۞ ADM Sleipnir
Arte de Jamie Strassenburg |
Igaluk (ᐃᒐᓗᒃ no idioma inuktitut) é uma divindade lunar da mitologia inuíte, sendo um dos mais poderosos do panteão. No Alasca, ele é considerado a divindade suprema. Na Groenlândia, ele é conhecido como Aningaaq. Igaluk é associado aos fenômenos da natureza e aos animais. Sua irmã é a deusa solar Malina.
O Incesto Entre Irmãos
O mito do casal de irmãos possui algumas variações, mas a história é basicamente esta:
Igaluk e Malina viviam juntos em uma aldeia. Eles eram muito próximos durante a infância, mas foram separados na juventude entre o alojamento dos homens e das mulheres. Uma noite, Igaluk foi até o alojamento feminino para espiar as mulheres, e naquele momento notou que dentre todas aquelas mulheres, sua irmã era a mais bela. Assim, após todos irem dormir, Igaluk entrou no alojamento das mulheres e violentou sua irmã. Como estava muito escuro, Malina não foi incapaz de identificar quem era seu agressor, mas na noite seguinte, quando o ato tornou a acontecer, ela cobriu suas mãos com a fuligem das lâmpadas e manchou o rosto de seu agressor com elas.
Depois, ela pegou uma lâmpada e olhou através da clarabóia do alojamento dos homens. Ela ficou surpresa ao descobrir que o homem era Igaluk, seu próprio irmão. Abalada, Malina pegou uma faca bem afiada e com ela cortou seus seios. Ela os colocou em uma tigela e os levou para o alojamento dos homens, onde os apresentou a Igaluk, dizendo: "Se você se deleita tanto comigo, então coma isso", e fugiu correndo pela porta, carregando consigo uma tocha.
Igaluk seguiu Malina, levando também uma tocha, e foi capaz de seguir facilmente seu caminho, pois seus passos foram marcados com grandes poças de sangue. No entanto, Igaluk acabou tropeçando e deixou a tocha cair na neve. A tocha se apagou, deixando apenas uma brasa. Igaluk continuou a perseguição a sua irmã, e os dois correram tão rápido que acabaram ascendendo aos céus, onde Malina se tornou o Sol e Igaluk, a Lua. Ainda hoje, a lua persegue o sol pelos céus, enquanto o mesmo corre à frente para evitá-lo, e essa é a explicação tradicional dos inuítes para o movimento do sol e da lua pelo céu.
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