31 de janeiro de 2013

O Pomo de Ouro

۞ ADM Dama Gótica

Arte de Mihail Topalov

O Pomo de Ouro (também Maçã de Ouro ou Maçãs Douradas) é um elemento motriz presente em vários mitos, lendas e em contos de fadas. Temas recorrentes mostram um herói (por exemplo, o grego Héracles ou o romeno Făt-Frumos) recuperando as maçãs douradas escondidas ou roubadas por um antagonista monstruoso. A seguir, veremos algumas histórias onde pomos de ouro estão envolvidos.

Mitologia Grega

Três pomos de ouro aparecem na mitologia grega. Hipomene aposta com Atalanta, uma caçadora virgem que prometeu casar com o homem que pudesse vencê-la numa corrida terrestre. Atalanta acaba perdendo a corrida contra Hipomene ao pegar três pomos de ouro que a deusa Afrodite havia dado ao rapaz para que ele os jogasse pelo caminho. 

Outro caso, o Jardim de Hespérides é o pomar de Hera, onde crescem árvores que dão maçãs douradas da imortalidade. No local está o dragão Ladon, vigia de Hera contra invasores. Um dos doze trabalhos de Hércules era justamente roubar pomos de ouro desse jardim. 


Em mais uma ocorrência, Zeus promove um banquete pelo casamento de Peleu e Tétis. Estando fora da lista de convidados, a deusa da discórdia Éris coloca uma maçã dourada na cerimônia, com uma inscrição onde se lê "Para a Mais Bela". Três deusas desejam a maçã: Hera irmã e esposa de Zeus, Atena deusa da sabedoria e filha de Zeus e Afrodite a deusa do amor e tia de Zeus. Como Zeus, então, não quis indispor-se com nenhuma delas e lembrando-se de Páris como o mais belo dos homens mortais, e sabendo que ele julgaria uma competição de touros, enviou Ares sob forma de touro para participar da competição. Ares sendo um deus era perfeito em todos os aspectos e assim ganhou a competição. 

Com isso Zeus constatou que Páris faria bom julgamento, e o envia a maçã, indicando que as deusas deveriam aceitar sua decisão sem discussão. Cada uma delas oferece a Páris uma oferta para obter a maçã. Hera o oferece ser um rei famoso e poderoso. Atena o oferece ser sábio, mais que alguns dos deuses. Afrodite o oferece a mulher mais linda como esposa. 


Páris aceitou a oferta de Afrodite, as outras duas tornaram-se desde então suas inimigas. E a mulher oferecida foi Helena de Tróia, que ate então era casada com Menelau irmão do bravo Agamenon. O que Afrodite disse previamente que por esse motivo a união dos dois jovens seria difícil. 

Helena amava Menelau e vivia bem com ele, mas com a ajuda divina de Afrodite, Páris foi bem recebido pelo feliz casal e conseguiu convencer Helena a fugir com ele, levando-a para Tróia. E isso eventualmente resultou na Guerra de Tróia. A maçã de Éris é posteriormente chamada Pomo da Discórdia. 

Mitologia Nórdica

Na mitologia nórdica, maçãs douradas garantem a vida eterna e juventude permanente para os deuses, e são cultivadas pela deusa Iduna. Certo dia, Loki, Odin e Thor acampam. Um gigante disfarçado de águia intercepta Loki e o faz prometer capturar Iduna para ele se casar com ela e também garantir imortalidade, o que é aceito. Os deuses não sentem falta das maçãs no começo, mas logo requisitam a presença da moça. Loki confessa o ato e aceita resgatar a deusa; sendo bem sucedido, os deuses novamente desfrutam da vida eterna. 

Iduna, arte de Kimberley King


Contos de fadas

Diversos contos de fadas europeus começam com maçãs douradas roubadas de um rei, geralmente por uma ave ou um dragão, como no conto de fadas búlgaro a seguir. Há muito tempo, três irmãos moravam em uma aldeia e numa casa bem simples. Eles levavam uma vida normal em todos os aspectos, exceto um: em seu jardim havia uma macieira mágica, onde todos os anos amadurecia uma maçã dourada. Além disso, todos os anos um dragão vinha e o roubava. Um ano, o irmão mais velho tentou proteger a maçã. Ele pegou sua espada, deitou-se sob a árvore e esperou pelo dragão. Infelizmente, ele adormeceu. O dragão veio, pegou a maçã e desapareceu. No ano seguinte, o segundo irmão decidiu proteger a maçã. O mesmo aconteceu com ele. Finalmente, foi a vez do irmão mais novo tentar. Por ser o mais esperto dos três, cortou o dedo mínimo e pôs sal na ferida. A dor não o deixou adormecer e ele conseguiu ver e apunhalar o dragão, que não morreu com o ferimento, apenas fugiu do local.


Pomo de Ouro em outras línguas

Em diversas línguas, laranjas são consideradas as maçãs douradas. Por exemplo, os termos grego χρυσομηλιά e latim pomum aurantium descrevem laranjas como maçãs. Outras línguas como alemão, finlandês, hebraico e russo possuem etimologias mais complexas para a palavra laranja que possuem a mesma origem. Uma das razões para se considerar a laranja como mágica em tantas histórias é o fato de dar flores e frutas simultaneamente, diferente de outras frutas. 

