30 de abril de 2014

Oni

۞ ADM Sleipnir

Arte de Montjart

Onis são famosos yokais do folclore japonês, equivalentes aos demônios, ogros ou trolls de outras culturas. São personagens fortemente relacionados com a cultura do país, sendo muito populares nas artes, literatura e teatro. Especula-se que o termo oni seja derivado da palavra On'yomi, que significa "esconder" ou "ocultar", pois originalmente, os Onis eram considerados espíritos invisíveis de deuses portadores de desastres, doenças e outras coisas desagradáveis. Essas terríveis entidades também podiam assumir uma variedade de formas para enganar (e muitas vezes devorar) seres humanos.

Segundo as histórias, um Oni pode surgir de duas formas. Na primeira, um humano realmente maligno se transforma em um Oni após a morte, e se torna um servo de Enma Dai Oh, o governante do Inferno, passando a integrar o exército do submundo. Ele passa a aplicar castigos horríveis para aqueles que eram maus, mas não o suficiente para se tornarem um Oni. Na segunda forma, o humano perverso se transforma Oni durante a vida, e permanece na Terra para aterrorizar os vivos. Esse tipo de Oni é o mais comum nos contos, e o que representa maior perigo para a humanidade.

Arte de toshi13go


Características

Onis são normalmente descritos como criaturas humanóides enormes e assustadores. Eles possuem uma variedade de características, mas são mais comumente representados com a pele vermelha ou azul, cabelos desgrenhados, dois ou mais chifres e presas afiadas. Outras variações apresentam cores diferentes de pele e diferentes números de chifres, olhos ou dedos das mãos e pés. Eles usam um fundoshi (espécie de tanga japonesa) feito com a pele de tigres ou outros animais e carregam um porrete com pontas de metal chamado kanabô.

Arte de Fergall

Nos contos folclóricos, os Onis são geralmente criaturas maliciosas e antropófagas, temidos pelos homens e confrontados por heróis errantes. Devido a sua enorme força, eles são vistos como seres praticamente imbatíveis, e a única forma de afugentá-los é com ruídos altos e celebrações, praticas que alguns vilarejos no Japão ainda realizam nos dias de hoje para afastar os Onis.

Outras formas de repelir um Oni são colocar estátuas de macacos nos jardins da residência virados para o nordeste, por onde é mais comum a sua chegada e lançar grãos de soja contra ele, gritando Oni wa soto! Fuku wa uchi!  ("Para fora demônio! Venha, felicidade!"). Os Onis são ainda uma peça chave de um feriado japonês conhecido como setsubun. Este festival marca o começo da primavera, e o ano novo no antigo calendário lunar. Pessoas usando máscaras Oni são espantadas simbolicamente para proteger o ano vindouro do infortúnio e do mal.

