28 de abril de 2023

Maria da Manta

۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

Maria da Manta (também Marimanta, Maria da Grade ou Maria Gancha) é uma bogeyman (bicho papão) do folclore português, dita habitar em rios, lagos e poços. Segundo as lendas, ela atrai as crianças que se aproximam desses lugares até ela e as puxam para dentro d'água, matando-as afogadas.

As descrições dela são variadas tal qual seus nomes. Algumas fontes descrevem-na como sendo uma espécie de ninfa malévola, dotada de um par de chifres em sua cabeça e tendo olhos que brilham como chamas. Outras adicionam ganchos às suas mãos. Há ainda fontes que a descrevem como uma anciã vestida com farrapos e trazendo um saco nas costas. 

Enquanto alguns relatam que ela não possui cabelos, outros afirmam que ela possui cabelos ruivos. Uma antiga canção de ninar portuguesa sobre ela diz:

"Maria da manta
tem os boches na garganta
Tem lume nos olhos
E lenha nos cornos
Tem leite nas tetelioilas
Corre montes e vales
E pés de altares
E mata meninos aos pares."

Como todo bogeyman, a lenda da Maria da Manta é utilizada por pais e educadores para assustar as crianças, para prevenir que elas se aproximassem de locais perigosos. Há quem afirme que tal lenda é um resquício de contos de ninfas dos tempos antigos. Para o linguista e etnógrafo português Leite de Vasconcelos (1858-1941) sua figura era a distorção de uma antiga divindade ibérica. 

fontes:

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27 de abril de 2023

Gudiao

 ۞ ADM Sleipnir

Gudiao (chinês 蛊雕, também chamado Zhu Diao) é, de acordo com o clássico texto chinês Shan Hai Jing (chinês 山海經,"Clássico das Montanhas e Mares") uma besta dita habitar a Montanha Luwu, escassa em vegetação mas rica em mineraisEla é descrita como tendo a aparência de um felino com uma cabeça de águia e com chifres ,e embora originalmente não possua asas, é comumente representada como sendo alada.

Gudiao se assemelha a outra criatura chinesa também retratada no Shan Hai Jing, o Long Zhi, pois assim como ele, se alimenta de seres humanos e para atraí-los, utiliza a tática de imitar sons de bebês chorando.


fontes:

  • A Chinese Bestiary: Strange Creatures from the Guideways Through Mountains and Seas, de Richard E. Strassberg;
  • https://cryptidz.fandom.com
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26 de abril de 2023

Porca Jaú

۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

A Porca Jaú é uma criatura pertencente ao folclore piauiense, em particular ao folclore da cidade de Picos. Trata-se de uma porca grande, horrivelmente magra e feia, que perambula pela cidade toda desengonçada sob os dois pés traseiros. Semelhante a outro personagem picoense, o Peba-João, a Porca Jaú dança e faz gestos imorais, além de mandar beijos para aqueles que a observam enquanto cantarola a seguinte marchinha:

JAÚ tem três irmãs,
todas três sem casar,
uma prenha, outra parida
e outra dando de mamar.
A bisavó de JAÚ
não presta pra nada, não,
porém, vive amigada
com o velho Cramulhão.
Eles dois dentro da rede
é um chafurdo do diacho,
e a gente fica sem saber
quem tá por cima ou por baixo.

A marchinha, nomeada “Jaú”, teria surgido no carnaval picoense na década de 30, e dizem que era considerada “coisa do capeta”. A má fama da marchinha era tão grande que o seu nome passou a ser considerado um dos muitos nomes do Diabo. Dizem que o padre da cidade na época proibiu as pessoas de cantarem tal música, sob pena de serem excomungados e acusados de terem pacto com o diabo. 

Apesar de tal ameaça, houveram aqueles que, incrédulos, desafiassem as ordens do padre e continuaram a cantar a maldita marchinha em pleno carnaval. Dizem que para estes, a Porca Jaú fez uma visita especial. Uns teriam ficado loucos com a visão da criatura, outros teriam fugido apavorados para nunca mais dar as caras na cidade. Há quem diga que, na verdade, eles tenham sido levados para o inferno pela temível porca. O fato é que desde então, as pessoas evitam cantar “Jaú”, temendo que a porca venha lhes fazer uma visita. 