Frequentemente, o termo maçã dourada é usado para se referir ao marmelo, um fruto do Oriente Médio. O tomate, desconhecido para os gregos antigos, é conhecido como pomodoro em italiano, significando maçã de ouro (de pomo d'oro). 


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30 de janeiro de 2013

Lindworm

۞ ADM Berserker

O Lindworm (em inglês; Lindorm em norueguês e sueco, Lindwurm em alemão; oriundo do nórdico antigo linnormr, "serpente constritora"), é um ser mítico descrito como uma serpente ou dragão em mitos nórdicos e germânicos e na heráldica anglo-saxônica, alemã e escandinava.

Na heráldica norueguesa, o lindorm é representado como uma serpente marinha (sjøormer). Na heráldica inglesa e alemã, o lindworm é representado como um dragão sem asas, com duas patas, figura que deriva de antigas representações vikings de uma longa serpente gigante com chifres e, às vezes, dois braços, que frequentemente morde a própria cauda - provavelmente uma representação da mítica Jörmungandr - que lembra o Ouroboros dos gregos e romanos.

No interior da Suécia do século XIX, ainda sobrevivia à crença no Lindworm. O folclorista sueco Gunnar Olof Hyltén-Cavallius encontrou várias pessoas em Småland que disseram tê-lo encontrado na forma de uma serpente gigante, de três a seis metros de comprimento, às vezes com uma longa crina. Reuniu cerca de 50 testemunhos e em 1884 ofereceu uma grande recompensa por quem apresentasse um espécime, vivo ou morto.

Ninguém jamais se apresentou para reivindicar a recompensa, mas a especulação sobre o lindorm continua viva em livros e sites sobre criptozoologia, bem como sobre o Tatzelwurm, suposto animal com características semelhantes que habitaria os Alpes suíços e austríacos.

Mitos e lendas

Há um mito nórdico sobre um rei chamado Herraud ou Herrauðr que dá à filha Thora Borgarhjort de presente um filhote de Lindworm, que cabe dentro de uma caixinha de joias. Entretanto, a criatura cresce tanto que acaba aprisionando a princesa dentro de seu salão, o qual a serpente circunda mordendo a própria cauda. Tomando a princesa como refém, o Lindworm exige um boi por dia.

O rei prometeu a mão da princesa àquele que a libertar e o prêmio veio a ser conquistado por um herói chamado Ragnar Lodbrok ("Ragnar das calças peludas", pois eram feitas de pele), que depois veio a ser marido de Thora e tornou-se rei da Dinamarca.

Em um conto do folclore escandinavo chamado "Príncipe Lindworm" ou "Rei Lindworm", um lindworm meio homem, meio serpente nasce como um dos gêmeos de uma rainha que, para ter filhos, seguira o conselho de uma velha feiticeira que lhe aconselhara comer duas cebolas. Ela deixou de descascar a primeira cebola, o que fez o primeiro filho nascer como lindworm.

Quando o segundo gêmeo quis se casar, o lindworm insistiu que era preciso encontrar uma noiva para ele antes que seu irmão mais novo pudesse se casar. Como nenhuma das jovens escolhidas pelo rei correspondia a seu amor, ele devorou todas as noivas que lhe trouxeram, até lhe trazerem a filha de um pastor que havia falado com a bruxa. Ela chegou vestindo todas as roupas que possuía.

O lindworm lhe disse para que as tirasse, mas ela insistiu que ele também tirasse uma pele para cada vestido que ela despisse. Por fim, ele tirou a última pele e, debaixo dela, havia um belo príncipe.

Há também uma lenda sobre um Lindworm que provocava enchentes perto da cidade de Klagenfurt, na Alemanha. O Duque ofereceu uma recompensa a quem o abatesse. Alguns jovens prenderam um touro a uma corrente, e quando o Lindworm engoliu o touro, foi fisgado como um peixe e morto. Em 1335, um crânio pré-histórico de rinoceronte peludo, encontrado em uma caverna da região, foi tomado como o crânio do Lindworm.

O dragão Fafnir, da Canção dos Nibelungos, também é descrito como um Lindworm.

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29 de janeiro de 2013

Bunyip

۞ ADM Dama Gótica

Arte de INOGArt

O Bunyip (ou Kianpraty) é uma grande criatura mítica aborígene, que espreita suas vitimas em pântanos, riachos, pequenos lagos, leitos e nascentes de rios. 

A origem da palavra Bunyip foi atribuída ao Wemba-Wemba ou linguagem Wergaia de povos aborígenes do Sudeste da Austrália. No entanto, o Bunyip parece ter feito parte de crenças tradicionais indígenas e histórias em toda a Austrália, embora o seu nome tribal mudar de acordo com nomenclatura. O escritor Robert Holden identifica, em seu livro de 2001, pelo menos nove variações regionais para a criatura conhecida como a Bunyip através dos povos aborígines da Austrália. Vários relatos escritos de Bunyips foram feitos pelos europeus no início e meados do século 19, conforme a propagação em todo o país. 