Arte de Disse86


Cultura Popular
  • Em Onimusha, os Onis protegem os humanos dos chamados Genma (outro tipo de demônio) e os personagens principais recebem (no caso de Onimusha 1 e 3) uma manopla Oni para os ajudar, já em Onimusha 2, o personagem principal faz parte de um clã descendentes dos Oni. Em jogos como esse, é possível ver a criatividade atual em criar variantes de seres como esse, além de morto-vivo, youkai e outras criaturas;
  • No Anime e Mangá Naruto, o Juubi ( 10 Caudas), tem a forma de um oni, só que com 10 caudas e seu olho possui um Sharingan;
  • No anime/mangá Gantz, os protagonistas participam de uma missão em que devem eliminar os Aliens Oni, mas eles não têm aparência horrenda, são homens adultos comuns com poderes diferentes, como o controle do fogo e o poder de se transformar em qualquer pessoa ou animal;
  • O pokémon Electabuzz é inspirado nos Onis;
  • Na série de TV Kamen Rider Hibiki, os vários Kamen Riders têm a habilidade de se transformar em guerreiros com aparência de Onis;
  • No anime Histórias de Fantasmas tem a aparição de um Oni chamado Amanojaku.
  • No jogo Ao Oni, um Oni azul que assombra uma casa no norte da cidade, é o antagonista. Ao Oni é um RPG Maker;
  • No desenho animado As Aventuras de Jackie Chan no decorrer da quarta temporada, Jackie Chan precisa enfrentar máscaras onis que ganham vida ao serem usadas;
  • No jogo de Nintendo 64, "The legend of Zelda: Majora's Mask" o protagonista pode se transformar em Oni Link ao final do jogo, com alguns critérios para isso. Nesse jogo, o "Oni" é referido como "Deity";
  • Suika Ibuki e Yuugi Hoshiguma são dois Onis em forma de garotas na série Touhou Project. Ambas possuem chifres longos, adoram beber sake e têm uma força física descomunal, apesar das aparências;
  • No mangá de Shaman King aparece o Grande Oni, esse é visto por Hao em sua 1ª vida e é quem dá à Hao o poder de reencarnar a cada 500 anos a fim de participar da Shaman Fight até realizar seu sonho de criar um mundo só de Shamans;
  • Nos animes/mangás Yu Yu Hakusho e Dragon Ball Z, os Onis aparecem como servos de Enma-Dai-Oh;
  • Em Mortal Kombat os oni são uma raça de criaturas de diversas formas que habitam o inferno e o grotesco covil de Goro. Eles são geralmente pouco inteligentes e possuem 3 olhos,os principais onis da saga são Moloch e Drahmin. Drahmin é um oni que usa uma máscara que o ajuda a não ser um oni selvagem,e sim um ser que fala e pensa;
  • No anime Urusei Yatsura, uma das personagens principais, Lum, é uma extraterrestre classificada como Oni;
  • No anime Toriko, o protagonista pode fazer uma aura em forma de um oni ou hannya;
  • Na terceira temporada da série americana de TV Teen Wolf, os Onis são retratados como demônios que vêm das sombras.

fontes:
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29 de abril de 2014

Ahuizotl

۞ ADM Sleipnir

Arte de moneroman

Ahuizotl é um monstro aquático e antropófago, originário da mitologia asteca. Seu nome é a união de três palavras da língua náuatle, que juntas significam "espinhoso d'água".Os astecas criam que Ahuizotl era um guardião dos lagos, e que seu papel era impedir a pesca, sendo hostil e atacando todos aqueles que adentravam seu território.

Seu mito provavelmente originou-se no século XIII, na América Central, e a maior parte das informações sobre ele vem de um conjunto de livros chamado Códice Florentino, que relata muitas crenças, histórias, hábitos entre outras coisas da então colônia chamada Nova Espanha (hoje México). 

Características

Segundo o códice, o Ahuizotl é uma criatura similar a um cão ou coiote, com um corpo liso, orelhas pontudas e mãos e cauda iguais as de um macaco. No final de sua cauda existe uma outra mão, que ele geralmente usa para agarrar suas vítimas.

O Ahuizotl se alimenta das unhas, dentes e olhos de suas vítimas, deixando o resto do corpo intacto. Sempre que um pescador se aproxima do Ahuizotl, ele usa a sua cauda-mão para puxá-lo pelo tornozelo e arrastá-lo para o fundo do lago ou rio. Após isso, o Ahuizotl o mata e devora seus olhos, dentes e unhas. O corpo da vítima emerge das águas após 3 dias.


As lendas sobre ele assombravam as aldeias astecas, tornando difícil a vida dos pescadores. Eles tinham tanto medo de pescar que costumavam se armar antes de saírem para pescar. Até mesmo as mulheres e crianças eram alvos do Ahuizotl, que as atraíam para o lago imitando o choro de uma criança em apuros. 

