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17 de março de 2014

Ereshkigal

۞ ADM Sleipnir


Na mitologia suméria/mesopotâmica, Ereshkigal é a deusa da morte e rainha de Irkalla (também conhecida como Kur, Kurnugia, Kigal, entre outros nomes), a terra dos mortos ou submundo. Às vezes, ela própria era chamada de Irkalla, semelhante à maneira como o nome Hades era usado na mitologia grega, tanto para o submundo como para o seu governante. Ereshkigal é filha de Nammu, deusa do mar primordial, e Anu, o deus do céu, e irmã gêmea de Enki, o deus das águas. 

Pouco depois de seu nascimento, Ereshkigal foi levada pelo dragão Kur ao submundo, onde ela se tornou sua governante. Ela também se diz ser a irmã mais velha de Inanna, deusa do amor, guerra e fertilidade, e ela é mais conhecida do mito da descida de Inanna ao Mundo Inferior. 

Ereshkigal e Inanna

O marido de Ereshkigal, Gugalanna "o Touro do Céu", foi morto depois de Inanna enviá-lo para punir Gilgamesh pelos seus pecados, e então Inanna foi para o submundo para prestar condolências a sua irmã. Ereshkigal temia que Inanna estivesse realmente vindo até Irkalla com o intuito de  usurpar-lhe o trono, e então mandou um de seus servos remover uma peça do vestuário de Inanna em cada um dos sete portões que ela deveria passar para chegar até Ereshkigal.          

                  
Inanna é completamente despida e quando finalmente chega aos pés do trono de Ereshkigal, ela se curva perante a irmã em sinal de respeito, mas Ereshkigal lhe atinge mortalmente e pendura seu corpo em um gancho atrás de seu trono. Inanna permanece 3 dias nesse estado até que Enki, o deus das águas lhe oferece auxílio. Para resgatar Inanna de Irkalla, Enki cria dois carpidores utilizando a sujeira de suas unhas, e os envia para lá, levando com eles a água da vida. Eles conseguem entrar em Irkalla sem serem notados, e lá encontram Ereshkigal gemendo com dores de parto. Os dois carpidores auxiliam Ereshkigal, que fica grata pela ajuda que recebeu e lhes entrega o corpo de Inanna. Apesar disso, Ereshkigal estabelece uma condição para que Inanna possa deixar o submundo: ela deveria enviar alguém para ocupar o seu lugar. O escolhido para esse sacrifício foi Dumuzi, marido de Inanna, porém  a irmã de Dumuzi, Getshinanna, também se oferece. Eles então decidem que os dois irão dividir a condenação: Dumuzi passará seis meses no submundo, enquanto Getshinanna passará os outros seis. 

Casamento com Nergal

Outro mito com a participação de Ereshkigal conta a história de como ela chegou a ter um segundo marido, Nergal, o deus da guerra e da peste. Nergal foi enviado pela primeira vez ao submundo com uma mensagem dos outros deuses para Ereshkigal. Ele ficou tão impressionado com o que viu, que pediu aos deuses para o enviarem ao submundo uma segunda vez, e o grande Deus Anu o alerta para não comer ou beber nada no submundo e não chegar muito perto de Ereshkigal . No entanto, Ereshkigal seduziu Nergal e eles ficaram na cama durante sete dias seguidos. Ao final desses sete dias, Nergal deixou o submundo e retornou aos céus. Desolada, Ereshkigal ameaçou ressuscitar os mortos, até que eles ultrapassassem os vivos em número, caso os outros deuses não enviassem Nergal de volta. Os deuses não tiveram como negar o pedido de Ereshkigal e então enviaram Nergal de volta para o submundo, onde ele se casa com ela.

Em outra versão do mito, Ereshkigal enviou Namtar como seu representante para ter com Anu e os demais deuses, mas foi ofendida pelo jovem deus Nergal, que se recusou a reverenciar Namtar em honra dela. Todos os deuses temeram pelo destino de Nergal, pois Namtar contaria a sua senhora tamanha desfeita. Mas Nergal pouco se importou afirmando que não daria préstimo a uma deusa a quem nunca vira. Porém sua impáfia durou até que Enki lhe advertir sobre o tremendo risco que corria, já que os poderes de Ereshkigal eram imensos.Por conselho de Enki, Nergal desceu ao Inferno para se desculpar e acabou apaixonado por para beleza fulminante de Ereshkigal a quem julgava ser uma velha senil e horrenda.


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11 comentários:

  1. Adorei, adorei, adoreiiii!!! valeu mesmo, a primeira imagem dela é um ESPETÁCULO.

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  2. Desculpe meus queridos amigos, mas Irkalla, era um dos inúmeros nomes dela, seria uma espécie de título honorífico ou algo assim. A localidade aonde ela reinava chamava-se: Kurnugia (lugar de não-retorno), que posteriormente, depois de inúmeras mudanças, ficou com o inferno (ou Tártaro) para gregos, egípcios e depois para os cristãos (invertendo muita coisa, como é pecular o Cristinianismo fazer), e até o Umbral para os espíritas. É a quarta dimensão, numa frequência bem baixa, o INFRAMUNDO. Mas deixando isso de lado, porque ficará complexo. Enfim, valeu meus queridos, e obrigado pela publicação.

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    1. Obrigado pelas observações amigo. Durante minha pesquisa eu vi que as fontes em português realmente dizem que o submundo é Kur-Nu-Gia, enquanto Irkalla é um segundo nome de Ereshkigal, porém as fontes em inglês, que foram as bases da minha pesquisa retratam Irkalla como nome do submundo e como nome de Ereshkigal, de forma semelhante às mitologias grega e nórdica. Acredito que ambas as definições estejam corretas.

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  3. Nossa... ela é minha divindade mãe no paganismo, gostei muito delaaa AAAAAAAAAAA

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  4. parece com oxumare na mitologia iorubá...metade homem metade cobra e irmão gemeo de ewa ele é deus das profundezas das aguas salgadas e seis meses confere aspectos aos seus protegidos masculinos e outros seis femininos

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  5. Informações interessantes

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  6. Tenho uma perguntinha. Como se falaria o nome da Ereshkigal?
    Ex:Eressikigal, Erechikigal ou outra forma?

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    1. Na Wikipédia está E-res-qui-gal, mas ouvi pronúncias em inglês onde se fala Ei-resh-ki-gel.

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