A palavra Bunyip é geralmente traduzida por aborígenes australianos hoje como "demônio" ou "espírito do mal" que alimenta-se de seres humanos, dando preferência a mulheres. Seu grito pode fazer o sangue coagular. Acredita-se também que o Bunyip cause doenças. No entanto, esta tradução pode não representar fielmente o papel do Bunyip na mitologia aborígene ou suas possíveis origens antes de que os relatos escritos fossem feitos. Alguns fazem referências a fontes moderna para uma ligação linguística entre o Bunyip e Bunjil", um "grande homem" mítico que fez as montanhas e rios e todos os animais". 

Descrições de Bunyips variam amplamente. George French Angus pode ter atribuído uma descrição de um Bunyip própria como um "espírito da água" do povo Moorundi do rio Murray (onde o Bunyip provavelmente habita) antes de 1847, afirmando que é "muito temido por eles.
Arte de Gabrielle Jackson

Mas os Moorundi têm algumas dificuldades em definir sua forma usual, dizem que ele é uma estrela do mar enorme. Robert Brough Smyth atribui 10 paginas de seu livro, aborígines de Victoria, de 1878 à Bunyips, mas concluiu que "na verdade, pouco é conhecido entre sua forma, aparência ou hábitos. 

Eles parecem causar tanto temor que as pessoas que o viram parecem ser incapazes de tomar nota de suas características. No entanto, características comuns em muitos relatos de jornais do século 19 incluem uma cara de cachorro com pele escura, um cavalo com cauda, nadadeiras, morsa com presas ou chifres. 

O Bunyip Challicum, é um esboço da imagem de um Bunyip esculpida por aborígenes no banco de Fiery Creek, perto de Ararat , Victoria, foi registrada pela primeira vez pelo jornal Austrália em 1851. De acordo com o relatório, o Bunyip tinha sido fisgado depois de matar um homem aborígene. Antiquário Reynell Johns afirmou que até a década de 1850 o povo aborígine tinha um "hábito de visitar o local anualmente e refazendo os rondas pela figura do Bunyip, que tem cerca de 11 pés de comprimento e quatro de largura". 

Os pesquisadores australianos fizeram várias tentativas para entender e explicar as origens do Bunyip como uma entidade física ao longo dos últimos 150 anos. 

Escrevendo em 1933, Charles Fenner sugeriu que era provável que a "verdadeira origem do mito Bunyip existe no fato de que, de tempos a tempos focas faziam seu caminho até Murray e Darling (rios) ". Ele deu exemplos de focas encontrados, tanto interior como Overland Corner, Loxton, e Conargo e lembrou aos leitores que "a pele lisa acentuada, olhos damasco e os grito e berros que são características de focas." 

Outra sugestão é que o Bunyip pode ser uma memória cultural de extintos marsupiais australianos, como o Diprotodon ou Palorchestes. Esta ligação foi formalmente feita pelo Dr. George Bennett do Museu Australiano, em 1871, mas no início de 1990, o paleontólogo Pat Vickers-Rich e geólogo Neil Archbold também cautelosamente sugeriu que as lendas indígenas "talvez tivesse originado a partir de ossos ou mesmo animais pré-históricos que viveram por ali. Quando confrontado com os restos mortais de alguns dos marsupiais australianos agora extintos, os aborígines, muitas vezes identificá-los como o Bunyip ". 

Outra conexão com o Bunyip é o tímido Botaurus poiciloptilus. Durante a época de reprodução, o chamado do macho desta ave do pântano é um "barulho de baixa frequência"; portanto, é ocasionalmente chamado de "pássaro Bunyip".


Durante a antecipada assimilação da Austrália pelos europeus, a noção de que o Bunyip era um animal real que esperavam descobrir se tornou comum. Os primeiros colonos europeus, não estavam familiarizados com as imagens e sons da fauna peculiar do continente, e considerada a Bunyip como um animal mais estranho australiano. 

Um grande número de avistamentos de Bunyip ocorreu durante as décadas de 1840 e 1850, especialmente nas colônias do sudeste de Victoria, Nova Gales do Sul e Austrália do Sul, quando os colonos europeus estenderam seu alcance. 

Uma dos primeiros relatos de um animal de água doce grande desconhecido era, em 1818, quando Hamilton Hume e James Meehan encontraram alguns ossos grandes no Lago Bathurst, em New South Wales. Eles não chamavam o animal de um Bunyip, mas descreveram os restos como uma criatura como um hipopótamo ou peixe-boi . A Sociedade Filosófica da Austrália depois ofereceu um reembolso a Hume por quaisquer custos incorridos na recuperação de um exemplar do animal desconhecido, mas por várias razões, Hume não mais voltou para o lago.

A descoberta mais significativa foi de ossos fossilizados de "alguns quadrúpede muito maior do que o boi ou búfalo" nas Caves Wellington, em meados de 1830 por bosquímano George Rankin e mais tarde por Thomas Mitchell. Reverendo Sydney John Dunmore Lang anunciou a descoberta como "prova convincente do dilúvio". No entanto, foi o anatomista britânico Sir Richard Owen, que identificou os fósseis como marsupiais gigantesco Nototherium e Diprotodon. 