Acreditava-se que as vítimas dele recebiam tal morte por terem praticado boas obras durante sua vida. Seu corpo mutilado não podia ser tocado por pessoas comuns, mas apenas por sacerdotes do deus Tlaloc, de quem os astecas acreditavam que Ahuizotl era servo. O corpo era retirado da água e sepultado pelo sacerdote, e era considerado um sacrifício especial à Tlaloc, que levaria seu espírito para seu paraíso, Tlalocan. 

Possíveis analogias

Apesar de existirem imagens do Ahuizotl presentes em textos e pinturas em templos astecas, não existem evidências sólidas que comprovem a sua existência. Vários povos das Américas têm histórias análogas sobre animais perigosos que vivem em lagos e rios, que podem ser inspirados no castor, no gambá (em náuatle: tlacuache), em alguma espécie de lontra (aizcuíntli, "cão d'água", na mesma língua), ou mesmo na ariranha (Pteronura brasiliensis) da América do Sul.

O oitavo rei asteca adotou o nome Ahuizotl. Acredita-se que ele foi responsável pelo sacrifício de mais de 20.000 pessoas em nome da construção da Grande Pirâmide de Tenochtitlan.

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28 de abril de 2014

Quíron

۞ ADM Sleipnir



Quíron (do grego Χείρων, "mão") é na mitologia grega o centauro de maior significância dentre os demais. Embora ele se parecesse com os outros centauros na aparência, ele era muito diferente em seu caráter. Em vez do comportamento brutal típico de seus irmãos, Quíron era um ser bondoso, sábio e pacífico. Suas habilidades em medicina, música, tiro com arco e caça rivalizavam com as de seu pai adotivo, o deus Apolo.

Vida

Quíron era filho do titã Cronos e da ninfa Filira. Um dia enquanto copulavam, Cronos e Filira foram surpreendidos por Réia, titânide e esposa de Cronos. Na tentativa de se esconder de Réia, Cronos se metamorfoseou em cavalo e assim gerou o notável centauro. Filira ficou horrorizada com a aparência de seu filho, e clamou aos deuses para que a transformassem em outra coisa. Os deuses atenderam o seu pedido e a transformaram em uma árvore chamada Tília.

Abandonado pelos pais, Quíron sobreviveu graças à imortalidade herdada do pai, e acabou sendo adotado por Apolo, que lhe transmitiu todo o seu conhecimento: artes, música, poesia, ética, filosofia, artes divinatórias e profecias, terapias curativas e ciência.

Quíron vivia em uma caverna no Monte Pelion, na Tessália e era casado com a ninfa Cáriclo. Teve com ela três filhas, Hipe (também chamada Melanipe or Evipe), Endeis e Ocíroe e um filho, Caristo. Quíron era tido como o último dos centauros, e altamente reverenciado como professor e tutor, mestre de muitos heróis gregos, incluindo Héracles, Peleu (pai de Aquiles), Jasão, Aquiles, Asclépio e Actéon. 



A chaga incurável

Um dia, durante a festa de casamento do filho de um rei, os centauros convidados se embriagaram e começaram a perseguir as mulheres, inclusive a noiva. Assim começou uma batalha entre os centauros bêbados e os convidados, entre os quais estava Héracles e Quíron. Durante a confusão, Héracles acerta Quíron acidentalmente com uma de suas flechas que haviam sido banhadas no sangue da Hidra. A flecha era extremamente venenosa e infligiu em Quíron uma ferida incapaz de ser curada, que passou a torturá-lo com dores insuportáveis. Incapaz de curar seu ferimento e não podendo morrer por ser imortal, ele sofria intensamente, e por isso se recolheu em uma gruta no monte Pélion onde, porém, continuou transmitindo seus conhecimentos aos discípulos que a ele chegavam.