Arte de Douglas Viana

fonte:
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25 de abril de 2023

Ix Tub Tun

 ۞ ADM Sleipnir

Arte de Ix Tub Tun no boardgame Mezo

Ix Tub Tun ("Aquela que cospe pedras preciosas") é uma deusa menor maia, dita ter sido a padroeira dos artesãos que trabalhavam com jade e outras pedras preciosas. Imaginada como uma divindade serpentina, quase nada se sabe ao seu respeito. Teoriza-se, por causa do significado de seu nome, que Ix Tub Tun era uma divindade de alguma forma associada às chuvas.

fontes: 
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24 de abril de 2023

Medarake no Bakemono

 ۞ ADM Sleipnir


Medarake no Bakemono (japonês 目だらけの化物, “monstro com olhos”) é um yokai com o corpo repleto de olhos que, segundo uma antiga história transmitida na cidade japonesa de Kofu, capital da província de Yamanashi, assombrava uma velha ponte chamada Ohashi ou Yukiaibashi. Conta a história que certa vez um homem passava pelo local tarde da noite, quando encontrou uma mulher segurando uma criança em seu colo. A mulher então o parou e pediu-lhe que fizesse o favor de amarrar o barbante do tabi da criança. Gentilmente o homem se proprôs a ajudar, mas quando enrolou a bainha do quimono da criança, percebeu que haviam olhos por todo o seu corpo, e todos olhavam para ele ao mesmo tempo.

Assustado, o homem soltou um grito e fugiu rapidamente do local. Enquanto fugia, ele passou por um santuário onde um senhor estava varrendo o seu pátio. O senhor viu o pânico no semblante do homem, e o chamou para perguntar-lhe o que havia ocorrido. O homem então contou-lhe que havia visto um monstro, e questionado pelo senhor sobre a aparência do mesmo, o homem não conseguia falar, ainda nervoso com o que havia visto. O senhor então virou-se de costas para o homem e levantou seu kimono, revelando uma série de olhos que preenchiam suas pernas e suas nádegas, e perguntou-lhe se o monstro que havia visto se parecia com ele. Em choque, o homem acaba desmaiando com a grotesca visão.

Histórias sobre aparições semelhantes foram transmitidas nas províncias de Yamagata e Fukushima.



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21 de abril de 2023

Kashin Koji

۞ ADM Sleipnir


Koji Kashin (jap. 果心居士 ; também chamado de Shippo Gyoja ou Shichiho Gyoja, jap. 七宝行者, "Peregrino dos Sete Tesouros") foi um ilusionista folclórico japonês, que acredita-se ter vivido no período Muromachi, embora sua historicidade seja muito debatida. Koji teria nascido na província de Echigo, em data e anos desconhecidos. Algumas fontes afirmam que ele passou sua infância no Monte Koya, onde estudou o budismo esotérico Shingon, e outras que ele viveu no templo Kofuku-ji, na província de Yamato. Independente de qual templo ele viveu, Kashin Koji começou a se interessar por genjutsu (magia ilusória) e isso acabou fazendo com que ele fosse expulso do mesmo.

Após o ocorrido, ele se tornou um andarilho, e passou a realizar pequenos truques de ilusionismo em troca de algumas moedas. Esses truques envolviam jogar folhas em lagos e fazê-las se transformarem em peixes, além de fazer as pessoas acreditarem que estavam segurando pedras nas mãos quando na verdade não estavam. Com o tempo, suas habilidades foram crescendo, e ele logo estaria realizando-as para iludir pessoas do alto escalão japonês.

Uma dessas pessoas foi Hisahide Matsunaga, daimyō e chefe do clã Matsunaga, com quem dizem que ele tinha amizade. Hisahide certa vez teria lhe desafiado, perguntado se ele era capaz de fazê-lo sentir medo, mesmo tendo sobrevivido a inúmeros campos de batalha. Kashin Koji então o fez, fazendo com que o fantasma da esposa de Hisahide, que havia morrido há vários anos, aparecesse diante dele.

Outro alvo de seu genjutsu teria sido o lendário daimyō Oda Nobunaga. Conta-se que Kashin tinha em sua posse um pergaminho que continha uma pintura do inferno, tão habilmente confeccionada que suas chamas pareciam vivas. Oda Nobunaga tomou conhecimento dessa pintura e desejou tê-la para si. Após recusar vendê-la ao daimyō, vassalos do mesmo foram até Koji e o mataram, roubando a pintura de seu cadáver. Quando Nobunaga finalmente pôs as mãos no pergaminho e o abriu, havia dentro dele apenas uma pintura em branco. Depois de um tempo, Nobunaga recebeu a informação de que Koji Kashin estava vivo, e que continuava a praticar seus truques em praça pública. Levado perante a presença de Nobunaga, Kashin Koji foi questionado acerca da pintura e o porquê dela estar em branco. Koji então lhe responde que se ele pagasse o preço justo, a pintura retornaria ao seu lugar original. Diz-se que após Nobunaga pagar 100 ryo de ouro à Koji, a imagem reapareceu na tela em branco.