A palavra bunyip ainda pode ser encontrado em uma série de contextos australianos, incluindo nomes de lugares como o Rio de Bunyip (que corre em Westernport Bay, no sul da Victoria ), da cidade de Bunyip , Victoria, O Bunyip jornal como a bandeira do jornal local e semanal publicado na cidade de Gawler, Sul da Austrália. O nome foi escolhido porque "o Bunyip é o considerado tipo de farsa australiano!" A palavra também é usada em vários outros contextos australianos, incluindo a Casa da Suavidade Bunyip em Clifton Hill. 

Na década de 1850, Bunyip também havia se tornado um "sinônimo de impostor, mentiroso, farsa e similares" na comunidade australiana em geral. O termo "aristocracia Bunyip" foi cunhado em 1853 para descrever australianos que aspiravam ser aristocratas. No início de 1990, foi usado pelo famoso primeiro-ministro Paul Keating para descrever os membros do conservador Partido Liberal da Austrália oposição.

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28 de janeiro de 2013

Hefesto

۞ ADM Sleipnir

Arte de Kadek Seinia

Hefesto (grego: Ήφαιστος, também chamado Hefáisto) é o deus grego do fogo (em especial o fogo usado pelos ferreiros), da metalurgia, dos ferreiros e também dos artesãos, principalmente aqueles que trabalham com metais.  Ele era também o deus dos vulcões, e o fogo no interior deles representava a fornalha do ferreiro. Hefesto é geralmente representado como um homem aleijado, inclinado sobre a sua bigorna. Ele geralmente possui barba e é normalmente representado como sendo feio, e em algumas formas de arte, é representado caminhando com a ajuda de uma vara. 

Criações

Sendo um grande artífice, Hefesto foi responsável por fazer boa parte dos magníficos equipamentos dos deuses e de protegidos destes, e quase todo tipo de trabalho em metal dotado de poderes mágicos que aparece na mitologia grega é tido como tendo sido feito pelo deus. Para Zeus, fez seu escudo (Égide) e para os deuses gêmeos Ártemis e Apolo, as flechas de seus arcos. A faca utilizada por Perseu para decapitar Medusa também é atribuía à Hefesto, além de armas e armaduras utilizadas por Héracles, Aquiles, Enéias, dentre outros. Hefesto também construiu as carruagens de Hélios, Ares e Afrodite; as correntes que aprisionaram o titã Prometeu e os chocalhos utilizados por Héracles para espantar as Estinfálides durante seu sexto trabalho. 

À pedido de Zeus, moldou do barro Pandora, a primeira mulher, que receberia de outros deuses atributos que a ajudariam a enganar o titã Epitemeu e liberar os males sobre a humanidade. Hefesto criou ainda inúmeros autômatos (estátuas de metal animadas) ,sendo os mais famosos o gigante Talos, os Touros da Cólquida e a Águia Caucasiana.

Arte de El-Andyjack

Os cíclopes ArgesBrontes Estéropes são associados à Hefesto em algumas tradições como sendo seus ajudantes pessoais em uma de suas forjas, localizada no monte Etna.

O Nascimento de Hefesto

Hefesto é conhecido como o filho de Zeus e Hera, embora Zeus não tivesse nada a ver com a concepção. Hefesto foi gerado por meio de partenogênese, o que significa que ele foi concebido sem a fertilização masculina. Hera havia ficado com ciúmes de Zeus após descobrir um caso dele com Metis, a partir do qual a deusa da prudência estava grávida de Atena. No entanto, Gaia tinha advertido Zeus que Metis daria à luz uma filha, que iria derrubá-lo. Para evitar isso, Zeus engoliu Metis, para que ele pudesse levar a criança até o nascimento ele mesmo, apesar de Zeus não poderia dar à luz naturalmente. Por vingança, Hera produziu Hefesto, e diz a lenda, que Hefesto dividiu a cabeça de Zeus com um machado, a partir do qual Atena nasceu. 

Hefesto havia nascido fraco e aleijado (e por isso conhecido como o "deus coxo"). Descontente com a visão de seu filho, Hera jogou Hefesto do Monte Olimpo, e ele ficou em queda livre por um dia inteiro antes de cair no mar. Algumas ninfas resgataram-no e o levaram para Lemnos, onde as pessoas da ilha cuidaram dele. Outra versão da queda de Hefesto relata que ele foi atirado do Olimpo pelo próprio Zeusapós Hefesto ter se aliado a sua mãe em uma briga. Nessa versão da lenda, Hefesto caiu durante nove dias e nove noites, e ele desembarcou na ilha de Lemnos. Sob os cuidados de Tétis (e possivelmente Eurínome, a filha de Oceano), ele construiu uma oficina no vulcão da ilha, onde vivia numa imperecível casa de bronze brilhante, e onde criava as suas obras-primas metalúrgicas.


