29 de novembro de 2021

Nyarlathotep

۞ ADM Sleipnir

Arte de João Sergio

Nyarlathotep, conhecido pela alcunha de "Caos Rastejante", é uma fictícia divindade alienígena criada por H.P. Lovecraft, cuja primeira aparição se deu no poema em prosa de mesmo nome, escrito e publicado em 1920. Um dos Deuses Exteriores, Nyarlathotep é filho de Azathoth, talvez o mais poderoso de todos eles. Apesar de aparecer como personagem em apenas quatro histórias e dois sonetos (mais do que qualquer outro deus de Lovecraft), Nyarlathotep é mencionado com frequência em outras obras, tais como "Sussurros nas Trevas" (1931) e "Sombras Perdidas no Tempo"(1935), e até mesmo nos trabalhos de outros autores na área de fantasia e ficção-científica.

O mais próximo dos humanos

Nyarlathotep difere das outras divindades nos mitos de várias maneiras. A maioria dos Deuses Exteriores está exilada nas estrelas, como Yog-Sothoth e Azathoth, e a maioria dos Grandes Antigos (outra classe de seres poderosos, mas abaixo dos Deuses Exteriores) está dormindo e sonhando, como Cthulhu. Nyarlathotep, no entanto, é ativo e frequentemente anda pela Terra. Nyarlatoteph tem livre acesso a todos os planos e mundos, sendo o único que entra em contato com os seres humanos regularmente. 

A maioria dos Deuses Externos usa línguas alienígenas estranhas, enquanto Nyarlathotep usa a linguagem humana e pode facilmente se passar por um ser humano. Na verdade, diz-se que ele possui mil formas distintas, podendo assumir a aparência que quiser. Seus avatares variam muito, dependendo do seu objetivo. Já foi descrito como um homem elegante com o poder de controlar animais, uma monstruosidade de vários quilômetros de altura com uma língua gigante no lugar da cabeça, como um furacão de ventos negros, uma mulher chinesa obesa, ou simplesmente como um deus sem rosto. Estudiosos especulam que um obscuro faraó da IV Dinastia do Egito era na verdade um avatar de Nyarlathotep e que a própria esfinge seria uma representação em tamanho natural de uma outra forma deste deus.


Ao contrário dos outros Deuses Exteriores, espalhar a loucura é mais importante e agradável para Nyarlathotep do que a morte e a destruição. A maioria deles é todo-poderoso, porém sem um objetivo ou propósito claros, mas Nyarlathotep parece ser deliberadamente enganador e manipulador, e até mesmo usa propaganda para atingir seus objetivos. Nesse aspecto, ele é provavelmente o mais semelhante aos humanos dentre os Deuses Exteriores.

As muitas identidades divinas de Nyarlathotep 

Nyarlathotep é provavelmente o mais adorado deus cósmico na Terra. Existem muitas culturas e seitas espalhadas pelo mundo que o adoram ou já o adoraram sob vários nomes e formas diferentes. Muitas delas inclusive já foram destruídas pelo próprio Nyarlatoteph depois que perderam sua utilidade para o deus. Segundo algumas pessoas, a presença deste ser nefasto em nosso planeta foi de fato a origem de todos os mitos de deuses malignos, desde o zoroastra Ahrimam até o Diabo do Cristianismo. Nas pirâmides astecas ele se apresentava como Tezcatlipocaassim como foi Thoth e Seth para os antigos egípcios; representou o papel de inúmeras divindades solares no oriente, foi muitos deuses no sub-continente indiano, ocupou o Monte Olimpo como o tempestuoso Zeus dos helênicos, vestiu-se como o Homem Verde dos celtas, incorporou o severo Odin dos nórdicos e assumiu inúmeras outras identidades divinas ao longo das eras. 

Arte de João Sergio

Arauto dos Deuses Exteriores e Grandes Antigos

Nyarlathotep é aquele que legitima o desejo dos Deuses Exteriores, sendo seu "mensageiro, coração e alma""a figura imemorial do representante ou mensageiro de poderes ocultos e terríveis". Ele também é o arauto de Azathoth, cujos desejos irregulares e espasmódicos ele cumpre de imediato. Nyarlathotep é investido com a chancela dos Deuses Exteriores. O que ele decide, está decidido, em nome das forças primais da existência.  

Se um planeta deve morrer, se uma realidade precisa se desfazer, se uma estrela há de se extinguir ou nascer, é Nyarlathotep quem providencia para que isso ocorra. Se as sementes dos Grandes Antigos precisam fertilizar algum recanto do universo, é ele quem as lança, planta e colhe. Sua autoridade é tão grande que nenhum outro Deus ousaria ficar em seu caminho. Nem mesmo Yog-Sothoth que representa o Tempo/Espaço ou mesmo Shub-Niggurath que personifica o ciclo da vida, podem se interpor diante de Nyarlathotep quando ele está cumprido alguma missão. Seu acesso aos caminhos do espaço e tempo são irrestritos, bem como sua autoridade sobre a vida e a morte.

