31 de março de 2013
Ishtar
30 de março de 2013
Gungnir
O Anel dos Nibelungos
Wikipédia
29 de março de 2013
O Sinal Wow!
Jerry R. Ehman |
28 de março de 2013
Tupã
۞ ADM Sleipnir
Arte de Filipe Sant'Ana |
Tupã (também Tupa, Tupave ou Tenondé) é uma figura controversa pertencente à mitologia dos povos tupi-guarani. Comumente considerado como um deus supremo, criador do universo e da luz, Tupã é na verdade uma criação dos católicos europeus, introduzido na cultura indígena tão logo os jesuítas iniciaram o processo de catequização no país no séc. XVI. Essa afirmação é feita por Câmara Cascudo (1898 -1986), famoso historiador e cientista brasileiro, que em sua obra Geografia dos Mitos Brasileiros, descreve com detalhes o processo conduzido pelos jesuítas para criar uma identificação do seu deus com os nativos.
A Criação de Tupã e a Demonização de Jurupari
Ao chegar no novo e inexplorado território, os padres se depararam com centenas de milhares de "novas almas" a serem convertidas à sua religião. Porém, antes de iniciar o seu trabalho de catequização, foi necessário identificar os objetos de adoração desses homens. Entre eles estava Jurupari, espírito dos pesadelos e uma entidade vista por maléfica pelos índios mas não necessariamente um demônio. Não podendo associar o seu deus a este ser, os jesuítas logo o identificaram com outra figura de suas crenças, Satanás. Tendo achado o "deus maligno" em meio as crenças indígenas, faltava encontrar aquele que seria a representação do deus cristão.
Foi então que surgiu Tupã, cujo o nome para os nativos era o mesmo do som do trovão (tu-pá ou tu-pã). Sendo um fenômeno não familiar aos índios, e não tendo nenhum significado real para eles além do medo de seu som, os jesuítas logo trataram de vesti-lo com todas as características de seu próprio deus, e se declarando como seus emissários. Segundo o missionário francês Jean de Léry, quando um trovão ressoava, os índios se assustavam, e eles (os jesuítas) aproveitavam o momento para dizer-lhes que era Deus que estava fazendo o céu e a terra tremer, a fim de mostrar sua grandeza e poder.
Arte de Thiago de Souza |
Aos poucos, tudo relacionado à Jurupari foi sendo destruído e afastado do meio indígena, enquanto o deus cristão, na forma de Tupã, foi introduzido em sua cultura. As crianças e adultos indígenas que estavam sendo catequizados aprendiam que Tupã era o deus criador do universo, tal como o deus cristão.
De acordo com as pesquisas realizados por Câmara Cascudo, não há indícios de que houvesse, antes da chegada dos portugueses, a ideia de uma entidade onipotente e onipresente, à maneira do ser supremo das religiões monoteístas.
Representações de Tupã
Tupã, como uma figura personificada e manipulando raios é uma figura completamente estranha aos povos tupi-guarani. Tupã era visto da mesma forma que o deus cristão, como um ser onipresente e sem forma física. Essa imagem, tão comum para nós nos tempos atuais, é uma construção ocidental totalmente influenciada pela imagens de deuses mais famosos como o Zeus grego.
Arte de Gabriel Damasceno |
Mitos
Com o passar do tempo, a figura de Tupã foi tomando forma e se misturando com crenças de outros povos indígenas, principalmente com o guarani. A seguir, trago duas lendas que fazem parte dos mitos de criação Guarani e que trazem Tupã como protagonista.
A União de Tupã e Jaci
Antes da criação da raça humana, Tupã casou com Jaci (ou Araci), deusa mãe do céu, cuja casa era a lua. Tupã e Jaci se conheceram através de uma constelação de estrelas, e levou anos para encontrarem um ao outro. De acordo com o mito, Tupã e Jaci desceram sobre a Terra um dia após seu casamento, e juntos eles criaram os rios e os mares, as florestas, as estrelas e todos os seres vivos do universo. Diz-se que o local em que estavam criando essas coisas estava no topo de uma colina em Areguá, uma pequena cidade no Paraguai, perto da capital Assunção.
Criação da raça humana
Após a criação de todas as coisas na terra, Tupã decidiu iniciar a criação do primeiro casal humano sobre a terra. Para sua criação, Tupã usou uma mistura de argila, suco extraído da erva-mate, o sangue do tuju, as folhas de vários tipos de plantas, e, finalmente, uma centopéia. Ele fez uma pasta desta mistura, usando as águas de uma nascente próxima, que se tornaria o Lago Ypacaraí. A partir desta pasta, Tupã criou um par de estátuas à sua imagem, e deixou-os no sol para secarem e encherem de vida. Os seres humanos recém-criados foram colocados na frente dos deuses, e a mulher foi nomeada Sypave (literalmente "mãe do povo") por Jaci, e o homem foi nomeado Rupave (literalmente "pai do povo") por Tupã.
