Arte de Christopher Moore |
A pedra com a inscrição dedicada à Sandraudiga, hoje alojada no Museu Nacional de Antiguidades em Leiden, na Holanda. |
Arte de YunaXD |
Cultura Popular
Arte de Christopher Moore |
A pedra com a inscrição dedicada à Sandraudiga, hoje alojada no Museu Nacional de Antiguidades em Leiden, na Holanda. |
Arte de YunaXD |
۞ ADM Sleipnir
Arte de BasilBlake |
Ninshubur (Ninshubar, Nincubura, Nincubur ou Ninšubur) é uma deusa menor suméria, sukkal (vizir) da deusa Inanna e também servia como vizir do deus do céu An (e, por extensão, como mensageira da assembléia dos deuses, semelhante aos gregos Hermes ou Iris) . Seu nome significa "Rainha dos servos" ou "Rainha de Subartu " em sumério.
Enquanto ela é frequentemente descrita como sendo uma divindade virgem, Ninshubur também é mencionada como sendo uma das amantes de Inanna. Ela foi sincretizada com outras divindades mensageiras, mais notavelmente Ilabrat e Papsukkal. Na segunda metade do primeiro milênio a.C., este último a substituiu no papel de servo principal de An. Provavelmente devido ao sincretismo com esses outros servos de An, Ninshubur passou a ser vista como uma divindade masculina em mitos acadianos posteriores. Em um texto sumério datado do período babilônico antigo, Ninshubur aparece como sukkal de Nergal em vez de Ugur ou Ishum (ambos do sexo masculino)
Participação nos mitos
Inanna e Enki
Ninshubur é mais conhecida por acompanhar Inanna em muitas de suas façanhas e aventuras. Juntas, elas lutaram contra os demônios enviados por Enki, logo após Inanna roubar os seus me, decretos universais de autoridade divina sabedoria, essenciais para estabelecer a sociedade e as civilizações. Após receber Inanna em seu templo e comerem e beberem juntos, Enki acaba exagerando na bebida e oferece à Inanna quase cem de seus me, os quais ela aceita sem exitar. Entre esses me estavam o alto-sacerdócio, o trono, a arte do amor, o domínio do poder e da verdade, a cessão dos julgamentos e a capacidade de descer ao Mundo Subterrâneo e ressurgir na Terra.
Inanna engana Enki, arte de Alex Herrerías |
Acabando o banquete, Inanna e Ninshubur entram na Barca do Céu e partem rumo a Uruk levando os me de Enki consigo. Ao recobrar o juízo, Enki pediu ao seu servo Isimud que lhe trouxesse os me, mas e foi então alertado que havia entregado ele próprio os me à Inanna. Enki enviou Isimud atrás de Inanna para trazê-los de volta, e quando Inanna se recusou a devolvê-los, Enki enviou seis demônios terríveis para persegui-la. Ninshubur consegue deter os demônios e proteger a Barca do Céu, permitindo que Inanna conduzisse a Barca do Céu em segurança até Uruk, onde houveram festejos nas ruas após a deusa colocar os me em seu templo sagrado. No fim Enki acaba cedendo e aceitando um tratado de paz com Inanna e sua cidade.
A descida de Inanna ao submundo
Ninshubur (esquerda) e Inanna (de pé) |
Posteriormente, Inanna parte em uma viagem ao submundo para consolar sua irmã Ereshkigal, que estava de luto pela morte de seu marido Gugalanna, e deixa para Ninshubur instruções sobre o que fazer caso ela não retornasse em três dias. Passados os três dias, Inanna realmente não voltou, e Ninshubur passa a por em prática as ordens de sua mestra.
Primeiro, Ninshubur se veste como um mendigo, rasgando suas roupas, bagunçando seus cabelos e chorando bem alto, fazendo como que todos saibam que Inanna desapareceu. Depois, Ninshubur vai até a presença de outros deuses em busca de ajuda para resgatá-la. Primeiro, ela foi para a antiga cidade de Nippur, onde Enlil, o deus do ar e pai de todos, morava. Ao ouvir o clamor de Ninshubur, Enlil não se comoveu e recusou-se a ajudar dizendo: “Por que ela desejou ir para a terra do submundo, quando seu lugar é aqui em cima? Aqueles que vão para o reino das Trevas devem permanecer lá!”
Em seguida, Ninshubur se aproximou do deus da lua, Nanna, que também se recusou a ajudar. “Inanna queria ir para o submundo. Há regras que devem ser seguidas lá. Ninguém que vai lá pode esperar voltar. Ela terá que ficar lá de agora em diante,” disse ele.
Ninshubur não desistiu, e partiu em busca da ajuda de outro dos grandes deuses, Enki. Embora tenha sido enganado por Inanna anteriormente, ele foi o único que demonstrou preocupação com a situação da deusa e decidiu ajudá-la.