Arte de Andreas Christanetoff

Segundo alguns, Nyarlathotep também cumpre o papel de intermediário entre os Grandes Antigos. Cabe a ele ouvir, pesar e decidir. Como uma espécie de mediador, sua função é resolver contendas com um poder de decisão irrevogável. Ao longo das eras, mais de um Grande Antigo foi extirpado da existência, simplesmente por afrontar o julgamento de Nyarlathotep. Suas relações com os Grandes Antigos podem variar enormemente, espelhando respeito, amizade ou amarga rivalidade. Cthugha, a Chama Viva que arde na estrela de Formauhaut é um inimigo declarado, Hastur é tratado como um valoroso aliado, enquanto o grande Cthulhu mantém com ele uma relação de neutralidade silenciosa. Quando Nyarlathotep é convocado para uma disputa, é impossível prever as consequências do seu envolvimento.

Arte de Maichol Quinto


Cultura Popular

Como uma das criações mais famosas de H. P. Lovecraft e o mais "humano" de seus horrores cósmicos, Nyarlathotep apareceu e foi referenciado por inúmeras outras obras na cultura popular. No mundo da música, ele é referenciado em "The Thing That Should Not Be" do Metallica. Também é referenciado no nome de álbuns e músicas de inúmeras outras bandas como Dream Theater, Rage e Nile.

Na literatura fora dos Mitos de Cthulhu, Nyarlathotep também é muitas vezes referenciado. Em "A Dança d a Morte" de Stephen King e em sua série de livros Torre Negra, o personagem Randall Flagg era conhecido (entre muitos outros nomes) como Nyarlathotep. Seu conto "Crouch End" apresenta o nome soletrado "Nyarlahotep". Em Torre Negra VII: A Torre Negra, uma versão fictícia do próprio Stephen King menciona Nyarlathotep.

Em games, Nyarlathotep aparece na franquia Shin Megami Tensei, Persona, Demonbane, e Bloodbourne, entre outros. No cardgame Yu-Gi-Oh!, o card Outer God Nyarla é inspirado em Nyarlathotep.

No podcast brasileiro Nerdcast, Nyarlathotep aparece fortemente durante o episódio O Mistério de William Faraday do RPG Call of Cthulhu.

Arte de Walter Brocca


fontes:
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26 de novembro de 2021

Dué

۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

Dué (ou Ndué) é o nome de um ser divino e maléfico oriundo das lendas dos índios Tariana, habitantes de territórios ao redor do rio Negro, no noroeste do Amazonas. Seria uma espécie de duende, que em certa ocasião usou seus poderes para criar um grande sol, provocando uma enorme seca na terra, além de incêndios nas florestas, matando todos os seres que ali viviam. Terminada a devastação que causou, Dué reuniu os ossos de todos que morreram (animais, peixes, aves e humanos) e os ressuscitou com seus poderes.

As ações de Dué não agradaram o deus Tupã, que decidiu castigá-lo. Ele bloqueou a nascente de um rio, fazendo com que ele enchesse e inundasse a terra. Os animais e os homens migraram para os montes para se refugiarem, e após três luas, a terra secou e todos puderam retornar. Enquanto a Dué, não se sabe o que aconteceu mas desde então nunca mais foi visto por ninguém.

Arte de Ana Clara Moscatelli

fontes:
  • Abedecário de Personagens do Folclore Brasileiro, de Januária Cristina Alves;
  • Dicionário do Folclore Brasileiro, de Câmara Cascudo;

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24 de novembro de 2021

Galvarino, O Guerreiro com Lâminas nas Mãos

۞ ADM Sleipnir

Arte de BahamondeART

Galvarino (nascimento:? - morte: 30 de novembro de 1557) foi um famoso guerreiro e toqui (líder) mapuche, participando dos conflitos iniciais da longa Guerra de Arauco, travada entre os colonizadores espanhóis e o povo mapuche. Galvarino tornou-se um símbolo de perseverança e resistência, superando uma grave mutilação e retornando ao combate ao lado de seus companheiros.

A Batalha das Lagunillas

A Batalha de Lagunillas foi uma das batalhas ocorridas durante a Guerra de Arauco. Ela ocorreu em 8 de novembro de 1557, e foi travada entre o exército de García Hurtado de Mendoza, ex-governador real do Chile, e o exército de guerreiros mapuches. Durante essa batalha, García e suas forças conseguiram facilmente prevalecer contra os mapuches, que se demonstraram desorganizados em combate. Os guerreiros que não foram mortos tornaram-se prisioneiros (os números falam em cerca de 150 homens), e entre esses prisioneiros estava seu líder, Galvarino.