Em 1582, após ter sido preso por vadiagem, Kashin Koji recebeu um convite para ir até a residência de Akechi Mitsuhide (general samurai japonês do período Sengoku, mais conhecido como o assassino de Oda Nobunaga), o qual havia ouvido falar de sua reputação e gostaria de ver seus truques com os próprios olhos. Após beberem alguns goles de saquê, Kashin convidou Mitsuhide até uma tela que decorava um dos cômodos da residência. Nela, havia um pequeno barco boiando em um lago. De repente, a água do lago ilustrado na pintura começou a transbordar da mesma, inundando o recinto. Kashin Koji então subiu no barco que também havia deixado a pintura, e retornou junto dele para a mesma, desaparecendo juntamente com toda a água do local.

Mais tarde, Koji entra em contato com Toyotomi Hideyoshi e lê sua sorte para ele. Insatisfeito com o futuro previsto por Koji, Hideyoshi manda capturá-lo e matá-lo. No entanto, Koji se transformou em um rato e escapou.

Não temos certeza sobre o fim da vida de Kashin Koji. Alguns dizem que ele foi assassinado em 1584, mas um livro chamado Koro Chawa diz que ele se encontrou com Tokugawa Ieyasu em 1612, onde Ieyasu perguntou-lhe sua idade e afirmou ter 88 anos.

Cultura Popular

No game Nioh 2, Kashin Koji  é um boss na forma de um mago yokai que ataca o jogador com ataques elementais de todos os tipos.

Kashin Koji (Nioh 2)

Em Boruto: Naruto Next Generations, Kashin Koji é o nome do clone genético do lendário ninja Jiraiya criado com o objetivo de matar Isshiki Ōtsutsuki. Ele era espião infiltrado como um dos "Internos" da organização Kara, sendo responsável pelo setor nos arredores do País do Fogo.

Kashin Koji (Boruto), arte de pryesh_arts

fontes:
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20 de abril de 2023

Dis Pater

۞ ADM Sleipnir


Dis Pater (também conhecido como Rex Infernus ou mesmo Plutão) é um deus romano do submundo, originalmente associado a terras agrícolas férteis e riqueza mineral. Uma vez que essa riqueza mineral é na sua maior parte oriunda do subsolo, eventualmente Dis Pater se tornou associado ao submundo e também à morte e, por consequência, associado e confundido com outras divindades ctônicas, principalmente Plutão (grego Hades) e Orco. Ao ser confundido com Plutão, Dis Pater acabou assumindo alguns dos atributos mitológicos do mesmo, sendo considerado um dos filhos de Saturno (grego Cronos) e Ops (grego Réia), juntamente com Júpiter (grego Zeus) e Netuno (grego Poseidon). Ele governou o submundo e os mortos ao lado de sua esposa, Proserpina (grego Perséfone). 

Na literatura, o nome de Dis Pater era comumente usado como uma forma simbólica e poética de se referir à própria morte. Seu nome era comumente abreviado para Dis, e desde então esse nome se tornou um nome alternativo para o submundo ou uma parte do submundo, como a Cidade de Dis da Divina Comédia de Dante, que compreende o Inferno Inferior.

Outras associações

Dis Pater às vezes era identificado com o deus sabino Sorano.  Júlio César, em seus Comentários sobre as Guerras da Gália ( VI :18), afirma que todos os gauleses reivindicavam descendência de Dis Pater. Este é um exemplo de interpretatio romana: o que César quis dizer é que todos os gauleses reivindicavam descendência de um deus gaulês que ele igualava ao Dis Pater romano.

Um escólio na Farsáliapoema épico escrito pelo poeta latino Lucano,  iguala Dis Pater a Taranis, o deus gaulês do trovão. No sul da Alemanha e nos Bálcãs, Aericura era considerada uma consorte de Dis Pater. 

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19 de abril de 2023

Mulher Árvore

 ۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

A Mulher Árvore é uma assombração cuja lenda é uma das muitas associadas à construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) em Porto Velho, Rondônia. Conta-se que enquanto viva, ela era uma mulher que tinha um relacionamento com um dos engenheiros que trabalhavam na construção da rodovia. Uma versão da lenda diz que ela não suportava mais viver na cidade, e que sua tristeza e depressão a levaram ao suicídio. Outra versão afirma que na verdade ela teria se suicidado após uma briga com o engenheiro, que era na verdade seu amante. 