Enki puxou um pouco de terra debaixo de suas unhas, e com ela criou criaturas sem gênero conhecidas como Kurgarra e Galaturra. Ao Kurgarra, Enki deu o alimento da vida e ao Galaturra, a água da vida. Em seguida, instruiu-os a entrarem no submundo como moscas. Uma vez lá, eles encontrariam Ereshkigal, a rainha do submundo, gemendo como uma mulher em trabalho de parto. Ele os instruiu que, quando ela gritasse, eles deveriam ecoar seus gritos de solidariedade. Enki tinha certeza de que Ereshkigal ficaria satisfeita com os gritos de solidariedade e recompensaria o Kurgarra e o Galaturra. Quando ela oferecesse uma recompensa; eles deveriam pedir o cadáver de Inanna, e uma vez que o tivessem, deveriam borrifá-lo com o alimento e a água da vida para trazê-la de volta.
O plano de Enki funciona perfeitamente, e Inanna é trazida de volta a vida. Porém, uma vez no submundo, nem os deuses tinham permissão para sair. Para que Inanna pudesse deixar o submundo, alguém deveria ficar em seu lugar. Ereshkigal enviou seus servos demônios chamados Galla para acompanharem Inanna até a saída, e trazerem alguém para ficar em seu lugar. Ao encontrarem Ninshubur, os Galla estavam dispostos a levá-la no lugar de Inanna, mas a deusa não permitiria que eles levassem aquela que a ajudou a ser salva. Os Galla então acompanharam Inanna até a cidade de Uruk, onde Inanna encontrou seu marido Dumuzi sentado em seu trono. Dumuzi não havia lamentado por Inanna, nem pretendia devolver o trono para ela. Assim, Inanna permitiu que os Galla o levassem para o submundo.
Poema de Agushaya
Em um mito acadiano conhecido como Poema de Agushaya ou Hino de Agushaya, Ninshubur é encarregada de fornecer a Ishtar (a contraparte acadiana de Inanna) informações sobre Ṣāltum ("discordância"), um oponente criado por Ea (contraparte acadiana de Enki) para puní-la. Uma peculiaridade deste texto são erros ortográficos recorrentes de palavras específicas na fala de Ninshubur. Embora tenha sido proposto que tais erros são simplesmente erros de escribas, o tradutor Benjamin R. Foster (1945-) assume que isso é implausível, pois todos eles ocorrem em duas linhas sucessivas, e propõe que eles foram empregados propositalmente para representar a gagueira de Ninshubur, em choque devido à natureza temível de Saltu e sua semelhança com Ishtar.
fontes:
۞ ADM Sleipnir
Arte de Klinton Padojinog |
Barangaw (ou Balangaw, lê-se Varangao) é o deus do arco-íris pertencente à mitologia filipina, integrando o panteão dos deuses cultuados pelos antigos povos do arquipélago das Visayas, sendo tão popular que seu culto chegou nos arquipélagos de Luzon e Mindanao. Acredita-se que a aparição de um arco-íris traga sorte e vitória, além de simbolizar a esperança contra as forças opostas na vida. Como o guardião desse fenômeno, Barangaw era diretamente associado aos supostos efeitos positivos de suas aparições.
Ao lado dos deuses Ynaguinid e Macanduc, Barangaw também era uma divindade relacionada à guerra, para quem seus devotos oravam antes de combates contra outras tribos. A aparição de um arco-íris era vista por seus devotos como um sinal de enorme chance de vitória em suas batalhas.
Barangaw (topo), Ynaguinid (esquerda) e Macanduc (direita), arte de Dom |
Há muito tempo, as pessoas também acreditavam que era seu trabalho transportar as outras divindades de sua morada em Ibabawnon (céu) para a Terra. Na província de Antique, é dito que ele também transportava humanos dignos até a fortaleza dos deuses.
Arte de squeegool |
fontes:
۞ ADM Sleipnir
Selo n°1 de Bathin |
Selo n°2 de Bathin |
Bathin em Tomb Raider King |
۞ ADM Sleipnir
Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir) |
O Burro de Olhos Vermelhos é uma assombração pertencente ao folclore piauiense, descrita como um homem que, devido a sua má conduta de vida foi alvo da punição divina, sendo condenado a passar a maior parte do ano transformado em uma besta na forma de um burro de olhos vermelhos e flamejantes.