Após serem rapidamente julgados, todos os prisioneiros foram condenados a amputação da mão direita e do nariz, enquanto os líderes, como Galvarino, teriam as duas mãos amputadas. Essa terrível punição era uma mensagem de García para os mapuches: ou se submetiam ao governo, ou seriam todos mutilados e/ou mortos. Dizem que durante a amputação de seus membros, Galvarino não demonstrou nenhum sinal de dor, e ao final, pediu aos seus captores que o matassem, mas o mesmo foi recusado.

A Determinação de Galvarino

Galvarino e os demais guerreiros foram liberados e enviados de volta até Caupolicán, o grande líder do povo mapuche na época. Os espanhóis esperavam que a visão de seus homens mutilados fizessem com que Caupolicán se rendesse, e talvez isso tivesse acontecido se não fosse por Galvarino, que não só inflamou Caupolicán e seus companheiros a continuassem a batalha contra os seus opressores, como fixou duas lâminas em seus pulsos, para que ele próprio pudesse retornar ao campo de batalha. Não existem registros sobre o quão grandes ou afiadas eram essas lâminas, e também não é claro se elas foram amarradas em torno de seus pulsos ou se foram cravadas e cauterizadas no local onde antes ficavam suas mãos, mas podemos ver artes representando Galvarino das duas formas.

Arte de Fabian Todorovic

A Batalha Final

Caupolicán decidiu que os mapuches revidariam contra os espanhóis, e nomeou Galvarino como um de seus comandantes. No dia 30 de novembro de 1557, menos de um mês após ter sido capturado, Galvarino estava na linha de frente do que ficou conhecido como a Batalha de Millarapue

O plano do exército mapuche era emboscar o acampamento espanhol e dominar García antes que ele pudesse virar sua artilharia e cavalos contra os guerreiros, porém eles lançaram sua armadilha rápido demais e, apesar de um sucesso inicial em impedir a cavalaria de García, o comandante conseguiu acertar os atacantes nativos com tiros de canhão, abrindo uma fenda para seus cavaleiros cavalgarem e semearem o caos. Conta-se que, ao todo, três mil mapuches foram mortos, em comparação com apenas ferimentos leves e dezenas de cavalos mortos do lado espanhol. Também houveram centenas de mapuches capturados, incluindo Galvarino.

Existem poucas evidências sobre o desempenho de Galvarino durante esta batalha. Jeronimo de Vivar, um soldado espanhol que mais tarde escreveu um relato das Guerras de Arauco intitulado Crónica, escreveu que Galvarino incitava os guerreiros mapuches a avançarem levantando seus braços laminados e gritando: “Ninguém pode fugir além de morrer, porque você morre defendendo sua pátria mãe!”. Vivar também escreveu que Galvarino confrontou diretamente o esquadrão de García, conseguindo derrubar o segundo homem em comando do general.

Arte de Shweta Raj

Galvarino não teria uma terceira oportunidade de confrontar os espanhóis, sendo condenado à morte juntamente com os demais homens capturados. Alonso de Ercilla, um assessor espanhol que mais tarde escreveria o poema épico “La Araucana ”, afirmou que tentou intervir em favor de Galvarino, suplicando-lhe que se juntasse aos espanhóis, porém Galvarino teria lhe respondido: “Prefiro morrer a viver como você, e só lamento que minha morte me impeça de rasgá-lo em pedaços com os dentes”. Alguns afirmam que García atirou Galvarino aos cães, enquanto outros afirmam que ele foi enforcado. Outros ainda acreditam que Galvarino tirou a própria vida, para que seus captores não tivessem esse prazer. 

A Guerra de Arauco continuaria por quase 300 anos, com os mapuches continuamente resistindo à colonização pelos espanhóis. A história de Galvarino tornou-se um grito de guerra para o povo mapuche, e um símbolo de resistência e também da tenacidade dos mesmos. Os mapuches sobrevivem até hoje na região, mostrando que os sacrifícios feitos pelos seus antepassados resultaram na preservação de sua cultura por muito tempo.

Arte de juanex

fontes:
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22 de novembro de 2021

Mergen

۞ ADM Sleipnir

Arte de Unistonen

Mergen ("arqueiro" em turco, "sábio" em mongol; cirílico: Мерген, russo: Мэргэн) é o deus da sabedoria, da razão e da abundância na mitologia turca/mongol. Sua paternidade é incerta, sendo dito ser filho de Tengri, de Kayra ou de Ülgen, este último às vezes também referido como seu irmão.

Mergen é geralmente retratado como um homem jovem usando um capacete de turbante e empunhando um arco e flecha. Outros símbolos associados a ele são um cavalo branco e a cor branca em si. Conta-se que ele habita o sétimo andar do céu, e que ele dispara sabedoria com suas flechas, nunca errando os seus alvos.