Após sua morte, ela foi enterrada no Cemitério da Candelária, que havia sido construído para sepultar os muitos homens que morreram durante a construção da ferrovia. Com o tempo, surgiram relatos de trabalhadores de que um ser que misturava características de uma mulher e de uma árvore andava pelos trilhos da ferrovia em noites de lua cheia. Por ter cometido o pecado do suicídio, a mulher teria sido amaldiçoada e uma castanheira que ficava próxima ao seu túmulo o destruiu e se fundiu ao seu corpo, fazendo com que ela desperte em noites de lua cheia e caminhe pela região chorando e se lamentando, além de deixar um rastro de destruição por onde passa. 

Arte de Márcio Luiz Quedinho

fontes:



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18 de abril de 2023

Bieggolmái

۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

Bieggolmái ("o homem do vento"; também Biegolmai, Biegkålmaj ou Bieggålmåj) é a divindade imprevisível dos ventos e tempestades de verão na mitologia do povo Sami. Sua contraparte é Biegkegaellies, o deus dos ventos invernais. Ele é geralmente retratado com duas pás nas mãos, as quais ele utiliza para conduzir os ventos para dentro e para fora das cavernas. Alguns relatos substituem uma das pás por uma clava, que ele usa para "golpear o vento".


Bieggolmái era uma das três divindades mais importantes entre o povo Sami, e também é reputado como o criador de Sápmi, a região habitada pelos mesmos. De acordo com o mito de criação, Bieggolmái é um monstruoso gigante, e criou a região de Sapmi usando duas enormes pás, uma para movimentar o vento e a outra para derrubar uma quantidade tão grande de neve que ninguém poderia morar lá. Um dia, porém, uma das pás de Bieggolmái quebrou, fazendo com que os ventos diminuíssem e permitindo que Sami finalmente pudessem entrar na região.

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17 de abril de 2023

Am-heh

 ۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

Am-heh ("devorador de milhões" ou "devorador da eternidade") era na mitologia egípcia um deus menor associado ao Duat, o submundo, onde é dito habitar em um lago de fogo. Uma divindade feroz e possui um apetite por sacrifícios, Am-heh é descrito como tendo o corpo de um homem, mas sua cabeça é a de um cão de caça. 

Ele às vezes é visto como um aspecto de Ammit, a personificação da retribuição divina, e dizem que somente o deus Atum pode aplacá-lo.

fontes:
  • The Routledge Dictionary of Egyptian Gods and Goddesses, de George Hart
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14 de abril de 2023

Hajikkaki

۞ ADM Sleipnir 

Hajikkaki (japonês 恥っかき ou はじっかき, "envergonhador") são yokais de aparência patética, com corpos rechonchudos, brancos e sem pelos. Eles possuem olhos redondos, presas salientes e frequentemente cobrem a cabeça com as mãos em uma demonstração de vergonha ou constrangimento.


Hajikkaki aparecem em vários pergaminhos yokais antigos, como o Bakemono tsukushi emaki ("O Pergaminho Ilustrado com Toda Sorte de Monstros"). Como a maioria dos yokais encontrados em pergaminhos, tudo o que está registrado é um nome e uma ilustração. Tudo o mais que se sabe sobre eles é inteiramente especulação, acrescentado posteriormente por contadores de histórias e folcloristas.

Embora nada esteja escrito sobre Hajikkaki, suas ilustrações parecem ter sido baseadas em um espírito chinês chamado Shahyōchū (謝豹虫). No folclore chinês, Shahyōchū são insetos parecidos com sapos que nascem das almas de pessoas que morreram enquanto se sentiam envergonhadas. Eles são tão tímidos que passam a vida inteira enterrados no chão. Se você desenterrar um, isso lhe trará uma maldição que fará com que algo terrivelmente vergonhoso ou embaraçoso aconteça com você. Como o nome hajikkaki evoca os mesmos sentimentos de vergonha, é possível que ele seja uma interpretação artística ou uma reinvenção do Shahyōchū.



fonte:


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13 de abril de 2023

Hercinia

۞ ADM Sleipnir

Arte de mjnorenac

Hercinia é um pássaro com penas brilhantes, que de acordo com bestiários medievais habita a Floresta Herciniana (também chamada Floresta de Orcínia), no sul da Alemanha. O historiador e naturalista romano Plínio, o Velho, o descreveu em sua obra Naturalis Historia (História Natural), datada do século I, como sendo uma espécie singular de pássaro, cujas penas "brilham como o fogo". No século VII, o arcebispo Isidoro de Sevilha pontuou em sua obra Etymologiæ que as penas do Hercinia "brilham tanto na sombra que, por mais escura que seja a noite com sombras densas, essas penas, quando colocadas no chão, emitem luz que ajuda a marcar o caminho, e o sinal das penas brilhantes deixa claro a direção do caminho." 