Tupã e Jaci aconselharam os seres humanos a se reproduzirem e viverem em paz e amor. Tupã criou os espíritos do bem e do mal, Angatupyry e Tau, e os deixou na terra para guiarem as pessoas para um dos dois caminhos. Após isso, ele retornou aos céus.
Arte de Jãnio Garcia |
fontes:
- Geografia dos Mitos Brasileiros, de Câmara Cascudo;
- https://www.hipercultura.com/tupana-deuses-indigenas-deusas/
- https://en.wikipedia.org/wiki/Guarani_mythology#Guarani_creation_myth
27 de março de 2013
Marduk
Arte de Christian Johnson |
26 de março de 2013
Enlil
25 de março de 2013
Vetala
24 de março de 2013
Pandora
Arte de wisnutan |
Arte de Brendon Schumacker |
23 de março de 2013
Os 8 Imortais (Baxian)
Li Tieguai |
As histórias sobre os Oito Imortais explicam como cada um alcançou a imortalidade de uma maneira diferente. O primeiro a chegar a este estado foi Li Tieguai (Muleta de Ferro), um eremita que passou 40 anos sem comer nem dormir. De acordo com algumas histórias, Li Tieguai adquiriu a imortalidade e sua muleta da Rainha Mãe do Ocidente, que o viu mancando e mendingando. Outras lendas dizem que Laozi, fundador do taoísmo, desceu do céu para ensinar Li Tieguai a sabedoria dos deuses. Um dia Li enviou seu espírito para Laozi. Quando ele voltou, ele descobriu que um seguidor havia queimado seu corpo, acreditando que ele estivesse morto. Então Li entrou no corpo de um mendigo deformado que tinha morrido, ganhando tanto imortalidade quanto uma nova identidade.
Han Zhongli |
Vários contos diferentes falam da vida de Han Zhongli, um oficial do exército e funcionário do Estado. Algumas histórias dizem que depois de perder uma batalha, ele foi para as montanhas, tornou-se um eremita, e aprendeu o segredo da imortalidade das Flores do Oriente. Outros contos dizer que ele era um sacerdote ou um mendigo e que ele descobriu uma caixa de jade contendo a poção mágica da vida eterna. Na arte, Han Zhongli é geralmente retratado como um velho barbudo segurando um leque feito de penas.
Lu Dongbin |
Lu Dongbin, O mais famoso membro dos Oito Imortais, é um príncipe que viajou por toda a China, matando dragões com uma espada mágica. Um dia ele conheceu Han Zhongli em uma estalagem, e mais tarde naquela noite ele sonhou que a sua vida real iria acabar em desgraça. Quando ele acordou, ele virou as costas para as coisas do mundo e seguiu Han Zhongli para as montanhas para buscar o Tao e ganhar a imortalidade. Lu Dongbin é geralmente mostrado carregando uma espada.
Han Xiang |
Cao Guojiu |
Zhang Guolao |
Lan Caihe |
O imortal Lan Caihe às vezes aparece como um homem e outras vezes como uma mulher. Um dia, enquanto recolhia ervas medicinais, Lan Caihe conheceu um mendigo e ajudou a cuidar das feridas em seu corpo. O mendigo era Li Tieguai disfarçado, e ele recompensou esta bondade ao conceder a imortalidade a Lan Caihe. Lan Caihe viajou por todo o país em um vestido esfarrapado azul, incitando as pessoas a procurar o Tao. Ele geralmente é mostrado com uma flauta ou uma cesta de frutas.
He Xiangu |
22 de março de 2013
Cobras e Serpentes
As cobras e serpentes como símbolos
O Caduceu |
Ouroboros |
Serpentes marinhas
21 de março de 2013
Elfos
Os elfos de luz são mais brilhantes do que o sol na aparência, e os Elfos Negros são mais negros do que betume... (Snorri, Gylfaginning 17, Edda em Prosa). Alfheim era governada pelo Rei elfo Van Frey, e todos os seus descendentes estão relacionados com os elfos. Eram mais justo do que quaisquer outras pessoas...
Outra evidência de elfos na mitologia nórdica vem da poesia dos scaldos, a Edda Poética e sagas lendárias. Nelas os elfos são ligados à Æsir (ou Ases, casta de deuses), particularmente pela frase comum "Æsir e os elfos". No Alvíssmál ("Os provérbios de todos os sábios"), os elfos são considerados distintos de ambos os Æsir e os Vanir (casta de deuses). O Lokasenna ("O sarcasmo de Loki"), um dos poemas da Edda Poética, relata que um grande grupo de Aesir e Alfar se reuniram no salão de Aegir para um banquete.
Mitologia Germânica