Mãe-da-Peste
۞ ADM Sleipnir
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| Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir) |
A Mãe-da-Peste é uma figura do imaginário popular amazônico que remonta ao século XIX. Seu registro mais conhecido foi feito pelo naturalista inglês Henry Walter Bates, em 1851, durante sua estadia em Belém, no Pará, no período em que a região enfrentava uma epidemia de febre amarela.
Bates registrou em suas memórias que, pouco antes da febre amarela se espalhar por Belém, circulava entre os moradores a crença de que um nevoeiro escuro e de mau cheiro percorria as ruas ao entardecer. Esse vapor denso era chamado de Mãe-da-Peste e considerado um presságio inevitável da doença. Mesmo diante das explicações científicas em formação na época, a população acreditava firmemente que esse fenômeno atmosférico era o precursor da epidemia, um sinal visível da calamidade que estava por vir.
fonte:
- LUÍS DA CÂMARA CASCUDO. Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Global Editora, 2012.
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