Arte de Walmir S. Archanjo |
Sakpatá é um vodun muito temido e respeitado, o senhor da varíola e de outras doenças contagiosas e intitulado “Ayinon” – o "dono da terra". Considerado uma divindade de dupla etnia, pois seu culto transita entre os povos Fon e Iorubá, onde é conhecido como o orixá Omolu (também Obaluaê ou Xapanã). Sakpatá é considerado por alguns como o primogênito da divindade andrógina Mawu-Lisá, e por outros como sendo filho da antiga mãe Nanã Buruku.
São muitos os voduns que fazem parte da família de Sakpatá, todos tendo características e culto próprio mantendo relações de semelhanças entre si. Todos estes voduns estão ligados à terra, às doenças e a cura. Alguns estão associados à riqueza e a miséria. Suas vestimentas são feitas ou levam a palha da costa, um dos principais símbolos destes voduns. Alguns usam o xaxará, outros o bastão, a lança e o facão. As cores são variadas, mas geralmente se remetem aos tons mais escuros, em especial o roxo, o preto e branco, o bordo e o vermelho.
- Azansú (homem da esteira) ou Azonsú (homem doente) são os nomes pelo qual Sakpatá é conhecido nos candomblés jeje mahi. Usa palha da costa que lhe cobre todo corpo e o xaxará, com o qual capta e retira a energia negativa dos ambientes. Sua cor é o roxo ou o bordô. A saudação para os voduns desta família é “Abáo, sísí daagbo”.
- Avimaje é um vodun jovem da família de Sakpatá, o mensageiro entre os voduns desta família. É ele quem “carrega as almas”, veste-se de branco e é guerreiro. Carrega um facão e não usa o xaxará. Tem ligações com o vodun Kposu.
- Parará, Kpadadá ou Pararaligbú é um sakpatá feminino. Rege a terra e as doenças, e as feridas provocadas pela varíola simbolizam as jóias de Parará. Sua cor é o roxo. Carrega um pequeno xaxará.
- Azoani, Azawane ou Azonwäne é considerado, principalmente pelo jeje do RJ, como um vodun das ervas, com muita ligação ao vodun Agué. Para outros porém esse nome é apenas mais um “apelido” de Azonsú-Sakpatá (e é assim que consideramos aqui em minha casa).
Em geral todos estes voduns são muito exigentes com seus filhos, sendo amados e temidos por eles. Cabe aos sakpatas a fiscalização das casas de religião, sempre mantendo a moral e os bons costumes. Ewá está intimamente ligada a Azansú, sendo a responsável pela tarefa de fiscalizar as casas para os demais sakpatas.
Na África, até hoje, os sacerdotes de Sakpatá são chamados de Ánàgónú, talvez uma referência a possível origem nagô deste vodun.
Arte de fabioalexworld |
fonte:
vocês podiam fazer uma postagem sobre o heroi em miniatura africano kirikou
ResponderExcluirLembrei de Gangrena Gasosa
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