Para se vingar de sua rejeição por Hera, Hefesto fabricou um trono mágico, que foi presenteado a ela no Monte Olimpo. Quando Hera se sentou no trono, ela ficou presa, tornando-se refém de Hefesto. Os deuses do Olimpo pediram a Hefesto para que ele voltasse ao domínio celeste, em troca da liberação de Hera, mas ele recusou. A mando dos deuses, Dioniso o embriagou, e quando Hefesto ficou totalmente embriagado, Dioniso levou-o de volta para o Monte Olimpo deitado sobre as costas de uma mula. Esta cena é uma das favoritas na arte grega. Mesmo assim, Hefesto só liberou Hera depois de receber a bela Afrodite como sua noiva. Dioniso foi recompensado passando a ser considerado um dos membros do panteão olímpico. 

Hefesto e Afrodite

Insatisfeita com a relação, Afrodite traía Hefesto com Ares, sempre que o deus da forja não estava por perto. Os encontros dos dois foram observados por Hélios, que tudo via, e não tardou a informar Hefesto sobre o ocorrido. Indignado, Hefesto forja uma rede dourada, com fios extremamente finos e inquebráveis, da qual ninguém seria capaz de escapar. Então, na primeira oportunidade, capturou o casal de traidores jogando sua rede especial sobre eles.

Os demais deuses do Olimpo foram chamados por Hefesto para ver a cena, mas ao invés de reprovação, o que se ouvia eram as risadas dos deuses e os comentários de alguns deles sobre desejarem estar no lugar de Ares.

Marte e Vênus Surpreendidos por Vulcano - Alexandre Charles Guillemot (1786-1831) 


Após intervenção de Poseidon, Hefesto acabou libertando Ares e Afrodite da armadilha, e os dois, envergonhados, partiram dali imediatamente. Com isso, o casamento de Hefesto e Afrodite teve um fim.

Amaldiçoando Harmonia

Indignado com a infidelidade de Afrodite, Hefesto infligiu sua vingança à filha nascida de sua união adúltera com Ares, Harmonia. No dia do casamento da garota, ele a presenteou com um lindo colar amaldiçoado que trouxe a desgraça para ela e seus descendentes.

Hefesto e Atena

De acordo com a Biblioteca de Pseudo-Apolodoro, Hefesto, abandonado por Afrodite, começou a ter desejos por Atena, que também era uma patrona dos ferreiros. Atena se aproximara de Hefesto, interessada nas armas que ele fabricava, mas ele aproveitou a situação para investir sexualmente contra ela. Atena fugiu dele e Hefesto a perseguiu, e com muito esforço conseguiu alcançá-la e tentou violentá-la. A deusa conseguiu evitar que Hefesto a penetrasse, e o deus coxo acabou ejaculando em sua perna. Enojada, Atena removeu o sêmen de sua perna e o jogou sobre a terra (Gaia). Deste ato nasce Erictónio, primeiro rei mítico de Atenas.


Outra versão, relatada por Higino em sua obra Fabulae (Fábulas), quando Dioniso trouxe Hefesto de volta ao conselho dos deuses, ele libertou Hera do trono mágico em que a havia prendido. Em seguida, ele obteve liberdade de escolha de Zeus ​​para obter o que ele quisesse deles. Poseidon, incitou Hefesto a pedir a mão de Atena em casamento, e ele o fez. O pedido do deus foi concedido, mas tão logo Atena deitou em sua cama para terem sua noite de núpcias, a deusa defendeu sua virgindade e lutou contra Hefesto. Enquanto eles lutavam, Hefesto ejaculou sob a terra, e dela nasceu um menino, Erictónio.

Outros amores de Hefesto
  • Cabeiro: Cabeiro era uma ninfa do mar que vivia na ilha de Lemnos, e filha do deus marinho Proteu. De acordo com Nono em sua obra  Dionysiaca, após ser expulso do Monte Olimpo, Hefesto se relacionou com ela e desta relação nasceram os Cabiros, irmãos gêmeos que serviram ao pai em sua forja em Lemnos. 
  • Perséfone: Perséfone era uma deusa tão bela que todos os deuses desejavam tê-la como esposa, e enviavam dotes à sua mãe Deméter na tentativa de conquistá-la. No caso de Hefesto, ele enviou um belo colar composto de inúmeras cores, mas assim como todos os outros presentes oferecidos pelos deuses, Deméter recusou.
  • Aglaia: Após suas várias desilusões amorosas, Hefesto finalmente encontrou uma esposa, Aglaia (também chamada de Cáris), uma das três Graças e a deusa da beleza, esplendor, glória e adorno. Com ela, Hefesto teve quatro filhas: Eucléia, Eutênia, Eufeme e Filofrosina.
  • Mortais: Várias fontes e autores diferentes atribuem à Hefesto uma série de filhos de relações suas com mulheres mortais. Dois dos mais famosos são Perifetes (um bandido coxo como o pai e filho de Anticleia; morto por Teseu) e Caco (um gigante semidivino e cuspidor de fogo morto por Héracles).
Gigantomaquia

Durante o conflito entre os deuses e os gigantes (Gigantomaquia), Hefesto combateu ao lado de Héracles o gigante Mimas, despejando sobre ele uma torrente de ferro fundido e o matando.