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12 de abril de 2023

Os Dois Cavaleiros

 ۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

A lenda dos Dois Cavaleiros, oriunda do município de Campo Magro, no Paraná, fala sobre dois homens que cometeram injúrias contra Deus e, por conta disso, suas almas não conseguem repousar. Um desses homens, um tropeiro paranaense, cometeu tais injúrias ainda vivo, de tal forma que quando morreu, o pároco local não permitiu que ele fosse enterrando em "terra santa". Dessa forma, ele acabou sendo enterrado fora dos muros do cemitério da capela do Senhor Bom Jesus. Nesse mesmo período, um outro homem se matou enforcado, cometendo assim o que para muitos é um pecado imperdoável, o suicídio.

Dizem que os espíritos desses dois homens malditos costumam visitar-se durante a noite. Montados em cavalos sem cabeça, eles passam correndo pela Rua do Banhado e, quando se encontram, descem dos mesmos e começam a cavar o solo em sinal de cumprimento. Depois, cada um volta ao seu lugar e desaparecem misteriosamente.

fontes:






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11 de abril de 2023

Wolpertinger

۞ ADM Sleipnir

Arte de DikkeBobby

Wolpertinger (também chamado Wolperdinger ou Woiperdinger) é uma estranha criatura quimérica pertencente ao folclore bávaro, dita habitar as florestas alpinas da Alemanha. As descrições mais comuns retratam-na como tendo a cabeça de um coelho, o corpo de um esquilo, os chifres de um cervo, e as asas e, ocasionalmente, as pernas de um faisão.

Wolpertingers não são particularmente grandes ou ferozes, mas mesmo assim podem ser bastante assustadores para algumas pessoas. Quando ameaçados, dizem que eles borrifam um líquido com cheiro horrível que só desaparece do corpo da pessoa atingida sete anos depois. Dizem também que se a saliva de um Wolpertinger tocar a pele de uma pessoa, um grande tufo de cabelo vai nascer no local.


Aqueles que por acaso desejem capturar uma dessas criaturas devem primeiro atraí-la, e isso só pode ser feito numa noite de lua cheia. Em tal ocasião, deve-se adentrar as florestas bavaras acompanhado por uma bela mulher. Atraído pela beleza feminina, um Wolpertinger irá se aproximar dela, e então é necessário jogar sal sobre a sua cauda, o que irá paralisá-lo e permitirá que seja capturado. Caso essa estratégia não dê certo, então deve-se preparar uma armadilha acendendo uma vela dentro de um saco. O Wolpertinger será atraído pela luz e entrará dentro do saco atrás dela, então é só prendê-lo.

Acredita-se que as histórias sobre os Wolpertingers tenham sido criadas por taxidermistas bávaros do século XIX que, para sua diversão, começaram a juntar partes de diferentes animais empalhados. Para continuar com a piada interna, eles começaram a vender suas obras a turistas como se aqueles animais híbridos fossem exemplos da fauna da região da Baviera. Hoje, várias dessas peças criativas podem ser vistas em museus alemães, como o Museu da Caça e da Pesca. Além disso, é comum que bares, restaurantes e hotéis da região tenham alguns Wolpertingers em exibição ou quadros representando essas criaturas.

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10 de abril de 2023

Matagot

۞ ADM Sleipnir

Matagot (ou Mandragot) é, de acordo com algumas tradições orais do sul da França, um espírito doméstico ou familiar que pode assumir a forma de vários animais, sendo comumente associado a gatos pretos. Existe inúmeras variações regionais quanto a nomes, métodos de aquisição e comportamentos específicos, mas em grande parte estão associados à sorte e à riqueza.

Conta-se que Matagots podem ser encontrados uma noite por ano (especificamente na véspera da festa de São João em 23 de junho). Aqueles que desejarem capturar um Matagot devem ir nessa data até uma encruzilhada e usar uma galinha gorda para atraí-lo. No momento em que o Matagot aparecer e cair na isca, basta surpreendê-lo e capturá-lo com um saco. Depois, a pessoa deve voltar para casa em silêncio, e sem olhar para trás. A partir de então, o Matagot estará à disposição de seu mestre, e se a cada refeição for lhe dado o primeiro bocado de comida e bebida, ele irá recompensá-lo com uma moeda de ouro a cada manhã.

