14 de setembro de 2025

Parandrus

۞ ADM Sleipnir

O Parandrus (também conhecido como Parandus, Parander, Tarand, Tarandos ou Tarandus) é uma criatura lendária descrita desde a Antiguidade e popularizada nos bestiários medievais da Europa. Comparado tradicionalmente a um alce ou rena, é famoso por sua extraordinária capacidade de mudar a cor do pelo, semelhante a um camaleão, permitindo-lhe camuflar-se no ambiente. Considerado raro e extraordinário, tornou-se figura recorrente na heráldica europeia, aparecendo em brasões e emblemas de famílias nobres.

Origem e descrição

A primeira referência conhecida ao Parandrus aparece em Aristóteles (Corpus Aristotelicum), sob o nome Tarandos (Τάρανδος), que o descreve como habitante da Cítia. Segundo o filósofo grego, o animal tinha o tamanho de um boi, cabeça semelhante à de um cervo e habilidade única de alterar a cor de seu pelo, tornando-se difícil de capturar.

Parandrus no manuscrito British Library, Royal MS 12 C XIX

Plínio, em sua História Natural dos Animais, acrescenta que o Parandrus possuía chifres ramificados, cascos fendidos e pelagem espessa como a de um urso, com pele tão resistente que podia ser usada na confecção de couraças. Ele destacava que a criatura podia imitar não apenas a vegetação, mas também a cor de qualquer objeto próximo, tornando-se quase invisível para predadores e caçadores.

Cláudio Eliano, em sua obra De Natura Animalium, corrobora essas descrições, observando que o animal se assemelhava a um touro em tamanho e estrutura corporal, e que os cítios utilizavam sua pele para proteger escudos. Solino situava o Parandrus na Etiópia, evidenciando a tendência das narrativas antigas de colocar animais fabulosos em regiões distantes e exóticas.

Parandrus no manuscrito National Library of Russia, Lat. Q.v.V. 1

Aparições na literatura

Durante a Idade Média, o Parandrus aparece em importantes manuscritos e obras literárias. No Bestiary Harley MS 3244 (século XIII, Biblioteca Britânica), é descrito com características semelhantes às de Aristóteles e Plínio. Uma referência também é encontrada no ciclo teatral The York Mystery Cycle (1440).

Francois Rabelais, em Pantagruel (1552), descreve o Parandrus como um animal do tamanho de um boi, com cabeça de cervo, chifres ramificados, cascos fendidos, pelagem longa e dura como a de um urso, e pele quase tão resistente quanto uma armadura de aço. Rabelais enfatiza que a criatura podia alterar voluntariamente a cor de seu pelo conforme os objetos e pessoas ao seu redor, exibindo tons de verde, vermelho, branco ou púrpura.

fontes:




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