Oxum então pergunta a Exú como ela poderia fazer Oxóssi se apaixonar por ela. Exu diz a Oxum que ela deveria tomar um banho de mel e jogar folhas sobre o seu corpo, e que isso certamente iria atrair Oxóssi. No dia seguinte, Oxum fez como Exú havia lhe dito, e quando Oxóssi se aproximou da beira do rio, avistou o que pensava ser uma linda mulher das matas. Oxóssi se encantou com a bela mulher e então se envolveram. Sua relação durou por muito tempo, mas um dia Oxóssi acabou descobrindo a farsa de Oxum, e então a deixou. Quando Oxum viu Oxóssi indo embora, gritou dizendo que estava grávida, e isso o deixou muito feliz, porém não foi o suficiente para fazê-lo voltar para ela. Seu filho, chamado Logun Edé, tornou-se o príncipe dos orixás, a união das matas com os rios. Ele vivia 6 meses com o pai nas florestas e 6 meses com Oxum nos rios.

Oxum se torna esposa de Xangô

Apesar do seu amor por Oxossi, numa das longas ausências deste, Oxum foi seduzida pela beleza, pelos presentes (Oxum adora presentes) e pelo poder de Xangô, irmão de Oxossi, rompendo sua união com o deus da floresta e da caça. Como Xangô não aceitou Logun-Edé em seu palácio, Oxum abandonou seu filho, usando como pretexto a curiosidade do menino, que um dia foi vê-la banhar-se no rio. Oxum pretendia abandoná-lo sozinho na floresta, mas o menino se escondeu sob a saia de Iansã, a deusa dos raios, que estava por perto. Oxum deu então seu filho a Iansã e partiu com Xangô tornando-se, a partir de então, sua esposa predileta e companheira cotidiana.



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20 de janeiro de 2015

Shellycoat

۞ ADM Sleipnir

O Shellycoat ("coberto de conchas") é uma espécie de bogeyman escocês que assombra os rios e córregos. É uma criatura solitária e brincalhona, cuja principal diversão é enganar andarilhos, geralmente fingindo que estão se afogando ou fazendo com que os mesmos se percam. Apesar disso, os Shellycoat são criaturas relativamente inofensivas.

Shellycoats geralmente tem a pele verde pálida, cabelos negros e finos, braços e dedos longos e um nariz grande e achatado. São cobertos da cabeça aos pés com pequenas conchas de todos os tipos, que fazem barulho conforme eles andam, denunciando sua presença. Eles normalmente se vestem de modo a cobrir a maior parte de seu corpo, usualmente mostrando apenas o rosto e as mãos. O corpo de um shellycoat está sempre úmido e pegajoso, e muitas vezes cheira à água estagnada.

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19 de janeiro de 2015

Corpo-Seco

۞ ADM Sleipnir

Arte de Mari Morgan

Corpo-Seco (também conhecido como Unhudo em algumas regiões) é uma criatura pertencente ao folclore brasileiro. Sua lenda teve origem em meados do séc. XX, e é bem conhecida no interior dos estados de São Paulo, Minas Gerais e também nas regiões Norte e Centro-Oeste. 

Existem várias versões de sua lenda. Uma delas conta que o Corpo-Seco foi um homem muito mal durante a vida, que vivia brigando com as pessoas, além de maltratar a própria mãe. Após sua morte, este homem se tornou uma criatura grotesca e maligna, cujo propósito é o de punir todos aqueles que respondem ou maltratam suas mães, como ele o fez um dia. O Corpo-Seco se camufla no tronco das árvores, à espera de que alguma vítima passe próximo a ela, e então pula nela e suga todo seu sangue e transformando-a em um Corpo-Seco também. Caso ninguém passe por perto da entidade por muito tempo, ele acaba morrendo de fome, ficando igual a uma árvore seca. Dizem que é por essa razão que existem muitas árvores mortas com aspectos humanos.

Arte de Gustavo Rinaldi

Outra lenda sobre o Corpo-Seco diz que ele teria sido um homem muito egoísta e mesquinho durante a vida. Ele cultivava uma variedade enorme de frutas e grãos em sua fazenda, e durante uma época de estiagem onde diversas pessoas estavam passando fome, ele se negou a dividir seus estoques que havia guardado em grande quantidade. Os populares se revoltaram e em meio a briga o fazendeiro acabou morrendo vítima de um infarto. Mesmo após a morte, ele não teria descansado. Sua raiva só aumentou e no fim acabou transformando-se em uma criatura cruel e vingativa. Diz a lenda que a a criatura fica nas matas a espera de qualquer um que cruze seu caminho e jamais deixa que outras pessoas se aproximem de árvores frutíferas, ás quais ele considera serem sempre de seu antigo pomar.