Durante a Guerra de Tróia

Hefesto, á pedido de Tétis, forjou para Aquiles a sua armadura dita ser invencível. Também forjou uma armadura especial para Enéias, à pedido de Afrodite. Além disso, o deus da forja confrontou Escamandro, um deus-rio que fluía pelo território troiano e estava furioso com Aquiles, pois recebia em seu leito muitos cadáveres das mãos do herói grego. Escamandro lançou sobre Aquiles as suas águas revoltas, mas Hefesto interviu à favor do herói despejando sobre o leito do rio o fogo de suas forjas. As águas do rio teriam secado totalmente se Hera não tivesse pedido à Hefesto para poupá-lo.


Hefesto ainda salvou Ideu, um dos filhos de Dares, sacerdote de Hefesto em Tróia,  ocultando-o em uma névoa escura para que também não fosse morto pelo herói grego Diomedes (o mesmo que feriria Afrodite e Ares durante a guerra).

Culto

Hefesto era adorado principalmente em Atenas, onde o templo de Hefesto (Hephaesteum, também conhecido como o Theseum) continua de pé. É o exemplo mais completo de um templo "dórico" (uma das três ordens na arquitetura grega). Foi construído em 449 a.C., e fica em uma colina perto da Ágora ao pé da Acrópole. 

Hefesto e Atena Ergane (Atena em seu papel como protetora dos artesãos) eram homenageados com o festival Chalceia, que ocorria no 30° dia do mês ático Pyanopsion.
 
Os romanos adotaram Hefesto como um de seus próprios deuses associados a mitos e culto ao seu deus do fogo e chamaram-no de Vulcano. Hefesto também foi associado com o Monte Etna, que fica na ilha da Sicília. 

Arte de Ed Labetski

fonte:
  • https://theoi.com
  • https://www.newworldencyclopedia.org

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27 de janeiro de 2013

Roc

۞ ADM Sleipnir


O Roc, conhecido também como Pássaro Roca, é uma ave mitológica árabe/persa, tão grande que poderia capturar e comer elefantes. Aparecendo nos 1001 Contos árabes, tornou-se popular na história do marinheiro Sinbad quando, sem querer, o salva de um naufrágio


Sinbad, encontrando-se no ninho do Roc na companhia de um ovo tão grande como “148 ovos de galinha”, precisava encontrar uma maneira de sair de lá o mais rápido e possível. Cuidadosamente amarrando-se a perna do Roc com seu turbante, Sinbad voou pairando sobre a vida querida. O pássaro voou tão alto que a Terra desapareceu de vista. Finalmente, Sinbad escapou quando o Roc retornou à Terra e voou baixo por uma ilha, onde ele cortou seu turbante, caindo em segurança no solo. 


Características

Fisicamente, os Rocs são como águias enormes com uma plumagem marrom e dourada. Alguns rocs podem ser inteiramente vermelhos ou pretos, e são considerados como portadores de maus presságios. Eles têm uma grande força, capaz elevar suas presas, incluindo elefantes, para os céus. Eles têm um apetite voraz, e voa para cerca de 100 metros da superfície da terra para detectar qualquer presa potencial. Uma vez encontrado, desce rapidamente e bate suas garras na inconsciência.

Em seguida, sobe para seu ninho para devorar com facilidade. Se você não pode bater seu inconsciente novamente, mas desta vez com o pico.
Seus ninhos são as montanhas mais altas, e são construídos com árvores e galhos. Esses ninhos são geralmente muito bem protegido por Rocs, que não hesitaram em atacar ferozmente se o ninho for ameaçado.

Dizem que os Rocs podem ser domesticados por gigantes. Se os gigantes forem benevolentes não deixaram seus Rocs atacarem os habitantes das cidades, ou os seus animais de estimação ou animais. É dito também que anões que vivem próximos aos ninhos deles tentaram domesticá-los antes, sem sucesso.

As penas de Roc supostamente seriam usadas na confecção de "tapetes voadores".

Origens 

A origem da Roc pode ser encontrada na mitológica história indígena sobre a luta entre o meio-humano, meio-águia Garuda (que tinha cobras como seu alimento), e da serpente Naga. De acordo com o historiador alemão Rudolf Wittkower, Naga é uma palavra que significa tanto cobra como elefante. 

Há uma outra história, encontrada em ambos o Mahabharata e o Ramayana sânscrito. Nela, Garuda encontrasse voando com um elefante e tartaruga capturados ao se enfrentar numa grande luta. Não se sabe o motivo pelo qual eles brigavam. Depois de carregar os dois para longe, Garuda devorou os descontentes. Talvez tenha a ver com um mito indiano, onde o mundo repousa sobre as costas de quatro elefantes, que por sua vez, estão todos de pé sobre as costas de uma tartaruga. 

É possível que o mito do Roc foi incentivado por esqueletos dos Aepyornis. Extinto desde o século XVII , os" pássaros-Elefante" chegaram a ter uma altura de mais de 10 metros e pesavam cerca de meia tonelada. Eram enormes, e obviamente, incapazes de voar.

Citação de Marco Polo (1254-1324)


Polo era um comerciante da República de Veneza, que escreveu extensivamente sobre a Ásia Central e da China. 


"Foi para o mundo todo como uma águia, mas uma de enorme tamanho, tão grande de que suas plumas tinham 12 passos de comprimento e espessura em proporção. E era tão forte que capturava um elefante em suas garras e o levava bem alto e  deixava-o cair, fazendo-o em pedaços; tendo matado-o, o pássaro desce sobre ele e come-o em seu lazer ". 