Um Matagot bem cuidado é uma bênção para uma família, mas quando maltratado, ferido ou desnutrido pode se voltar contra seus mestres, atacando-os ou fazendo com que sejam atingidos por dores agonizantes. Nas tradições da Gasconha, não se deve manter um Matagot durante toda a vida. Se o seu proprietário estiver morrendo, sofrerá uma longa agonia, até que ele o liberte.

Cultura Popular

Em Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, Matagots eram usados ​​pelo Ministério da Magia Francês para trabalhos manuais, como manuseio de correspondência e segurança de alguns departamentos. Normalmente, eles eram inofensivos, mas se provocados, eles se transformavam em criaturas muito ferozes. 

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7 de abril de 2023

Referências Mitológicas em Devil May Cry

۞ ADM Sleipnir

Devil May Cry (japonês :デビル メイ クライ), também conhecido pela sigla DMC, é uma franquia de jogos de ação e aventura criada por Hideki Kamiya e desenvolvido e publicado principalmente pela Capcom. O primeiro título foi lançado em 2001 e o último até o momento foi lançado em 2020. Uma adaptação em anime foi lançada em 2007.

Uma alusão à obra Divina Comédia de Dante Alighieria série é centrada no caçador de demônios Dante e seus esforços para impedir várias invasões demoníacas da Terra, porém ao longo da série outros personagens dão as caras, como Trish, Vergil, Lucia, Lady e Nero.

da esquerda para a direita: Lady, Dante, Vergil e Trish

jogabilidade da série consiste em cenas de combate nas quais o jogador deve tentar estender longas cadeias de ataques, evitando danos e exibindo um combate estilizado variando seus ataques. Este combate, junto com o tempo e o número de itens coletados e usados, são considerados na classificação do desempenho do jogador. 

Listamos abaixo as principais referências presentes na série.

Dante e Vergil

O principal protagonista da franquia e seu irmão tiveram seus nomes obviamente inspirados nos protagonistas da Divina Comédia, Dante (que por sua vez personifica o próprio autor da obra) e Virgílio (que foi inspirado em Publius Vergilius Maro, um antigo poeta romano).

Temen-ni-gru 

Palco dos principais eventos em DMC3, Temen-ni-gru é uma torre profana que abriga o verdadeiro portal para o Mundo Demoníaco. Originalmente selada pelo demônio Sparda (pai de Dante e Vergil) há milhares de anos, Arkham (pai de Lady) e Vergil ergueram e reativaram a torre, embora seus portais tenham sido fechados novamente pouco tempo depois. O nome Temen-ni-gru é derivado do neo-sumério Grande Zigurate de Ur, chamado "E-temen-nigur (u) (literalmente "casa cuja fundação cria terror" em sumério), construído para adorar o deus lunar Nanna/Sin.

Seu design baseia-se fortemente na Torre de Babel, particularmente na pintura feita por Pieter Bruegel. Enquanto a Torre de Babel foi construída para invadir o Céu, Temen-ni-gru foi construída como uma porta de entrada para o Inferno. Sete estátuas de sinos demoníacos deixadas em toda a torre são uma referência aos sete pecados capitais: Orgulho, Ganância, Luxúria, Inveja, Gula, Ira e Preguiça. Esses sete conceitos também aparecem na Divina Comédia como camadas do Purgatório, a montanha que Dante sobe ao céu, assim como os sinos são encontrados em diferentes andares da torre.

Cérbero (Cerberus)

King Cerberus (DMC5)

Cérbero era o cão de guarda de três cabeças de Hades/Plutão na mitologia greco-romana. Na Divina Comédia, ele reprisa esse papel, dilacerando os espíritos dos mortos enquanto eles tentam passar pelo portão do inferno. No Inferno, Virgílio o acalma jogando terra em sua boca, permitindo que ele e Dante prossigam.

Cerberus (DMC3)

Em DMC3, Cérbero (também referido pelo título de Guardião de Gelo) é o chefe da Missão 03, sendo o Guardião da entrada de Temen-ni-gru, tendo sido acorrentado e selado no local por Sparda. Após sua derrota, eles pode ser utilizados como arma por Dante, tornando-se um nunchaku triplo. Em DMC5, outro Cérbero, denominado Rei Cérbero, é confrontado na Missão 16. Suas cabeças possuem poderes elementais de fogo, gelo e raio.  Após derrotá-lo, Dante obtém o King Cerberus Devil Arm, também um nunchaku triplo.

Agni e Rudra

Agni (vermelho) e Rudra (azul)

Agni e Rudra são duas divindades védicas, sendo Agni o deus do fogo, e uma figura incrivelmente importante na antiga religião védica. Rudra é o deus da tempestade, provavelmente uma forma do deus Shiva. Em DMC3, eles são um par de espadas demoníacas gêmeas vivas seladas pelo próprio Sparda em Temen-ni-gru. Eles são os chefes da Missão 5 e, após sua derrota, eles podem ser utilizados como armas por Dante.