O sacrifício de Quíron

Mas acabou surgindo uma oportunidade única para Quíron se livrar definitivamente de seu sofrimento. Prometeu, o titã doador do fogo à humanidade, havia sido punido por Zeus, sendo acorrentado no monte Cáucaso como castigo por tê-lo enganado e por ter roubado o fogo. Todos os dias, um grifo descia sobre ele e devorava-lhe o fígado, que a cada noite se regenerava, o que era uma tortura eterna para o mesmo. Zeus decretou que Prometeu só poderia ser liberado se um imortal concordasse em ir para o Tártaro e lá permanecesse em seu lugar, renunciando portanto à sua imortalidade. 

Héracles intercede à Zeus em favor do amigo e mestre Quíron, que com a concordância de Zeus, renuncia a sua imortalidade e troca de lugar com Prometeu, morrendo nove dias depois. Em memória da atitude de Quíron, Zeus o colocou no céu como a constelação de Sagitário (ou Centauro, conforme a fonte).


fontes:
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26 de abril de 2014

A Edda Poética: Parte XIII - Hrafnagalðr Óðins

۞ ADM Sleipnir

Tradução e notas de Márcio Alessandro Moreira.



O Hrafnagalðr Óðins ("O Canto do Corvo de Óðinn") ou Forspjallsljóð ("Poema Prelúdio") é um poema islandês do estilo da Edda Poética. Foi apenas preservado em manuscritos tardios. Sophus Bugge argumentou que o poema estava num trabalho do século 17 d. c. e composto como uma introdução para o Baldrs Draumar. Desde então algumas edições da Poética Edda incluem esse poema, embora não muito estudado.

Hrafnagalðr Óðins

01-O Alföðr* trabalha,
os Álfar* entendem,
os Vanir sabem,
as Nornir revelam,
a Íviðja* dá à luz,
os homens suportam,
os Þursar* esperam,
as Valkyrjur anseiam.

02-Os Æsir suspeitam
de um esquema maligno,
os Vættar* confundiram
o tempo com runas*;
Urðr* foi apontada
como guardiã do Óðrærir*,
para poderosamente proteger isso
do inverno mais poderoso*.

03-Hugur* então desaparece
buscando nos céus,
a suspeita da ruína dos homens,
se ele está atrasado;
o pensamento de Þráinn*
é um sonho opressivo,
o sonho de Dáinn*
era um pensamento enigmático.

04-Os poderes dos Dvergar*
encolheram, os mundos*
afundam
para o abismo Ginnung*;
frequentemente Alsviðr*
cai de cima,
frequentemente ele se levanta
e cai novamente.

05-A Terra e a Sól
não pode resistir firme;
ventos malignos
não cessam;
escondido na gloriosa
fonte de Mímir
está todo o conhecimento;
tu ainda sabes, ou o que?

06-A curiosa Dís*
habita nos vales,
do freixo Yggdrasil
caiu;
da família dos Álfar,
Iðunn era o seu nome,
a mais jovem das velhas*
crianças de Ívaldi*.

07-Mal ela suportou
a queda de cima,
abaixo da árvore branca
onde encerra seu tronco;
descontente ficou
com a filha de Nörvi*,
acostumada com o agradável
domicílio em casa.

08-Os Sigtívar* veem
a aflição de Nauma*
no lar do lobo;
dão a ela uma pele de lobo,
ela se cobriu dessa maneira,
a disposição mudou,
se deliciando em malícia,
mudando a sua forma.

09-Viðrir* selecionou
o guardião do Bifröst,
do portador do sol de Gjallar
para investigar*
tudo o que ela sabia
dos negócios do mundo;
Bragi e Loptr*
foram testemunhas.

10-Feitiços eles cantaram,
lobos eles cavalgaram,
Rögnir e os Regin*,
na casa celestial,
Óðinn ouviu
no Hliðskjálf*;
assistindo os viajantes
em distantes jornadas.

11-O sábio* perguntou
a servidora do hidromel*,
progênie dos Deuses
e seus sócios,
se ela sabia a origem,
duração, e fim
do céu, do Hel,
e do mundo.