Em Ituiutaba, Minas Gerais, há ainda uma outra variação da lenda. Dizem os populares que o corpo de uma mulher que havia sido enterrada no cemitério municipal não permanecia no fundo da cova mais do que algumas horas. Segundo os mesmos, a terra expulsava o corpo. Era como se a terra repelisse o corpo da mulher. Os bombeiros teriam sido chamados e na falta de uma explicação (e de uma solução) os bombeiros teriam levado o corpo da mulher para uma caverna localizada em uma serra ao sul do município e lá teriam deixado o cadáver para que encontrasse o descanso eterno. De acordo com os moradores que ousam andar pela estrada de terra que fica a margem da serra, é possível escutar lamentos e gritos de uma mulher vindos de dentro da caverna. A serra onde se encontra a caverna ficou conhecida como a "Serra do Corpo-Seco".



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16 de janeiro de 2015

Audumla

۞ ADM Sleipnir


A vaca gigante Audumla (também Audumbla, Auðhumbla e Audhumla) é na mitologia nórdica um dos dois seres a surgirem do encontro entre as chamas de Muspelheim e o gelo de Nifheim. O outro ser foi Ymir, o primeiro gigante de gelo. Dos úberes de Audumla corriam quatro rios de leite, com os quais ela alimentava Ymir e sua prole, aumentando a força e a violência dos mesmos.

Audumla se alimentava lambendo o sal contido nas pedras de gelo, e um dia, enquanto lambia mais uma pedra de gelo, surgiu a cabeça de um homem. Após três dias lambendo essa pedra de gelo, foi libertado Buri, o gigante que deu origem à linhagem dos Aesir.

Leia mais sobre a Cosmogonia Nórdica aqui

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15 de janeiro de 2015

A Árvore do Vampiro

۞ ADM Sleipnir



A Árvore do Vampiro é uma lenda urbana mexicana acerca  de uma enorme árvore que nasceu de uma sepultura do Panteón de Belén, um antigo cemitério de Guadalajara.

De acordo com a lenda, há muitos anos atrás, os cidadãos de Guadalajara foram perseguidos por um vampiro sedento de sangue. O primeiro sinal de que algo estava errado surgiu quando eles começaram a encontrar animais mortos por toda a cidade. As pessoas ficaram intrigadas e após examinarem os cadáveres, descobriram que os mesmos tiveram todo o seu sangue drenado.

Após um tempo, recém-nascidos também começaram a ser atacados no meio da noite. As mães horrorizadas encontravam as crianças mortas em seus berços. Da mesma forma que os animais atacados, todo o sangue tinha sido drenado de seus corpos sem vida. Para eles, estava claro que havia um vampiro à solta.

Todos que viviam na região ficaram apavorados, e a maioria tinha medo de se aventurar pela cidade após o anoitecer. Havia um grupo de cidadãos que estavam cansados de viver em constante medo do vampiro e decidiram que iriam pôr fim ao seu reinado de terror, e começaram a buscar rastros da maldita criatura.

Um dia, ainda nas primeiras horas da manhã, um novo ataque foi relatado. Um grupo de cidadãos locais que estavam em alerta viu um homem se escondendo de volta para sua casa. Ele tinha olhos claros e uma pele branca e pálida. Irritados, os cidadãos vigilantes tinham certeza de que aquele era o responsável pelos ataques. Eles rapidamente invadiram sua casa e o mataram enquanto ele estava deitado em sua cama, atravessando um estaca de madeira crua em seu coração.

Na manhã seguinte, a população arrastou seu corpo para o Panteón de Belén e sem a menor cerimônia sepultaram-no sob grossas placas de concreto, esperando que isso o impedisse de voltar dos mortos.

Meses mais tarde, eles voltaram até o local, e encontraram as placas de concreto divididas e quebradas por uma pequena árvore, que havia crescido a partir da estaca que eles haviam cravado no coração do vampiro. Ao longo do tempo, a árvore foi crescendo e ficando cada vez maior, e os moradores chamaram-na de "A Árvore do Vampiro".

Ainda hoje, a árvore permanece no meio do Panteón de Belén. Reza a lenda que se você quebrar um de seus galhos, irá escorrer sangue em vez de seiva. A lenda também diz que à noite podem ser vistos os rostos das vítimas do vampiro na casca da árvore. Foi colocada uma cerca ao redor da árvore gigante para protegê-la, e com razão. Eles dizem que se a árvore morrer, o corpo do vampiro irá se levantar do túmulo e aterrorizar a cidade novamente.


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14 de janeiro de 2015

Hiderigami

۞ ADM Sleipnir


Hiderigami (魃 ou ひ で り が み, "espírito da seca", também conhecido como  Batsu, Kanbo, Shinchié uma espécie mítica de yokai presente no folclore japonês, e que detém o poder de causar secas. É uma criatura humanóide, grotesca e peluda, que mede entre 60 e 90 centímetros de altura. Possui um único olho localizado no topo de sua cabeça, e apenas um braço e uma perna, embora possa correr tão rápido quanto o vento. Todos os hiderigamis são do sexo feminino.

