۞ ADM Sleipnir
A Mãe-do-Ouro é uma personagem do folclore brasileiro, muito popular no interior das regiões Sul e Sudeste, mas também presente em outras regiões. Possui a aparência de uma linda mulher, com cabelos compridos e dourados que refletem a luz do Sol. Aparece sempre trajada de um longo vestido de seda branco. Em algumas regiões, a Mãe-de-ouro também é representada por uma bola de fogo que tem a capacidade de se transformar numa linda mulher. De acordo com a lenda, a Mãe-de-Ouro tem a capacidade de voar pelos ares, indicando locais onde existem jazidas e ouro. Dizem que em noites escuras e sem estrelas, aquela bola incandescente faz a curva no céu caindo sobre o morro, indicando que ali há tesouro enterrado.
Diziam ser ela a guardiã dos tesouros da terra, das montanhas e dos rios. Ela está sempre perto do ouro e é vista à noite, porque brilha com a mesma beleza dourada de seu filho. Se alguém aproximar muito, ela desaparece, reaparecendo, em seguida, noutro lugar. Dizem que muitas lavras foram descobertas por causa de sua presença. Costuma aparecer à noite, após as 19 horas, como uma luz dourada com uma cauda luminosa. Aqueles poucos mortais que puderam vê-la mais de perto dizem ser uma mulher muito bonita, coberta de ouro, tendo os cabelos cheios de bichos. Acredita-se que se alguém tiver a sorte de encontrá-la, deverá cortar o dedo e deixar que três gotas de sangue caiam sobre sua cabeça, para que ela se transforme em ouro em pó.
Existem ainda versões da lenda onde a Mãe-do-ouro age como uma defensora das mulheres que são maltratadas pelos maridos. De acordo com a lenda, a Mãe-de-ouro atrairia homens casados para uma caverna, libertando assim as esposas destes maridos e colocando homens bons no caminho delas.

Histórias que correm pelo interior de Minas dão conta que uma das primeiras aparições da Mãe-do-Ouro ocorreu ainda na época do Brasil Colônia. A tradição oral relata que no Vilarejo de Rosário, às margens do Rio Cuiabá, vivia um dono de minas sanguinário e cruel. Ele obrigava seus escravos a lhe entregar, todos os dias, uma determinada quantia de ouro. Quem não conseguisse extrair da terra o peso exigido do metal precioso tinha um dos dedos da mão arrancado com alicate. Para um dos mais velhos escravos, encontrar tal quantidade de ouro se tornava mais difícil a cada dia. Até que mais uma vez não achou nem uma mísera pepita. Triste, mas resignado, se conformara em perder o terceiro dedo da mão esquerda, quando então surgiu a sua frente um círculo de luz dourada, que se transformou numa linda moça.
A Mãe-do-Ouro lhe perguntou a razão de tanta tristeza e o velho escravo lhe contou. Ela lhe pediu que trouxesse fitas azuis, amarelas e vermelhas, um pente e um espelho. Ele cumpriu o desejo e lhe entregou a encomenda pouco depois. Naquele momento lhe foi mostrado onde estava uma riquíssima mina de ouro. Mas havia uma condição: nunca, sob hipótese nenhuma, ele poderia revelar o local do tesouro. O negro pegou uma boa quantidade do metal e levou ao seu senhor, que logo quis saber onde ele o tinha achado. Como se recusou a falar, o velho escravo foi açoitado por dias e noites, até que todo o seu corpo ficou coberto de sangue e pele dilacerada. Entorpecido de dor, suplicou à Mãe-do-Ouro permissão para indicar o lugar da mina. “Sim. Mas seu senhor deve levar 22 escravos para escavar a terra até encontrar a rocha”, disse a Mãe do Ouro.
Assim foi feito, e os homens, sem acreditar no que viam, se depararam com uma jazida em forma de uma frondosa árvore. Nesta hora, a Mãe do Ouro pediu ao escravo que saísse do fundo da escavação e chamasse seus companheiros. Um estrondo precedeu o desabamento que enterrou vivo o cruel dono da mina. Dizem que a luz ainda é vista por lá em noites muito escuras.
fontes:
Não conhecia esta lenda. Gostei, aumentou o meu conhecimento.
ResponderExcluirAdorei essa lenda
ResponderExcluirA parte da mulher e talz já ouvi falar somente, mas a bola de fogo eu já vi, e embora pudesse até pensar que foi coisa da minha cabeça, pois eu tinha uns 15 anos, eu não vi sozinho. Estava eu e um sobrinho 2 anos mais novo. Além disso, começamos a gritar o pai dele que também presenciou o fato. Era uma bola de fogo com o tamanho de uma bola de futebol, se movimentava a uma velocidade muito pequena, e estava a uns 10m de altura. O interessante é que mesmo estando a uma velocidade muito pequena, ela simplesmente mudava de posição cada vez que eu desviava os olhos dela. Era mais ou menos assim: vc olha algo que está a 1m de distância, aí desvia o olhar, e quando olha novamente, já está a 5m. Sei que alguns podem até pensar que vimos um asteroide, mas não era! Tanto pela velocidade, pelo formato, altura e porque ela simplesmente mudou a direção e acabou descendo em diagonal em um lugar onde realmente há muita pedra e inclusive já teve um pequeno garimpo de pedras preciosas (eu mesmo já encontrei muitas ametista lá. Embora eu seja cristão e no meu pouco tempo de caminhada já tenha presenciado fatos sem explicação lógica científica, o que eu, meu sobrinho e o pai dele vimos naquela noite faz surgir alguns ??? na minha mente, e faz até o mais cético pensar que neste mundo e universo existem muito mais coisas do que sabemos ou estamos habituados a ver/ouvir.
ResponderExcluirVocê provavelmente viu um Fogo-Fátuo. É um gás inflamável que pega fogo em temperatura ambiente que se origina de material orgânico morto. É muito visto em cemitérios, bosques, pântanos e lagos.
Excluiro fundo preto com as fontes em vermelho dificultam a leitura. Mas no mais,gostei da pagina e narrativa.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa minha concepção acredito que seja um OVINI, pois onde moro ( região metropolitana de BH ) eu e algumas pessoas vimos uma bola de fogo no final da tarde, ainda de dia, que saiu de dentro de uma serra e veio em nossa direção, fazendo uma parábola no ar e subindo em direção ao céu até sumir , relato ainda que essa bola de fogo chegou a ficar metros de distância de nós
ResponderExcluirMuito interessante não conhecia essa lenda
ResponderExcluirEu vi a Mãe do ouro. Em Alagoa, garrafão Minas Gerais. Local onde os antigos usavam escravos para garimpar. Passou a uns 30 metros acima da minha cabeça. No início da noite. Uma bola incandescente com uma cauda tipo cometa. Passou como um raio e se dissolveu num barranco. Muito lindo. Conversei com alguns velhos do local que me confirmaram afirmando que muitos, na região já viram.
ResponderExcluirObrigado por compartilhar sua experiência conosco.
Excluir