12-Ela nada disse,
nem foi Gefjon* capaz
de proferir uma palavra,
nem expressar qualquer alegria;
lágrimas rolaram;
dos escudos da sua cabeça*,
da poderosa
foi tirada o poder.

13-Do Leste
do Élivágar*
vem um espinho impelido
pelo Þurs* de gelo,
com o qual Dáinn
golpeia* todos os homens
da gloriosa Miðgarðr
toda noite.

14-Ações são entorpecidas,
os braços abaixados,
uma tontura paira sobre
Deus branco com a espada*;
estupor espalha
o vento da Giganta*,
as agitações da mente
de toda humanidade.

15-Assim os Jólnar* percebem
o estado de Jórunn*,
inflados com tristeza,
quando nenhuma resposta chega;
eles ficaram mais persistentes
quando foi negada resposta,
mas todas as palavras
eram sem proveito.

16-Adiante foi o líder
da expedição,
o guardião do Gjallarhorn*
do Herjann*;
ele escolheu como companheiro
o filho de Nál*,
o poeta de Grímnir*
ficou vigiando o lugar.

17-Chegaram ao Vingólf*
os ministros de Víðarr*,
pelo filho de Fornjótr*
ambos transportados;
eles caminham para dentro,
saúdam os Æsir
em seguida na alegre festa de cerveja
de Yggr*:

18-"Salve, Hangatýr*,
mais feliz dos Æsir,
possa tu presidir
o hidromel no alto-trono;"
"Sentem-se, Díar*, em delícias
no sumbel*;
podeis vós, com Yggjungi*
desfrutar felicidades eternas!"

19-Sentados em bancos
a convite de Bölverkr*,
a tribo dos Regin
estavam sentados com Sæhrímnir*;
Skögull*, nas mesas,
enchia os chifres
com o hidromel de Mímir
do barril de Hnikarr*.

20-Muito foi perguntado
durante o banquete
de Heimdallr pelos Deuses,
de Loki pelas Deusas,
se a mulher tinha falado
profecias ou sabedorias;
todo dia eles perguntavam
até que o crepúsculo* se aproximava.

21-Mal, eles julgaram,
que tinha ido mal
a sua incumbência fútil
de pouca glória;
provou-se difícil
encontrar um modo
para conseguir a resposta
da mulher*.

22-Ómi* respondeu,
todos ouviram:
"Nótt* é o tempo
para novos conselhos;
pensaremos até de manhã
todos os que são capazes
de providenciar conselhos
para o benefício dos Æsir!".

23-Correndo ao longo do remoinho
das planícies de Rindr*
a provisão do lobo Fenrir
está cansada*;
os Deuses deixaram
a festa e saudaram
Hroptr* e Frigg,
quando Hrímfaxi* ascendeu.

24-O filho de Dellingr*
urgia em seu cavalo,
bem adornado
com pedras preciosas;
a juba do cavalo brilha
acima de Manheimr*,
o corcel em seu carro
puxa o brinquedo de Dvalinn*.

25-Em Jörmungrundr*
nas proximidades ao norte,
abaixo da externa raiz
da nobre árvore,
para os suas acomodações foram as
Gýgjur e os Þursar*,
os homens mortos, os Dvergar,
e os Dökkálfar*.

26-Os Regin se levantam,
Áfröðull* corre,
Njóla* avançou
para o norte de Niflheimr;
o filho de Úlfrún*
ergueu para cima o Árgjöll*,
a poderosa trombeta
no Himinbjörg*.