Seu nome costuma ser usado como um título para heróis de contos de fadas e lendas, como por exemplo Kan Mergen, Ay Mergen, Kartaga Mergen e Südey Mergen.

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19 de novembro de 2021

Kuebiko

۞ ADM Sleipnir

Arte de minties

Kuebiko (japonês クエビコ ou 久延毘古, literalmente "homem deformado") é um antigo kami (deus) xintoísta, adorado como o deus da agricultura ou da erudição e da sabedoria. Ele é representado na mitologia japonesa como um espantalho, e é dito que embora seja incapaz de andar, sabe tudo o que há para saber sob os céus.

Mitologia

Kuebiko aparece no Kojiki (古事記, "Registros dos Assuntos Antigos"), na lenda sobre a formação da "Terra Central das Planícies de Junco" (Japão) pelo deus Ookuninushi. Nesta lenda, Ookuninushi é visitado por um pequeno deus vindo do outro lado do oceano, e esse deus, que não era conhecido por ninguém, também se recusava a revelar seu nome. Desejando saber seu nome, Ookuninushi manda um sapo chamar Kuebiko, que se acreditava saber tudo sobre o mundo, mas o sapo lhe informa que Kuebiko não conseguia andar. Okuninushi então resolve visitar Kuebiko pessoalmente, descobrindo que ele era um espantalho fixado em uma montanha. O deus espantalho então revela a Ookuninushi que aquele que o havia visitado chamava-se Sukunabikona, e era filho de Kamimusubi (um dos Kotoamatsukamios primeiros deuses a virem à existência no momento da criação do universo).

Arte de Atmaflare

Culto

Em algumas áreas do Japão, os espantalhos em geral são adorados como símbolos dos deuses da montanha em festivais realizados na época da colheita ou durante os feriados de ano novo. Permanecendo em arrozais o dia todo observando o que se passa no mundo, os espantalhos passaram a ser considerados como divindades que detêm conhecimento sobre todas as coisas. 

Kuebiko em particular é consagrado em santuários como o santuário Kutehiko-jinja (na cidade de Nakanoto-machi, Kashima-gun, Prefeitura de Ishikawa) e o santuário Kuehiko-jinja, uma ramificação do santuário Omiwa -jinja (na cidade de Sakurai, Prefeitura de Nara).

Arte de Gordonthemonkey


fontes:
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17 de novembro de 2021

Sabnock

۞ ADM Sleipnir

Arte de DavidGaillet

Sabnock (também chamado Sab Nac, Sabnac, Sabnach, Sabnack, Sabnacke, Salmac, e Savnock) é de acordo com a demonologia um poderoso marquês do inferno e possui cinquenta legiões de demônios sob o seu comando. De acordo com a Goetia, ele é o 43° dentre os 72 espíritos de Salomão. 

Quando invocado, Sabnock aparece diante de seu invocador como um soldado com cabeça de leão, montado em um cavalo pálido/amarelo. Ele também traja uma armadura e empunha algum tipo de arma, como uma espada, foice ou ainda um escudo. 

Selo de Sabnock

Sabnock é especialista em construir acampamentos, cidades e torres fortificadas. Ele também concede bons familiares ao seu invocador, e possui também a capacidade de provocar terríveis feridas incuráveis em inimigos, as quais podem gangrenarem ou serem infestadas por vermes.

Cultura Popular

  • Assim como outros espíritos goetianos, Sabnock aparece na franquia de jogos Shin Megami Tensei, além de aparecer nos jogos Final Fantasy XI online, Bloodstained e Dragalia Lost, entre muitos outros;
  • No mangá e anime Mairimashita! Iruma-kun, Sabnock dá nome a uma das famílias demoníacas presentes, sendo Sabnock Sabro o membro de mais destaque;
  • Ele é um inimigo menor no manhwa Tomb Raider King (Dogurwang);
  • Em Gundan Seed, há um personagem chamado Orga Sabnack. Ele e outros dois personagens da obra tiveram seus nomes baseados em demônios da Goetia.


fontes:


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15 de novembro de 2021

Ly Erg

۞ ADM Sleipnir

Arte de Viktor / Kro

Ly Erg é uma fada singular pertencente ao folclore escocês, particularmente associada à área dentro e ao redor da Floresta Glenmore, parte do atual Parque Nacional Cairngorms. Sob a forma de um homem vestido como um soldado real, o Ly Erg só pode ser distinguido de um soldado real através de sua mão direita, que está sempre manchada de sangue (supostamente de suas vítimas).

