۞ ADM Sleipnir
Arte de Feles85 |
Os Lares e os Penates eram dois grupos de divindades pertencentes à mitologia romana, tidos como protetores da família e do estado romano. Embora fossem diferentes, os dois eram frequentemente identificados e confundidos um com o outro, além de serem adorados juntos em santuários domésticos.
Lares
Os Lares eram considerados espíritos dos antepassados, e cria-se que atuavam como protetores das casas, encruzilhadas e da cidade. Cada família romana tinha seu próprio guardião, conhecido como Lar familiaris, para proteger a casa e garantir que a linhagem familiar não morresse. Todas as manhãs, os romanos rezavam e faziam oferendas a uma imagem do Lar familiaris mantida em um santuário familiar. Divindades conhecidas como Lares compitales, que guardavam encruzilhadas e bairros, eram homenageadas quatro vezes por ano em um festival chamado Compitalia. Outro grupo de divindades, os Lares praestites, serviram como guardiões da cidade de Roma. Existiam outros tipos de Lares como os Lares rurales (guardiões dos campos), Lares viales (guardiões das estradas), Lares permarini (guardiões dos marinheiros), entre muitos outros.
Lares eram comumente representados como jovens dançando de túnica, com um copo de chifre (rhyton) em uma mão e uma taça (patera) na outra, muitas vezes ainda, acompanhados por serpentes fálicas simbólicas.
Penates
Os Penates (formalmente chamados de Di Penates) foram originalmente honrados como deuses da despensa, mas acabaram se tornando guardiões de toda a casa. Eles eram associados à Vesta, a deusa romana da lareira (equivalente à grega Héstia). A principal função dos Penates era garantir o bem-estar e a prosperidade da família. Cada casa tinha um santuário com imagens deles que eram cultuados na refeição da família e em ocasiões especiais. As ofertas eram de porções da refeição regular ou de bolos especiais, vinho, mel, incenso e, mais raramente, um sacrifício de sangue.
O Penates público, ou Penates publici, servia como guardião do Estado e como objeto do patriotismo romano. Segundo a lenda, eles já foram os deuses domésticos de Enéias, o ancestral mítico do povo romano.
Penates na Eneida
Na página 72, no meio do segundo parágrafo da Eneida de Virgílio, Enéas diz: "Agora você, Pai, tome os deuses de nossa casa ancestral, nossos símbolos sagrados. Não posso tocá-los sem pecado, até que eu lave minhas mãos em uma fonte viva, pois vindo direto da fúria da guerra, ainda tenho sangue fresco nelas."
Nesse trecho, Enéias esclarece a importância dos deuses domésticos para a família romana, pois ele até se refere a eles como "nossos símbolos sagrados ". Mesmo com o caos da queda de Tróia ao seu redor, Enéias e Anquises têm o cuidado de reunir os deuses e trazê-los durante sua fuga da cidade moribunda. Além disso, os deuses são tão sagrados para Enéias que ele não os tocará com sangue nas mãos. Sua família, como as outras famílias romanas, tinha muito respeito e reverência a esses deuses domésticos.
"Enéias fugindo de Tróia", pintura de Federico Barocci. Detalhe para Anquises trazendo em suas mãos esculturas dos dois Penates da família. |
fontes:
Já tinha ouvido falar desses espíritos dos lares se não estou enganado ele aparece em a república de Platão e no livro a cidade antiga escrito por Fustel de Coulanges e nas sagas heróis do olimpo e as provação de apolo escrito por Rick Riordam onde de descobre um acampamento romano o acampamento Júpiter
ResponderExcluir