Notas do Hrafnagalðr Óðins:
  • 01/1* Alföðr é outro nome de Óðinn. Essa estrofe também pode ser traduzida assim: "O Alföðr tem o poder..."
  • 01/2* Álfar são os Elfos.
  • 01/5* Íviðja é a Giganta que vive na floresta em Jötunheimr.
  • 01/7* Þursar são os Gigantes.
  • 02/3* Vættar são Espíritos.
  • 02/4* Possivelmente esses espíritos alteraram o tempo com magia rúnica.
  • 02/5* Urðr é a Norn mais velha.
  • 02/6* Óðhrærir é o nome do vaso que o contem o hidromel, mas também aparece como nome hidromel dos poetas.
  • 02/8* O inverno mais poderoso é Fimbulvetr.
  • 03/1* Hugur é outro nome de Huginn o corvo de Óðinn.
  • 03/5* Þráinn é o nome de um Anão na Völuspá.
  • 03/7* Dáinn é o nome de um Anão na Völuspá e de um Elfo no Hávamál.
  • 04/1* Dvergar são os Anões.
  • 04/2* Os quatro Anões que seguram o mundo em quatro pilares.
  • 04/4* Ginnung é o Ginnungagap.
  • 04/5* Alsviðr é o cavalo da Sól.
  • 06/1* Essa Dís é Iðunn, Dísir são espíritos guardiões femininos.
  • 06/7* Iðunn é chamada de filha de Ívaldi.
  • 06/8* Ívaldi é um Anão pai de Brokkr e Sindri.
  • 07/6* Nörvi é o nome do pai de Nótt, a noite.
  • 08/1* Sigtívar são os Deuses.
  • 08/2* Nauma parece ser outro nome de Iðunn.
  • 09/1* Viðrir é outro nome de Óðinn.
  • 09/4* Heimdallr.
  • 09/7* Loptr é outro nome de Loki.
  • 10/3* Rögnir é Óðinn e os Regin são os Deuses.
  • 10/6* Hliðskjálf é o trono de Óðinn.
  • 11/1* O sábio é Heimdallr.
  • 11/2* A servidora de Hidromel é Iðunn.
  • 12/2* Gefjon é uma Deusa que conhece o futuro.
  • 12/6* Kenningr para olhos.
  • 13/2* Élivágar são os rios que corriam para o Ginnungagap.
  • 13/4* Gigante.
  • 13/6* Com espinho do sono?
  • 14/4* Heimdallr.
  • 14/6* Dáinn seria filho de uma Giganta?
  • 15/1* Jólnar são os Deuses.
  • 15/2* Jörunn seria Iðunn ou a terra?
  • 16/3* Heimdallr.
  • 16/4* Herjann é outro nome de Óðinn.
  • 16/6* O filho de Nál é Loki, Nál é outro nome da mãe de Loki.
  • 16/7* Bragi é o poeta de Grímnir, Grímnir é outro nome de Óðinn.
  • 17/1* É o palácio das Deusas em Ásgarðr.
  • 17/2* Víðarr o filho de Óðinn.
  • 17/3* Fornjótr é um Gigante que era pai de Kári ("Vento"), parece que foi ele que os levou aos Deuses.
  • 17/8* Yggr é outro nome de Óðinn.
  • 18/1* Hangatýr é outro nome de Óðinn.
  • 18/5* Significa "Deuses".
  • 18/6* Sumbel é uma celebração onde pessoas bebem em comunhão em ato ritual.
  • 18/7* Yggjungur é a família de Óðinn ou seus guerreiros?
  • 19/2* Bölverkr é outro nome de Óðinn.
  • 19/4* Sæhrímnir é o javali de Óðinn.
  • 19/5* Skögull é uma Valkyrja.
  • 19/8* Hnikarr é outro nome de Óðinn.
  • 20/8* Seria apenas o amanhecer ou a chegada do Ragnarökr?
  • 21/8* Resposta de Iðunn.
  • 22/1* Ómi é outro nome de Óðinn.
  • 22/3* Nótt é a noite.
  • 23/2* Rindr parece ser a terra.
  • 23/4* A Deusa Sól?
  • 23/7* Hroptr é outro nome de Óðinn.
  • 23/8* Hrímfaxi é o nome do cavalo de Nótt, a noite.
  • 24/1* Dagr é o filho de Dellingr.
  • 24/6* Manheimr é o mundo dos homens.
  • 24/8* O disco solar é o brinquedo de Dvalinn.
  • 25/1* Jörmungrundr é a terra ou as terras da morte?
  • 25/6* Gýgjur são as Gigantas e os Þursar os Gigantes.
  • 25/8* Dökkálfar são os Elfos negros.
  • 26/2* Álfröðull é a Sól.
  • 26/3* Njóla parece ser á noite.
  • 26/5* O filho de Úlfrún é Heimdallr.
  • 26/6* Árgjöll parece ser outro nome do chifre Gjallarhorn.
  • 26/8* Himinbjörg é o lar de Heimdallr.