De acordo com o folclore, o Ly Erg caminha pela região, geralmente parando próximo a fontes d'água. No momento em que para, ele levanta sua mão manchada de sangue para o alto e desafia alguém para um combate. Uma vez identificado que se trata do Ly Erg, é prudente que se evite o desafio, pois conta-se que independente da pessoa vencer ou perder o combate contra ele, ela estará morta dentro de duas semanas.

fontes:

  • Encyclopedia of Fairies in World Folklore and Mythology, de Theresa Bane.
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12 de novembro de 2021

Gluhschwanz

 ۞ ADM Sleipnir

Arte de ChershireHatter

Gluhschwanz ("cauda brilhante" em alemão; também  Glühschwanz, Gluswans, Glûswanz ou Gluuschwanz) é uma espécie de nachtgespenst (fantasma noturno) presente no folclore germânico. Assumindo a forma de um dragão com uma cauda incandescente, conta-se que o Gluhschwanz sobrevoava aldeias e vilarejos durante a noite, depositando moedas nas chaminés das casas de pessoas justas, enquanto defeca nas chaminés dos injustos, deixando um cheiro terrível que pode perdurar por semanas. Geralmente os alvos de sua punição eram fazendeiros que não pagavam o salário correto aos seus servos e também os servos que não serviam seu empregador adequadamente, roubando-os.

Gluhschwanz parece ter uma relação especial com bruxas. Segundo algumas fontes, ele costuma visitar a residência de bruxas trazendo-lhes grãos e moedas em troca de leite doce. Caso uma bruxa não cumpra sua parte no acordo, o Gluhschwanz ateia fogo em sua residência.

fonte:
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10 de novembro de 2021

Bashe

۞ ADM Sleipnir

Bashe (Bā shéchinês 巴蛇) é uma serpente pertencente à mitologia chinesa, reputada no Shan Hai Jing (chinês 山海經,"Clássico das Montanhas e Mares") como sendo grande o suficiente para devorar um elefante, levando cerca de três anos para digerir o mesmo e expelir os seus ossos.

Fontes antigas variam quanto à sua aparência, mas ela é geralmente descrita como sendo semelhante a uma píton, de coloração preta com uma cabeça verde ou com coloração mista entre preta, verde, vermelho e amarelo. O folclore alega que, se uma pessoa carrega um pouco de sua pele consigo, próximo da própria pele, ela não sofrerá de doenças cardíacas ou pulmonares.

fontes:

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8 de novembro de 2021

Cheuksin

۞ ADM Sleipnir

Cheuksin (hangul: 측신, hanja: 廁神, "deus do banheiro") é uma antiga divindade feroz e hostil oriunda do xamanismo coreano, em particular da crença Gasin. Os Gasin são divindades as quais acredita-se habitarem e/ou protegerem os vários objetos e cômodos da casa, e a fé Gasin é a fé baseada na adoração dessas divindades. 

Cheuksin em particular é o Gasin dito habitar nos antigos e tradicionais banheiros coreanos (os quais ficavam do lado de fora das residências). Ela se manifesta como uma mulher com longos cabelos negros, os quais ela fica constantemente penteando e cuidando enquanto permanece sozinha em meio a escuridão do banheiro. Se uma pessoa adentra o recinto de repente, ela fica bastante irada e ataca a mesma com seus cabelos. Quando os cabelos da Cheuksin entram em contato com a pele de uma pessoa, está é acometida por uma doença mortal, a qual dizem que nenhum xamã ou ritual de cura é capaz de curá-la. Para evitar que isso ocorresse, era um costume antigo tossir três vezes antes de entrar no banheiro, dando tempo para que a Cheuksin se escondesse e a pessoa pudesse usar o banheiro sem nenhum risco. 

Algumas fontes afirmam que a Cheuksin costumava aparecer somente nos três dias do mês que contêm o número seis (6,16 e 26), por isso o uso dos banheiros esses dias eram evitados pelas pessoas. Rituais (jesas) e ofertas de bolo de arroz também eram feitos nesses dias para aplacar a divindade.

Cultura Popular

Cheuksin é citada no sétimo episódio da sétima temporada da série Brooklyn Nine-Nine, onde Raymond Holt a compara a sua eterna inimiga Madeline Wuntch.


fontes:

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5 de novembro de 2021

Moros

۞ ADM Sleipnir


Moros (do grego Μόρος, "destino" ou "juízo") é na mitologia grega o espírito personificado (daimon) da desesperança e condenação, sendo responsável por conduzir os mortais à sua morte predestinada. Seu equivalente na mitologia romana é o deus Fato (em latim Fatum). 

Segundo o poeta Hesíodo, Moros é filho de Nix, a deusa primordial e personificação da noite, sendo concebido por ela sem intervenção masculina. Já Higino o considerava um dos filhos de Nix com Érebo, personificação da escuridão. Dois dos irmãos de Moros, Tânatos e as Queres, presidiam os aspectos físicos da morte - As Queres eram as causadoras de mortes violentas e doenças mortais, enquanto Tânatos era associado à mortes não-violentas.

Apesar de citado algumas vezes, Moros não tem participação ativa em nenhum mito. Ele também não era representado nas artes de vasos e murais gregos, o que leva a crer que ele era considerado mais um conceito do que uma divindade propriamente dita.