O Roc é dito ser um pássaro tempermental , então era melhor não lhe provocar a raiva. Tenha isso em mente se você encontrar um ovo relativamente grande. O Roc era conhecido por destruir navios em vingança, se o seu ovo foi adulterado. Limite-se a ovos de galinha para a sua refeição no café da manhã! ^^


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26 de janeiro de 2013

Pocong

۞ ADM Dama Gótica


O Pocong é uma das lendas de fantasmas mais conhecidas da Indonésia e da Malásia. Esse fantasma seria a alma de uma pessoa morta e presa as suas roupas. Conhecido na Indonésia e Malásia como kain kafan, o sudário (mortalha) é o comprimento de pano usado pelos muçulmanos em enterros para envolver o corpo da pessoa morta. O corpo coberto por esse tecido branco é amarrado sobre a cabeça, sob os pés, e no pescoço. 

De acordo com as crenças tradicionais, a alma de uma pessoa morta fica na Terra por 40 dias após a morte. Quando os laços não são desamarrados após o fim desses dias, o fantasma sai da sepultura para avisar aos familiares que precisa que as amarras que o prendem sejam desfeitas. Após os laços serem liberados, a alma vai deixar a Terra indo para o além e nunca mais voltar. 

Por causa do empate sob os pés, o fantasma não pode andar. Isso faz com que o pocong pule. Pocongs muitas vezes aparecem na religião, baseados em filmes ou seriados de TV.


No início dos anos 2000, emissoras de TV na Indonésia pretendiam capturar aparições de fantasmas com suas câmeras e colocar os registros em um programa específico. Nesse programa, os aparecimentos Pocong podiam ser visto frequentemente, em conjunto com o kuntilanak (fantasmas vampiros). 

Houve também um filme Pocong (2006), dirigido por Rudy Soedjarwo , que foi proibido e censurado em versões de DVD franceses e alemães, devido às perturbadoras cenas assustadoras. Não muito tempo depois de sua proibição, o diretor criou uma seqüência menos horrível, sobre a mesma história, Pocong 2. Outros títulos Pocong 3 (2007), O Pocong real (2009), 40 Hari Bangkitnya Pocong (2008 ) foram introduzidos na série de filmes nos cinemas, na Indonésia. Há ainda o filme Pocong Jumat Kliwon , dirigido pelo diretor Nayato Fio Nuala, que começou uma tendência de filmes de Pocong mesclando horror e comédia.

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25 de janeiro de 2013

Ladon

۞ ADM Sleipnir

Arte de Utas

Ladon (grego Λάδων; também chamado de Ladão, Dragão Hespério ou Dragão das Hespérides, grego Δρακων Ἑσπεριος) é um dragão pertencente a mitologia grega. Ele era servo da deusa Hera e habitava o jardim das Hespérides, onde era responsável por guardar a árvore de maçãs douradas, juntamente com as Hespérides, as filhas do titã AtlasEsta árvore foi um presente de casamento de Gaia para Hera e ZeusUma vez colocado lá, Ladon enrolou-se em torno da árvore e tornou-se seu guardião. 


A ascendência dessa criatura difere de várias fontes. Segundo os poetas Apolodoro e Higino, Ladon era um dos muitos filhos do monstruoso casal Tifão e Equidna. Já de acordo com o poeta Hesíodo, ele descende das divindades marinhas Fórcis e Ceto.  Há ainda autores que atribuem sua maternidade à Gaia.

Ladon possuía um corpo enorme e era dotado de cem cabeças, as quais dizem que falavam  línguas diferentes cada uma (ou simplesmente possuíam tons de voz diferentes). Ele também nunca dormia, mantendo-se sempre vigilante para qualquer possível tentativa de roubo das maças.

Arte de Giovanni Fim

Obter essas maçãs douradas foi um dos trabalhos de Héracles (o 11°), que com um tiro preciso usando uma de suas flechas envenenadas, atingiu o coração da besta e a matou rapidamente. Como uma celebração de sua vitória, Héracles gravou uma imagem em auto- relevo do dragão sobre o seu escudo e lançou os restos mortais do monstro aos céus, onde Zeus transformou-o na constelação de Dragão. Em uma versão alternativa do mito, Ladon nunca é morto, e Héracles, em vez disso, pede ajuda ao titã Atlas para recuperar as maçãs. Enquanto Héracles toma seu lugar por alguns instantes na tarefa de sustentar os céus, Atlas vai até o jardim e pega algumas maças para ele.

Ladon é destaque nos livros de Percy Jackson. Também é vendido como um dragão de pelúcia em um programa de TV para crianças nos EUA. Finalmente, existem vários cruzamentos culturais sobre Ladon. Muitas são as histórias de dragões guardando itens em quase todas as culturas do mundo. Além disso, o gregos usam-no não só como guardião da árvore das Hespérides, mas como o deus-rio da Arcádia, na Grécia.