Reza uma lenda que esse homem, que teria vivido anos atrás no estado, era alguém que tinha prazer em debochar de tudo e de todos. Pessoas, animais, a natureza e a religião, tudo para ele era motivo de piada e escárnio. Nem mesmo seus pais escapavam de seu desrespeito e falta de empatia. Certo dia, uma procissão passou numa rua próxima a sua casa, e o homem logo apareceu para blasfemar contra o santo e seus fiéis. Tão logo terminou de proferir seus insultos, o homem começou a se transformar no assustador animal. Desse dia em diante, o homem passou a viver nessa forma praticamente todo o tempo, podendo assumir a forma humana novamente somente a noite de quinta para sexta feira santa. Dizem que nesse dia em particular, o homem tenta voltar para a sua antiga casa e aproveitar o pouco tempo que tem em forma humana, mas sempre que ele tenta se aproximar da porta, ele se transforma novamente em burro e acaba sendo enxotado pelos moradores que um dia já foram sua família.
O Burro de Olhos Vermelhos pode ser visto com maior intensidade durante o período da semana santa e próximo ao dia de finados, época essa em que o véu entre os mundos torna-se mais tênue e entidades sobrenaturais de todo tipo correm soltas pela terra. Dizem que aqueles que olham no fundo dos seus olhos acabam enlouquecendo ou se perdendo na mata e morrendo. Dizem também que o Burro de Olhos Vermelhos pode sugar as energias de suas vítimas, deixando-as fracas, fazendo com que desmaiem ou até mesmo morram. Para evitar ser uma de suas vítimas recomendasse que não a olhe nos olhos caso a encontre. Apontar para ele uma cruz de madeira, com uma vela acesa no meio e com quatro dentes de alho (marcando os pontos cardeais) é dito ser um poderoso repelente, fazendo com que o Burro de Olhos Vermelhos saia correndo em disparada.
fontes:
Arte de Kunal Dixit |
Arte de PhantomSapphire |
۞ ADM Sleipnir
O povo do Timor Leste reverencia os crocodilos como sendo sagrados, pois de acordo com o mito de criação da ilha, ela surgiu a há muito tempo a partir do corpo de um deles, chamado Lafaek Diak ("bom crocodilo").
Lafaek era um crocodilo muito pequeno, e tinha o desejo de crescer e se tornar um dos maiores e mais fortes dentre todos os crocodilos. Porém, a terra onde ele vivia tornou-se seca com o tempo, o que provocou a escassez de alimentos.
Não conseguindo comida suficiente para se alimentar, Lafaek Diak foi ficando fraco e triste, pois dessa forma jamais conseguiria realizar seu sonho. Então um dia, ele resolveu deixar a terra onde vivia e partir rumo ao mar aberto, na esperança de encontrar o necessário para se alimentar e assim atingir seu objetivo. Lafaek vagou por muito tempo, e conforme caminhava rumo ao mar, os dias iam ficando mais quentes e o alimento cada vez mais escasso.
Debilitado pela fome, e percebendo que no ritmo que as coisas iam ele jamais alcançaria o mar, Lafaek decidiu deitar e aguardar a chegada da morte, mas ao invés dela, quem surgiu foi um menino. Com pena do crocodilo, o menino o carregou até o mar, onde ele rapidamente recuperou suas forças.
Grato pelo que o menino havia feito por ele, Lafaek lhe agradeceu, dizendo-lhe:
-"Obrigado, você salvou minha vida e não jamais esquecei isso. Sempre que precisar de minha ajuda, me chame e eu venho e faço o que você pedir!"
Alguns anos depois, o menino retornou ao local e chamou por Lafaek, agora um crocodilo grande e forte. Ao vê-lo, Lafaek perguntou-lhe o que ele queria, e o menino respondeu-lhe:
-"Eu quero ver o mundo, este é o meu sonho!".
Lafaek prontamente respondeu-lhe:
-"Então suba nas minhas costas, aponte para onde você deseja ir e eu o levarei".
Lafaek e o menino iniciaram então uma jornada juntos, viajando por muitos anos sem parar. Um dia, enquanto seguiam o sol em direção ao leste, o crocodilo parou e disse ao menino:
-"Irmão, estamos viajando há muito tempo, mas agora chegou a hora de eu morrer. Em memória de sua bondade, Eu me tornarei uma ilha, onde você e seus filhos poderão viver e ver o nascer do sol acima do mar!"
Tão logo Lafaek morreu, seu corpo começou a crescer de maneira descomunal, tornando-se o que hoje é conhecido como a grande ilha de Timor.
fontes:
۞ ADM Sleipnir
Arte de TSRodriguez |
Selo de Andras |
Arte de Davey Baker |
۞ ADM Sleipnir
Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir) |
Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir) |
۞ ADM Sleipnir
Ainda de acordo com o Shan Hai Jing, a aparição e o avistamento de um Zhunou é um presságio de pânico no estado, podendo provocar histeria em massa no povo.
fontes:
Arte de Feig |