Arte de Mathieu Girard


fonte:
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3 de novembro de 2021

Aralez

۞ ADM Sleipnir

Arte de Gegart

Os Aralezner (plural, armênio: Արալեզներ; singular Aralez, armênio: Արալեզ) são espíritos benevolentes oriundos da mitologia e folclore da armênia. Geralmente retratados na forma de cães alados, acreditava-se que eles eram espíritos invisíveis que desciam dos céus em meio aos campos de batalha para lamber as feridas dos heróis mortos para que estes pudessem reviver/ressuscitar.

Arte de ssivo

De acordo com historiadores armênios, quando Musel I Mamicônio (comandante-chefe do Reino da Armênia durante os reinados dos reis Papa (r. 370–374) e Varasdates (r. 374–378)), morreu, seus familiares colocaram seu cadáver no alto de uma torre, esperando que os Aralezner apareceriam para lambê-lo e então revivê-lo.

Outro evento semelhante ocorreu com Ara, o Belo, um lendário rei armênio. Ele era desejado pela rainha assíria Semíramis, mas era fiel a sua esposa e não cedeu aos encantos da mesma. Semíramis então declarou-lhe guerra, e ordenou que seus soldados não o matassem, mas o capturassem vivo. Os soldados deveriam reconhece-lo por meio de sua armadura, que ostentava o emblema real, porém Ara havia trocado de vestimentas com seu escudeiro, e acabou sendo morto durante um confronto. 

Semíramis ordenou que buscassem o corpo de Ara entre os mortos no campo de batalha e o levassem para o alto de uma muralha (ou para as montanhas, conforme outro relato), onde esperava-se que os Aralezner apareceriam para revivê-lo. Como isso não ocorreu, Semíramis escolheu um homem que se parecia com Ara, o vestiu como tal e mentiu para o povo afirmando que ele havia ressuscitado, pondo assim um fim à guerra que ela mesma havia incitado.

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1 de novembro de 2021

Durvasa

۞ ADM Sleipnir


Durvasa (ou Durvasas, sânscrito : दुर्वासा) era um sábio antigo da mitologia hindu, filho do rishi Atri com sua esposa AnasuyaEle é conhecido na mitologia devido ao seu temperamento curto. Maldições e pragas proferidas por ele em momentos de raiva arruinaram muitas vidas. Assim, onde quer que ele fosse, ele era recebido com grande reverência (por medo) por humanos e Devas. 

Ele é comumente retratado como desejando desfrutar da hospitalidade dos outros, e ficando extremamente irritado quando os anfitriões mostram qualquer tipo de inconveniência ou falham em satisfazê-lo como convidado. Por outro lado, os anfitriões que o servem bem eram muitas vezes abençoados por ele.

Nascimento 

De acordo com o capítulo 44 do Brahmananda Purana, Brahma e Shiva certa vez entraram em uma acalorada discussão. Shiva ficou tão furioso com a discussão que fez com que os demais Devas fugissem de sua presença com medo. Sua consorte, Parvati, queixou-se dizendo que era impossível viver ao seu lado desse jeito. Percebendo a desarmonia que sua ira causou, ele decidiu depositar essa ira em Anasuya, esposa do sábio Atri. A partir desta porção de Shiva depositada em Anasuya, nasceu uma criança, que foi chamada Durvasa (cujo nome significa literalmente "com quem é difícil viver"). Por ter nascido da raiva de Shiva, Durvasa tinha uma natureza irascível.

O Bhagavata Purana fornece um relato um pouco diferente acerca do nascimento de Durvasa. Nesta versão, Atri realizou severa penitência para propiciar os deuses Brahma, Vishnu e Shiva e obter um filho por Anasuya que fosse como eles. Satisfeitos comsua penitência, Brahma, Vishnu e Shiva abençoaram o sábio fazendo como que seus filhos com Anasuya nascessem com porções de si mesmos. Assim, Anasuya deu à luz Soma (encarnação de Brahma), Dattatreya (encarnação de Vishnu) e Durvasa (encarnação de Shiva).

Amaldiçoando Indra

Certo dia enquanto caminhava, Durvasa encontrou Indra vindo na direção oposta montando em seu elefante chamado Airavata. Ao se aproximar dele, Durvasa ofereceu-lhe uma grinalda
de flores que trazia em sua mão, porém Indra o ignorou, deixando que Airavata destruísse a grinalda. Durvasa se encheu de ira e rogou uma praga em Indra:

-"O orgulho da riqueza subiu à sua cabeça, Lakshmi irá te abandonar."


Percebendo a loucura que tinha cometido, Indra curvou-se perante Durvasa e pediu o seu perdão, porém Durvasa disse: -"Que Vishnu o faça feliz", e partiu. Graças a maldição de Durvasa, Lakshmi deixou Indra e desapareceu. Esse incidente desencadeou uma série de eventos que levaram à famosa Agitação do Oceano.