Beowulf 

Beowulf é o chefe da Missão 11 de DMC3, nomeado em referência ao grande herói da lenda getafamoso por arrancar o braço do monstro Grendel e derrotá-lo com as próprias mãos. Quando derrotado, se torna uma arma na forma de manoplas e grevas, cujo estilo de combate físico também referenciam ao herói. A aparência de Beowulf, no entanto, parece ter sido inspirada no demônio sumério Pazuzu.

Dante diante de Beowulf

Gerião (Geryon)

Em DMC3, Gerião é uma espécie de corcel demoníaco capaz de controlar o tempo. Ele se assemelha a um enorme cavalo de cor escura com uma crina e cauda de chamas azuis, com seus cascos, boca e olhos também possuindo um brilho azul. Gerião puxa um grande carro fúnebre feito de aço preto, com rodas com pontas afiadas ao longo das bordas. 

Geryon (DMC3)

Embora exista um Gerião na mitologia grega, o de DMC pega inspiração no Gerião presente na Divina Comédia. Lá ele é uma uma besta semelhante a um dragão que choca e assusta Dante. No entanto, Virgílio pede uma carona em suas costas, e eles a usam para descer às camadas inferiores do inferno. Seu visual, por outro lado, pega inspiração nas lendas irlandesas acerca da carruagem da morte, Cóiste Bodhar.

Nevan 

Nevan, arte de Arkuny

Nevan, também chamada de "bruxa relâmpago", é um dos guardiões demoníacos de Temen-ni-gru selados por Sparda. Ela é uma chefe em DMC3, combatida durante a Missão 09, e novamente na Missão 18. Nevan é uma espécie de vampira/súcubo que seduz os humanos pelo caminho sombrio para o Inferno. Ela luta com uma combinação de raios e morcegos, que defendem e atacam por ela.

Seu nome se origina de um santo irlandês, enquanto a personagem em si teria sido inspirada em uma Leannán sídhe, uma fada maligna que age como uma espécie de súcubo. No início do desenvolvimento da personagem, ela se chamava Morrigan, o mesmo nome da deusa irlandesa da vingança, guerra e morte.

Leviathan

Leviathan (DMC3)

Leviathan é um colossal monstro voador parecido com uma baleia que Dante encontra em DMC3. Ele engole Dante no início da Missão 8, e ele deve lutar para sair de seu interior. Seu nome é inspirado no Leviatã, uma besta marinha de tamanho titânico mencionada na Bíblia, posteriormente classificada como um demônio, associado ao pecado da inveja. O plot dele engolindo Dante é uma referência ao profeta Jonas.

Artemis

Artemis (DMC3)

Inspirada em Ártemis, a deusa grega da caça, Artemis é uma arma demoníaca criada pelo armeiro demoníaco Maquiavel, que dispara flechas imbuídas de energia demoníaca. Ela tem a capacidade de disparar vários tiros em um ou vários inimigos ao mesmo tempo. Ela é utilizada por Dante e por Trish em DMC3, e em DM5 ela se tornou um demônio totalmente funcional depois que Urizen, o antagonista do jogousou a caçadora de demônios Lady como um núcleo para o Braço do Diabo. Este demônio acabou sendo destruído por Nero, que libertou Lady de seu corpo.

O demônio Artemis


Bolverk

Bolverk é um poderoso demônio, derrotado por Sparda e posteriormente convocado pelo antagonista de DMC2, Arius, atuando como chefe das Missões 11 e 16 do game. Sua aparência esquelética é uma referência aos Draugrar, espíritos vingativos morto-vivos pertencentes ao folclore escandinavo. 

Na mitologia nórdica, Bolverk é um pseudônimo que Odin usou enquanto se disfarçava de humano. Tradicionalmente, Odin tem apenas um olho, fato refletido pelos olhos de formato desigual de Bolverk. O uso de uma lança por Bolverk também corresponde a lança de Odin, Gungnir. Os lobos que o acompanham, Geri e Freki, também são baseados nos lobos que acompanham Odin.

Bolverk em DMC2, acompanhado de Geri e Freki

Nefasturris 

Nefasturris é o chefe da Missão 6 do cenário de Dante em DMC2 . Ele emerge de um arranha-céu na cidade de Uroboros, mas Dante o derruba, eventualmente matando-o e seguindo rumo a Arius. Sua aparência parece ter sido baseada no yokai Gashadokuroum esqueleto gigante, criado a partir dos ossos de numerosos cadáveres.