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25 de abril de 2014

El Cid

۞ ADM Sleipnir




Rodrigo Díaz de Vivar, conhecido pelos títulos honorários El Cid e O Campeador, foi um grande líder militar e herói nacional da Espanha. Durante sua vida, lutou a favor e contra reis cristãos e governantes muçulmanos na Espanha. Os mouros deram-lhe o nome de El Cid (nome derivado de uma palavra árabe que significa "senhor" ), em reconhecimento de suas habilidades no campo de batalha. El Cid construiu sua reputação derrotando adversários muitas vezes superiores a ele, superando todas as adversidades, e inspirou muitas histórias, poemas e lendas.

Vida

Nascido por volta de 1043, El Cid era filho de um nobre espanhol menor. Ele passou seus primeiros anos à serviço de Sancho, filho do rei Fernando I da Espanha. Quando Fernando I morreu, o seu reino foi dividido entre seus três filhos. Mas Sancho queria todo o reino para si e logo atacou seus irmãos. Com El Cid comandando suas tropas, Sancho derrota seus irmãos.

Com a morte de Sancho, em 1072, seu irmão Alfonso assumiu o reino. Embora El Cid tivesse lutado contra ele, Alfonso reconhecia seu valor e resolveu manter o grande guerreiro em seu serviço. Ele deu a El Cid uma posição militar e lhe ofereceu a mão de sua sobrinha em casamento,  para assegurar a sua lealdade.

Juramento de Santa Gadea: El Cid exigiu que Alfonso o fizesse antes de ser coroado, a fim de eximi-lo de qualquer responsabilidade pela morte do irmão.
No entanto, dois eventos mudaram os pensamentos do rei sobre El Cid. Primeiro, durante uma missão para recolher tributos do rei mouro de Sevilha, El Cid entrou em combate com um exército invasor liderado pelo conde García Ordóñez. Ordóñez foi comandante militar de Alfonso e um amargo inimigo de El Cid. Após El Cid vencer a batalha e capturar Ordóñez, o rei sofreu divisões nas fileiras do seu exército. Logo após, uma expedição infeliz ao reino de Toledo sem a permissão real colocou em perigo as negociações realizadas por Alfonso VI com o reino. Esses fatos causaram a expulsão de El Cid e o confisco de todas as suas posses.

Após o exílio, El Cid ofereceu seus serviços ao rei mouro de Saragossa, no nordeste da Espanha, a quem ele serviu lealmente por quase dez anos. Em 1082 ele derrotou um exército liderado pelo rei mouro de Lérida e seus aliados cristãos. Dois anos depois, ele derrotou um grande exército liderado pelo rei de Aragão. Em seguida os Almorávidas, uma dinastia muçulmana do norte da África, invadiram a Espanha e esmagaram o exército comandado por Alfonso. Alfonso convocou El Cid para lhe ajudar a combater a invasão, porém mesmo tendo auxiliado Alfonso nessa importante batalha importante, ele tornou a exilar El Cid e desta vez, ele também mandou prender seus familiares.

Em 1090, El Cid iniciou uma série de campanhas para ganhar o controle do reino de Valência, no leste da Espanha. Depois de várias batalhas e um longo cerco, ele finalmente tomou a cidade de Valência dos Almorávidas em 1094. Ele governou Valencia por cinco anos, transformando a mesquita local em uma catedral cristã. Durante esse tempo, muitos colonos cristãos vieram morar em Valência. 