Amaldiçoando Shakuntala

Na peça Abhij anashakuntala, escrita pelo poeta Kalidasa, quando a donzela Shakuntala ignorou as exigências de Durvasa para ser recebido como convidado, enquanto sonhava acordada com seu amado Dushyanta, o sábio a amaldiçoou fazendo como que Dushyanta a esquecesse. Horrorizados, os companheiros de Shakuntala conseguiram apaziguar Durvasa, que suavizou a maldição, dizendo que Dushyanta se lembraria de Shakuntala quando visse o anel que ele deu a ela como um símbolo de seu amor. A maldição do sábio tornou-se realidade, sendo eventualmente suspensa exatamente como ele disse que seria. 

O encontro com Rama e a maldição de Lakshmana

De acordo com o Uttara Kanda (último livro do épico Ramayana de Valmiki), Durvasa apareceu na porta do palácio de Rama e, vendo seu irmão Lakshmana guardando-a, exigiu uma audiência com Rama. Naquele momento, Rama estava tendo uma conversa particular com Yama, que o visitava em segredo disfarçado como um asceta. Antes da conversa começar, Yama havia dado a Rama instruções estritas de que seu diálogo deveria permanecer confidencial e qualquer pessoa que entrasse na sala e os visse ou ouvisse deveria ser executado. Rama concordou e confiou a Lakshmana o dever de guardar a porta. Assim, quando Durvasa fez sua exigência, Lakshmana educadamente pediu ao sábio que aguardasse até que Rama terminasse sua reunião. 

Durvasa não ficou satisfeito, e disse que o assunto que ele tinha a tratar com Rama era mais importante que qualquer outra coisa, reiterando o pedido para que fosse recebido imediatamente. Lakshamana novamente pediu que ele fosse paciente e aguardasse o término da reunião de Rama, que ele seria atendido. Durvasa perdeu a paciência e ameaçou amaldiçoar toda a cidade de Ayodhya caso Lakshmana não informasse imediatamente Rama sobre sua chegada. 


Em um terrível dilema, Lakshamana decidiu que seria melhor atender a solicitação de Durvasa do que seu senhor e toda a Ayodhya sofressem com suas maldições. Adentrando o palácio, Lakshmana curvou-se diante de seu irmão e olhou para o asceta, ficando chocado ao ver que se tratava do senhor da morte. Ele então informou a Rama sobre a chegada de Durvasa e de seu insistente desejo de vê-lo imediatamente, e em seguida deixou o salão. Rama encerrou seu encontro com Yama e tratou de receber Durvasa, que no fim queria o de sempre: ser recebido e tratado com a melhor hospitalidade possível. 

Terminando de receber Durvasa, Rama foi até o irmão completamente dominado pela tristeza, pois não queria matá-lo, porém, havia dado sua palavra a Yama. Rama chamou seus conselheiros para ajudá-lo a resolver esse dilema. Seguindo o conselho de um deles, Vasishta, Rama ordenou que Lakshmana o deixasse para sempre, visto que tal abandono era equivalente à morte no que dizia respeito aos piedosos. Lakshmana foi às margens do rio Sarayu, onde resolveu se lançar e morrer, porém Indra o removeu das águas e o levou vivo para o céu.

Durvasa e Kunti

Quando Kunti (a futura esposa do rei Pandu e mãe dos Pandavas) ainda era uma jovem, ela morava na casa de seu pai adotivo, o rei Kuntibhoja. Certo dia, Durvasa visitou Kuntibhoja buscando sua hospitalidade, e ele o deixa aos cuidados de Kunti, encarregando-a com a responsabilidade de entreter o sábio e atender todas as suas necessidades durante sua estadia com eles. Kunti pacientemente suportou o temperamento de Durvasa e seus pedidos irracionais (como por exemplo exigir comida em estranhas horas da noite), servindo-o com grande dedicação e o deixando extremamente satisfeito.

Antes de ir embora, Durvasa recompensou Kunti ensinando-a um mantra que lhe permitiria invocar qualquer deus de sua escolha e gerar filhos deles. Mais tarde, Kunti usaria esse dom em prol de gerar seus filhos, já que seu marido, Pandu, sofreria uma maldição que não lhe permitia ter relações sexuais.

Protegendo o pudor de Draupadi

Contrariando à versão mais famosa do Mahabharata da tentativa de Dushasana de despir Draupadi, onde ela obtém a ajuda de Khrisna, o Shiva Purana (III.19.63-66) atribui seu resgate milagroso a uma benção concedida a ela por Durvasa. 