Nesfasturris

Echidna (Equidna)

Echidna é uma serpente demônio gigante que governa a grande floresta nas profundezas do Mundo dos Demônios.  Ela assumiu o controle da Floresta Mitis, onde ela voa e espalha seus ovos-semente Quimera para propagar mais demônios, com os quais ela planeja criar um mundo onde os demônios prosperariam. Tanto Nero quanto Dante encontram Echidna e lutam contra ela durante os eventos de DMC4. Foi inspirada na criatura de mesmo nome  presente na mitologia grega.

Echdina (DMC4)

Doppelganger

Doppelganger é um demônio composto de sombras, que assume a mesma forma de seus inimigos ao refratar a luz em várias direções. Ele é encontrado como um chefe em DMC3. Foi inspirado no conceito de mesmo nome, que fala sobre a existência de duplicatas de uma pessoa, geralmente fantasmagórica, e cujo avistamento é um prenúncio de má sorte.

Doppelganger (DMC3)

Mundus 

Também conhecido como o Príncipe das Trevas , é o principal antagonista da franquia DMC1. Ele é um príncipe demoníaco que governou o Mundo dos Demônios há dois mil anos, derrubando o governante anterior e ameaçando o mundo humano. Algum tempo depois de conquistar o trono do diabo, o governo de Mundus foi desafiado pelo deus demônio Argosax, e uma grande guerra se seguiu que dividiu o submundo em dois lados. Ao tentar dominar o Mundo Humano , o espadachim demoníaco Sparda, seu braço direito na época, se rebelou e derrotou ele e seus exércitos, selando-o em um cofre na Ilha Mallet. 

Mundus recebe o nome de um poço supostamente cavado e selado por Rômulo como parte dos ritos de fundação de Roma. Ele também é identificado no jogo duas vezes com Plutão.

Mundus (DMC1)

Alastor e Ifrit

Alastor

Essas são duas armas que Dante utiliza em DMC1. Alastor é uma arma viva, a "Espada do Trovão" e o "Espírito do Relâmpago". Só pode ser manejada pelo "escolhido" que pode conquistá-la, mas é capaz de conceder ao seu possuidor velocidade da luz e capacidade aérea. Já Ifrit é uma manopla que carrega o espírito de um demônio do elemento fogo e seus ataques são carregados com o fogo mágico do inferno, muito mais intenso do que qualquer fonte natural de chamas. Como Alastor , Ifrit só pode ser usado por alguém forte o suficiente para resistir à sua natureza demoníaca.

Ifrit

Na mitologia grega, Alastor é um daimon, provavelmente filho de Nix, a noite, e a personificação da punição contra os descendentes daqueles que cometeram crimes contra a família. Era companheiro das Erínias, e vivia junto delas no reino dos mortos. Também é um epíteto de Zeus no papel de vingador de maus atos, e daí sua inspiração. Ifrit é uma classe de gênios de fogo presentes na mitologia árabe.

Jokatgulm 

Jokatgulm (DMC2)

Jokatgulm é um poderoso demônio de DMC2 que vive na água. Ela emerge da água no porto da Cidade Baixa, no final da Missão 4 do cenário de Dante e da Missão 3 do cenário de Lucia. Jokatgulm compartilha várias características com a Hidra de Lerna da mitologia grega, particularmente sua aura venenosa e residência aquosa, e sua capacidade de regenerar seus tentáculos é uma reminiscência da capacidade da hidra de gerar novas cabeças.

Berial 

Berial (DMC4)

Berial é um chefe encontrado em DMC4. Ele é um enorme demônio centauro com face leonina, vindo de um círculo particularmente bárbaro e cruel do submundo conhecido como ''Inferno de Fogo". Nero luta contra Berial na Missão 2: La Porte De L'Enfer, e Dante o enfrenta na Missão 16: Inferno.  Seu nome é inspirado no demônio Belial, 68º espírito listado na Goetia. No Cristianismo, Belial é mencionado também no Novo Testamento como o oposto da luz, do bem e de Jesus Cristo.

Furiatauro

Furiatauro é um chefe que aparece em DMC2, encontrado na Missão 8 do cenário de Dante. É baseado no Minotauro, que assim com Gerião, aparece não só na mitologia grega mas também na Divina Comédia. Seu visual foi inspirado nas xilogravuras do touro de bronze um suposto instrumento de tortura, ou execução, era um forno de bronze em forma de touro. A vítima seria colocada dentro do forno e lentamente assada viva enquanto o metal começava a esquentar.

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Ruby