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24 de janeiro de 2013

Vidar

۞ ADM Sleipnir

Arte de Matias Cabezas

Vidar (do nórdico antigo Víðarr, "O que governa amplamente") é um deus nórdico conhecido como o "deus silencioso", e que vingará a morte de Odin, matando o lobo Fenrir durante o Ragnarok. Vidar é o irmão de Vali, e filho de Odin e Grid. 

Odin uma vez viu e se apaixonou pela bela Grid, que morava em uma caverna no deserto, e, cortejando-a, prevaleceu sobre ela para torná-la sua esposa. O descendente dessa união entre Odin (mente) e Grid (matéria) era um filho tão forte quanto o silêncio, chamado Vidar, a quem os antigos consideravam uma personificação da floresta primitiva ou das forças imperecíveis da Natureza. 

Como os deuses, através de Heimdall, estavam intimamente ligados ao mar, eles também foram vinculados por laços estreitos com as florestas e da natureza em geral por Vidar, cognominado "O Silêncio", que estava destinado a sobreviver a sua destruição e reinar sobre a terra regenerada. Este Deus tem a sua casa em Landvidi (a terra de largura), um palácio decorado com ramos verdes e flores frescas, situado no meio de uma floresta impenetrável primitiva, onde reina o profundo silêncio e solidão que ele ama. 

"Crescido sobre os arbustos 
E com a grama alta 
É a vasta terra de Vidar ". 

-Mitologia nórdica (R. B. Anderson) 

Esta velha concepção escandinava do silencioso Vidar é muito grande e poética de fato, e foi inspirada na paisagem acidentada do Norte. "Quem já vagou por estas florestas, em uma extensão de muitos quilômetros, em uma extensão sem limites, sem um caminho, sem um objetivo, em meio a suas sombras monstruosas, sua tristeza sagrada, sem ser preenchido com profunda reverência pela grandeza sublime da Natureza acima de tudo, a ação humana, sem sentir a grandeza da idéia que constitui a base de essência de Vidar?

Características e o Sapato de Vidar

Vidar é alto, forte e belo, tem uma espada de lâmina larga, e além de sua armadura usa um sapato de couro grande. O "Sapato grosso" de Vidar consiste de todas as peças de couro de resíduos que os sapateiros do Norte cortaram de seus próprios sapatos no dedo do pé e calcanhar, coletados pelo Deus durante todo o tempo. Como era muito importante que o sapato fosse grande e forte o suficiente para resistir aos dentes afiados do lobo Fenrir na batalha vindoura, tornou-se uma questão de observância religiosa entre os sapateiros dar a maior quantidade de couro que fosse possível . 


A Profecia das Nornas

Um dia, quando Vidar se juntou com seus colegas em Valhalla, eles receberam-no com alegria, pois todos o amavam e colocaram a sua confiança nele, pois sabiam que ele iria usar sua grande força em seu favor na hora da necessidade. Mas depois de ter sorvido o hidromel de ouro, Odin ordenou-lhe que o acompanhasse até a fonte Urdar, onde as Nornas estavam ocupados tecendo a sua teia. Quando questionadas por Odin a respeito de seu futuro e o destino de Vidar, as três irmãs responderam oracularmente pelos seguintes frases curtas: 

"Cedo começou." 
"Demais prolongado." 
"Um dia acaba." 

Para o que sua mãe, Wyrd, a deusa primitiva do destino, acrescentou:

"Com alegria mais uma vez venceu." 

Estas respostas misteriosas teriam permanecido totalmente ininteligíveis para os Deuses, se ela não tivesse os explicado que o tempo avança, que tudo deve mudar, mas que mesmo que o pai caisse na última batalha, seu filho Vidar seria seu vingador, e iria viver para governar um mundo regenerado, depois de ter conquistado todos os seus inimigos. 

"Lá está sentado 
O filho de Odin no dorso do cavalo; 
Ele irá vingar seu pai. " 

-Mitologia nórdica (R. B. Anderson) 

Com as palavras do Wyrd as folhas da árvore do mundo começaram a se agitar como se agitadas por uma brisa, a águia no seu galho mais alto bateu suas asas, e a serpente Nidhogg por um momento suspendeu a sua obra de destruição nas raízes da árvore. Grid, juntando-se ao pai e o filho, regozijou-se com Odin quando soube que seu filho estava destinado a sobreviver aos Deuses antigos e governar o novo céu e a nova terra. 

"Hão de habitar Vidar e Vali 
No trono dos deuses sagrados, 
Quando o fogo de Surtur se saciar. " 

-Mitologia nórdica (R. B. Anderson) 

Vidar, no entanto, não disse uma palavra, mas lentamente seguiu seu caminho de volta ao seu palácio Landvidi, no coração da floresta, onde, sentado em seu trono, ele ponderou sobre a eternidade, o futuro e infinito. Se ele foi sondado sobre os seus segredos, nunca revelou-los, para os antigos declarou que ele era "tão silencioso como um túmulo" - um silêncio que indica que ninguém sabe o que o espera na vida futura. 

Vidar não é apenas uma personificação da incorruptibilidade da natureza, mas também um símbolo de ressurreição e renovação, provando que novos brotos e flores estão sempre prontos para brotar para substituir aqueles que tenham caído em decadência. 

Arte de Marcel Gröber
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Ruby