A história diz que certa vez a tanga do sábio foi levada pelas correntes do rio Ganges. Ao ver a situação, Draupadi rapidamente rasgou um pedaço de sua roupa e usou para cobri-lo. Durvasa ficou bastante satisfeito com ela, e lhe concedeu uma bênção que faria com que um fluxo interminável de roupas surgisse para cobri-la no momento em que Dushasana tentava despi-la no salão real de Hastinapura.

Arte de Abhishek Sharma

As visitas à Duryodhana e aos Pandavas

Outro exemplo do lado benevolente de Durvasa é o incidente no qual ele concedeu uma benção à Duryodhana. Durante o exílio dos Pandavas, Durvasa e seus discípulos chegaram em Hastinapura, e ficaram satisfeitos com a dedicada hospitalidade de Duryodhana. 

Tendo ficado bastante satisfeito, Durvasa concedeu uma benção à Duryodhana, porém este resolveu usar a benção para amaldiçoar seus inimigos, os Pandavas. Duryodhana pediu como benção que Durvasa visitasse os Pandavas na floresta, com a secreta intenção de fazê-los enfrentarem a fúria do sábio. Conforme o desejo de Duryodhana, Durvasa e seus discípulos visitaram os Pandavas em seu exílio na floresta. Durante este período de exílio, os Pandavas obtinham sua alimentação diária por meio do Akshaya Patra,um vaso mágico dado à Yudhishthira pelo deus Surya. O suprimento diário de alimentos fornecido pelo Akshaya Patra se esgotava sempre quando Draupadi terminava de se alimentar. 

Surya entregando o Akshaya Patra à Yudishthira

Como Draupadi já havia terminado sua refeição diária no momento em que Durvasa chegou, não havia comida para servi-lo, e os Pandavas ficaram aflitos quanto ao seu destino caso eles não conseguissem alimentá-lo. Antes da refeição, Durvasa e seus discípulos foram se banhar no rio, e enquanto isso Draupadi clamou à Krishna por ajuda. 

Krishna apareceu imediatamente diante de Draupadi dizendo que estava com muita fome e pediu comida a ela. Draupadi ficou desesperada, e disse-lhe que orou a ele justamente porque não tinha mais comida para oferecer. Krishna então disse a ela para trazer a Akshaya Patra até ele. Quando ela o fez, ele comeu um único grão de arroz e um pedaço de vegetal que encontrou presos ao vaso e anunciou que estava satisfeito com a "refeição". O ato de Krishna saciou também a fome de Durvasa e de seus discípulos, pois saciar a Krishna significava saciar todas as coisas vivas. Durvasa e seus discípulos, acabaram deixando o local silenciosamente após o banho sem retornar ao abrigo dos Pandavas, pois não queriam encarar a reação deles ao recusarem a comida que lhes serviriam.


Ambarisha e o quase fim de Durvasa

De acordo com o Bhagavata Purana, Ambarisha era o rei de um grande devoto de Vishnu, e sua devoção agradava tanto ao deus que ele lhe concedeu seu astra, o Sudarshana Chakra. Certa vez, Ambarisha realizou um jejum especial que duraria um ano, e chegando próximo do momento de quebrá-lo, ele recebeu a visita de Durvasa e de seus discípulos. Ambarisha deu-lhe as boas vindas com todo o devido respeito, e pediu-lhe que fosse seu convidado de honra no banquete onde quebraria o jejum. 

Aceitando seu convite, Durvasa pediu que Ambarisha esperasse por ele enquanto ele dava um mergulho no rio. Porém, o momento auspicioso para quebrar o jejum e cumprir seus votos chegou e Durvasa não havia retornado. Ambarisha viu-se em um dilema, e depois de consultar outros sábios, ele tomou um gole de água para quebrar o jejum, e esperou pela chegada de Durvasa para lhe oferecer comida.

Quando Durvasa retornou e tomou conhecimento de que Ambarisha havia quebrado o seu jejum antes dele ter feito sua refeição, ele ficou extremamente furioso e, usando um fio de seu próprio cabelo, criou um demônio e o enviou para matá-lo. Durvasa só não contava que o Sudarshana Chakra interviria, aniquilando o demônio e depois o perseguindo.

Durvasa buscou a ajuda de Shiva e de Brahma, que disseram a ele que nada podiam fazer contra o Sudarshana Chakra, e o aconselharam a buscar refúgio em Vishnu, que era o dono dessa astra. Durvasa então pediu a ajuda de Vishnu, e o mesmo lhe disse que não podia intervir na situação devido a imaculada devoção de Ambarisha. Vishnu o aconselhou a buscar Ambarisha e pedir o seu perdão, e Durvasa assim o fez. Ao retornar até Ambarisha, percebeu que o mesmo ainda o esperava para sentar-se com ele e comerem juntos. Emocionado, Durvasa pediu o seu perdão e humildemente pediu que ele chamasse o Sudarshana Chakra de volta. Ambarisha o fez sem pensar duas vezes, e assim poupou a vida de Durvasa.

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Ruby