Hiderigamis são raramente avistados por seres humanos. Eles vivem nas profundezas das montanhas e raramente se aventuram em terras habitadas por humanos, mas quando o fazem, sua presença pode ser facilmente identificada. O corpo de um hiderigami exerce um calor tão forte que qualquer lugar em que ele esteja se torna seco, nuvens não conseguem se formar e assim, nunca há chuva. 



Origem

Os Hiderigamis tiveram sua origem no sul da China, e nasceram de uma deusa. Sua origem está escrita em alguns dos mais antigos registros históricos chineses. Quando o legendário Imperador Amarelo lutou contra o deus da guerra Chi You, ele invocou uma poderosa deusa chamada Batsu para ajudá-lo no combate. Batsu continha um calor sobrenatural dentro dela, e quando ela liberou seus poderes, a batalha acabou rapidamente com um resultado favorável para o Imperador Amarelo; no entanto, ela usou muito do seu poder, tornando-se incapaz de voltar para o céu ou suprimir seu calor. Quando Batsu estava perto da água secou e a chuva não caía, tornando-se assim um problema terrível para o imperador. Incapaz de matá-la ou enviá-la de volta para o céu, o Imperador Amarelo exilou a deusa em uma montanha distante, e proibiu-a de regressar. Como Batsu se tornou mãe dos Hiderigamis ou se ela se transformou neste yokai é desconhecido.


fonte:

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13 de janeiro de 2015

Kamadeva

۞ ADM Sleipnir

Arte de Cristian Huerta

Kamadeva (em sânscrito: कामदेव, Kāmadeva) é o deus hindu do amor. Como seus homólogos nas mitologias grega e romana (Eros e Cupido), Kamadeva é retratado como uma figura masculina alada e armado com um arco e flecha. Na iconografia, Kamdeva é mostrado montando um papagaio e segurando um arco feito de cana, que tem cordas de abelhas e cujos arcos são cobertos com cinco tipos de flores perfumadas. Geralmente é acompanhado por um grupo de belas ninfas (apsaras). Da mesma forma que o Cupido romano e o Eros grego, os dardos de Kamadeva inspiram o amor em vítimas inocentes. Seus alvos preferidos são jovens, mulheres casadas e sábios ascetas.

Kamadeva é uma divindade a qual são atribuídas várias genealogias. De acordo com o Shiva Purana, Kamadeva é filho (na verdade, uma criação) de Bhrama, o deus criador do universo. De acordo com outras fontes, incluindo o Skanda Purana, Kamadeva é irmão de Prasuti; ambos seriam filhos de Shatarupa, outra das criações de Bhrama. Acréscimos posteriores o consideram filho de Vishnu e Lakshmi. Todas as fontes concordam que Kamadeva é marido de Rati (Ratī), filha de Prasuti e Daksha (outro filho/criação de Bhrama). De acordo com algumas crenças, Kamadeva teria reencarnado certa vez como Pradyumna, filho de Krishna e Rukminī.



O Sacrifício de Kamadeva

Após Sati, consorte de Shiva, entrar no fogo e abraçar a morte devido ao insulto que seu pai Daksha ao seu esposo, Shiva ficou completamente devastado. Ele abandonou suas funções divinas e entrou em um profundo período de meditação. Isso causou um desequilíbrio destrutivo no mundo, o que preocupou todos os deuses.

Enquanto isso, Sati renasceu como a deusa Parvati. Ela desejava se casar com Shiva, mas ele não demonstrava nenhum interesse, optando por ignorar seus sentimentos. Os deuses decidiram abordar Kamadeva para pôr fim ao estado lastimável do mundo. Kamadeva atirou uma de suas flechas em Shiva, interrompendo sua meditação. Shiva ficou furioso, e em um acesso de raiva, abriu seu terceiro olho, matando Kamadeva instantaneamente. No entanto, a seta de Kamadeva fez seu efeito, e Shiva acabou apaixonando-se e casando com Parvati. 


Durante um longo tempo, Kamadeva permaneceu morto, e assim o amor desapareceu do mundo. Somente após sua viúva Rati implorar a Shiva, ele finalmente permitiu que Kamadeva renascesse como o filho de Krishna, Pradyumna. Outra versão relata que Shiva permitiu que Kamadeva renascesse, só que sem um corpo material (daí o epiteto Ananga, "incorpóreo")

Epitetos

Kamadeva também é conhecido pelos nomes de Ragavrinta ("ramo de paixão"), Ananga ("incorpóreo"), Kandarpa ("deus do amor"), Manmatha ("batedor de corações"), Manosij ("aquele que sobe da mente", contração da frase sânscrita Sah Manasah Jāta), Madana ("intoxicante"), Ratikānta ("senhor das estações"), Pushpavān ou Pushpadhanva ("aquele com o arco de flores") ou simplesmente Kāma ("desejo").

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Ruby