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12 de outubro de 2022

Fonte do Tambiá

۞ ADM Sleipnir

Fonte do Tambiá é uma fonte localizada no Parque Arruda Câmara (popularmente conhecido como Bica), em João Pessoa, Paraíba. Um dos patrimônios históricos mais importantes da cidade, ela foi construída no ano de 1782 com o objetivo de canalizar as águas a serviço da população, e desde então foi alvo de várias obras de reparo e restauração, sendo talvez uma das mais significativas a ocorrida em 1922, quando a área em torno desta foi transformada no Parque Arruda Câmara, que recebeu seu nome em homenagem ao renomado botânico paraibano. Em 1941, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

A origem desta fonte está associada a uma lenda indígena que narra o confronto entre duas tribos rivais: os Cariris e os Tabajaras. Segundo a lenda, certo dia um valente guerreiro cariri chamado Tambiá desceu a Serra da Copaoba (Borborema) rumo ao litoral paraibano, decidido a guerrear contra os Tabajaras. Após um combate violento, Tambiá acabou sendo derrotado, além de ter sido seriamente ferido. Os Tabajaras o levaram ainda vivo para sua aldeia, e lá o cacique da tribo decretou que Tambiá deveria ser executado. Para a surpresa do cacique, sua própria filha (chamada Aipré) havia se apaixonado por Tambiá, e intercedeu em seu favor pedindo repetidamente ao seu pai que a deixasse cuidar de suas feridas.

O cacique tabajara acabou acatando o pedido da filha, mas embora ela tenha dedicado seu tempo e esforço em tratar dos ferimentos de Tambiá, os mesmos eram bastante graves e acabaram levando-o a morte. Aipré chorou e lamentou a morte de seu amado por cinquenta luas, e segundo a lenda, suas lágrimas formaram a fonte que recebeu o nome do valente guerreiro cariri. Dizem que o lamento de Aipré ainda pode ser ouvido no local nos dias de hoje, mas somente por aqueles com os ouvidos mais atentos.

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

Variações da lenda

Uma variação da lenda substitui os Tabajaras pelos Potiguaras. Já outra diz que após a batalha, os Tabajaras seguiram uma tradição onde concedem ao inimigo uma "esposa de morte" (uma mulher que irá cuidar do mesmo até o momento de sua breve morte). Aipré foi a escolhida, e embora sua obrigação fosse somente cuidar dos ferimentos do moribundo Tambiá, ela acabou se apaixonando por ele.

fontes:



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2 comentários:

  1. Incrível como a mitologia brasileira está aumentando que tipos de história brasileira ainda ha para se descobrir o quanto por cento do Brasil já foi explorando suas lendas e seus mistérios

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