El Cid  continuou obtendo vitórias sobre os seus oponentes, porém terminou sua vida numa cama de seu castelo em Valência, vindo a falecer em 10 de julho de 1099. Sua morte deixou seus inimigos Mouros muito confiantes pois finalmente estavam livres dele. Sua mulher mandou amarrar seu corpo ao cavalo e sua espada à sua mão e o mandou ao campo de batalha. Ao verem El Cid em cima do seu cavalo, os mouros fugiram e acabaram sendo perseguidos e derrotados pelo exército de El Cid. Por isso reza a lenda que El Cid venceu uma batalha depois de morto. Seus restos mortais, juntamente com os de sua esposa, Jimena, estão sepultados na Catedral de Burgos.

Após sua morte, El Cid foi celebrado por cristãos e escritores muçulmanos como um grande guerreiro que nunca perdeu uma batalha. A história mais famosa é a "Canción de Mio Cid" ( Canção do Cid ), escrita por volta de 1140. Essa história é um dos grandes épicos da Idade Média, e combina realidade e ficção para retratar El Cid como o perfeito guerreiro cristão. 



Herói ou Vilão

As histórias sobre El Cid variaram bastante ao longo do tempo. Muitos contos contrastam a honra e a coragem de El Cid com a covardia e brutalidade dos nobres que o rodeavam. A cada releitura de sua história, a  sua reputação de herói decaía mais. No início da Cancion de Mio Cid, El Cid é o herói perfeito. O conto posterior, Mocedades, mostra um El Cid rebelde e desrespeitoso. Ele é ainda acusado de matar um inimigo que havia se refugiado em um lugar sagrado, um crime horrível na Idade Média. Trabalhos a partir de 1800, com base em contos dos inimigos árabes de El Cid, chamam-o de traidor de seu país e acusam-o de muitos atos terríveis .

Uma dessas histórias envolve os condes de Carrion , dois jovens nobres que se casaram com as filhas de El Cid. O poema diz que um dia um leão de propriedade de El Cid se soltou e entrou numa sala onde seus dois genros estavam jogando xadrez. Enquanto seus genros se escondiam apavorados, El Cid agarrou o leão por sua juba e colocou-o de volta em sua jaula. Humilhados por seu comportamento covarde, seus dois genros pediram para deixarem a corte de El Cid com suas esposas. Durante sua jornada, eles pararam e espancaram suas mulheres. Para vingar este ultraje, El Cid arranjou um combate pessoal entre os condes de Carrion e dois outros nobres. Os genros covardes foram mortos, e as filhas de El Cid casaram-se com os nobres vitoriosos.

Outras lendas mais extravagantes sobre El Cid surgiram nos anos posteriores. Em Las Mocedades de Rodrigo (as façanhas juvenis de Rodrigo), escrito por volta de 1350, o herói derrota adversários, não só em Espanha, mas também em Paris. Seus inimigos nessa história incluem os franceses, o imperador alemão, e até mesmo o papa. A obra também possui um conto onde El Cid abriga um leproso sob o seu manto. Enquanto El Cid está dormindo, o leproso se revela através de seu sonho como São Lázaro, e promete ao herói que Deus sempre vai ajudá-lo. Esta lenda enfatiza a imagem de El Cid como um guerreiro cujas habilidades militares estavam combinadas com virtudes cristãs.

Outro conto do mesmo trabalho descreve como El Cid mata o pai de sua noiva, Jimena, porque o homem havia insultado o pai. Jimena implora ao rei para vingar a morte de seu pai, e quando o rei se recusa, ela pede que El Cid ser condenada a se casar com ela. Esta história peculiar foi a base para a tragédia escrita em 1636 por Pierre Corneille, "Le Cid".


 Estátua de El Cid na cidade de Burgos (ESP).
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Ruby