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15 de novembro de 2022

Dispensadores Mágicos

۞ ADM Sleipnir

Alegoria de Fortuna, 1658-1659 de Salvator Rosa

Um dispensador mágico é simplesmente um item encantado, geralmente presenteado pelos deuses à algum mortal, e que possui a capacidade de lhe prover alguma coisa de forma abundante ou mesmo infinita. Nesse post, trago os principais dispensadores mágicos presentes nas mitologias e folclores pelo mundo.

Cornucópia (Mitologia Greco-Romana)

A Cornucópia é um símbolo relacionado a fertilidade, riqueza e abundância. Na mitologia greco-romana era representada por um cesto em forma de chifre, com uma abundância de frutas e flores (algumas representações trazem moedas) se derramando dela. Um mito associa sua criação ao episódio em que a ninfa Amaltéia alimentou Zeus com leite de cabra. Em retribuição a esse favor, Zeus ofertou-lhe um chifre desse animal, que tinha o poder de dar à pessoa que o possuísse tudo o que quisesse. Segundo outro mito, a cornucópia foi criada quando Héracles lutou com o deus do rio Aqueloo e arrancou um de seus chifres.

A cornucópia tornou-se atributo de várias divindades gregas e romanas, particularmente aquelas associadas à colheita, prosperidade ou abundância espiritual, como personificações da Terra (Gaia ou Terra), o menino Pluto, deus das riquezas e filho da deusa dos grãos Deméter, a ninfa Maia e Fortuna, a deusa da sorte, que tinha o poder de conceder prosperidade. No culto imperial romano, divindades romanas abstratas que promoviam a paz e a prosperidade também eram representadas com uma cornucópia, incluindo Abundantia, a abundância personificada, e Annona, deusa do suprimento de grãos para a cidade de Roma.

Sampo (Mitologia Finlandesa)

Na mitologia finlandesa, o Sampo (também conhecido como Sammas ou Kirjokansi) era um artefato mágico construído pelo ferreiro mitológico Ilmarinen. Sua natureza é indeterminada: já foi descrito como um "pilar ou árvore do mundo", uma bússola ou astrolábio, um baú contendo um tesouro, uma moeda bizantina, um escudo decorado da era de Vendel, uma relíquia cristã, entre outros. O que se sabe ao certo é que o Sampo trazia riquezas e boa sorte para o seu titular.

Segundo a mitologia, quando o Sampo foi roubado, a terra natal de Ilmarinen passou por tempos difíceis, obrigando-o a enviar uma expedição na tentativa de recuperá-lo. Na batalha que se seguiu, o artefato acabou sendo destruído e se perdendo no mar.

Akshaya Patra (Mitologia Hindu)

O Akshaya Patra (sânscrito: अक्षयपात्र, "vaso inesgotável") é um vaso mágico presente na mitologia hindu, dado de presente pelo deus solar Surya à Yudishtira. Esse vaso era capaz de fornecer um suprimento diário de alimentos para ele e seus irmãos Pandavas, além de sua esposa Draupadi. Aliás, assim que Draupadi terminava de se alimentar, o vaso parava de produzir alimentos, tornando a fazê-lo somente no dia seguinte.


Draupnir (Mitologia Nórdica)

Draupnir (em nórdico antigo "o gotejador") é um um anel de ouro mágico oriundo da mitologia nórdica. Pertencente ao deus Odin, ele possui a capacidade de multiplicar-se de nove em nove noites, gerando oito novos anéis que possuem o mesmo tamanho e peso do original, embora não tenham a mesma habilidade do mesmo.



Cabresto de Clydno Eiddyn (Folclore inglês)

Um dos chamados Treze Tesouros da Grã-Bretanha, esse cabresto mágico pertenceu Clydno Eiddyn, governante de um distrito chamado Eidyn, localizado ao redor da moderna Edimburgo, no século VI. Segundo a lenda, ele era capaz de domar qualquer cavalo do reino, e qualquer cavalo que seu portador desejasse à noite, apareceria atrelado ao cabresto pela manhã.

A Louça de Rhygenydd Ysgolhaig (Folclore inglês)

Outro dos itens pertencentes aos chamados Treze Tesouros da Grã-Bretanha, a Louça de Rhegynydd Ysgolhaig eram uma cuba e pratos capazes de produzir os banquetes mais maravilhosos, bastando que o seu possuidor desejasse qualquer alimento que quisesse. Tão logo ele o fizesse, elas se enchiam com o alimento. 

Skatert-Samobranka (Folclore Russo)

Skatert-Samobranka ("Toalha de Mesa Mágica"), é uma toalha de mesa milagrosa oriunda do folclore russo. Uma vez forrando-a e pronunciando-se algumas palavras mágicas (as quais infelizmente não consegui encontrar), comida e bebida surgiram em abundância sobre ela. Conta-se também que após a refeição, ao enrolar pratos e talheres sujos nela, além das migalhas e sobras que não foram consumidas, a Skatert-Samobranka faz com que estes desapareçam.

Akshaya Tunir (Mitologia Hindu)

A Akshaya Tunir é a aljava mágica pertencente ao herói hindu Arjuna, a qual lhe fornecia um estoque de flechas que nunca se esgotavam. Combinada com o arco Gandiva, tornava Arjuna um dos mais formidáveis arqueiros da mitologia.

Coire Acseasc (Mitologia Celta-Irlandesa)

Coire Acseasc era o caldeirão mágico pertencente ao deus Dagda, e um dos Quatro Tesouros dos Tuatha Dé Danann. Ele possuía o dom de satisfazer o apetite de qualquer pessoa que fosse considerada digna. Também era capaz de curar completamente aqueles que fossem colocados dentro dele, inclusive sendo capaz de trazer os mortos de volta a vida.

Arte de Feig


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5 comentários:

  1. Interessante esses objetos mágicos taí uma lista que pode falar sobre eles separamemte e adcionalos em artefatos e objetos principalmente os treze tesouros do folclore inglês separadamente, sujestão de artefatos para se falar no blog a máscara da peste a tábula de jade pé de coelho um artefato alienígena que se parece com uma galáxia outro assunto interessante a ser falado é o sumidouro um lugar que dizem que é uma entrada para terra oca sumidouro se localiza na china

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    1. O post sobre os treze tesouros britânicos está em produção, falta pesquisa e também ilustrações que precisarei fazer, então sem previsão de publicação.

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    2. Poxaaaa e eu ia perguntar sobre!! Mas tudo bem... Eu espero ansioso!!

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  2. A cornucópia já esteve presente na versão mobile do Terraria, ela curava muito e era infinita, mas foi retirada em uma atualização, não por ser muito quebrada, mas para igualar as versões do jogo.

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  3. Gostei muito faz mais desse estilo prf

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