31 de julho de 2015

Métis

۞ ADM Sleipnir


Na mitologia grega, Métis (do grego Μῆτις, "mulher sábia" ou "mulher habilidosa", equivalente a deusa romana Prudênciaera uma das titânides, cultuada como deusa da saúde, proteção, astúcia, prudência e virtudes. Filha dos titãs Oceano e Tétis, Métis foi a primeira esposa de Zeus e sua conselheira durante a Titanomaquia, elaborando o plano que forçou Cronos a regurgitar seus filhos. 

Métis veio a engravidar de Zeus, e este recebeu de Gaia uma profecia que dizia que um de seus filhos com Métis iria destroná-lo no futuro, assim como ele havia feito com Cronos. Temendo que a profecia viesse a se cumprir, Zeus decidiu dar um fim em sua esposa. Propondo-lhe uma brincadeira, Zeus sugeriu a Métis que se transformar-se em uma mosca. Sem perceber as intenções de Zeus, ela voou e pousou em suas mãos. Imediatamente, ele a aprisionou e a engoliu, incorporando a si os atributos da deusa.

Após ter engolido Métis, a cabeça de Zeus passou a crescer a cada dia. Não suportando as dores, Zeus pediu a seu filho Hefesto que o libertasse. Hefesto usou um machado para abrir a cabeça de Zeus, de onde saltou Atena, a deusa estrategista da guerra e da sabedoria, já adulta e armada com sua lança.


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30 de julho de 2015

Ninlil

۞ ADM Sleipnir

Arte de PoisonDLucy13

Ninlil (também conhecida como SudMulliltu, Mullissu e Mylitta) é uma conhecida principalmente por ser a consorte do deus Enlil, com quem compartilha muitas características (como por exemplo, suas características como deus criador, pai dos deuses, chefe do panteão, doador da vida, entre outras). Ela é geralmente tida como filha dos deuses Haia (deus dos escribas) e Nunbarsegunu/Nisaba (deusa da cevada). Outras fontes dizem que ela é filha de An/Anu e Antu/Ki. Outras fontes ainda afirmam que ela é filha de Anu/An e Nammu. 

Devido a uma interpretação de seu nome, Ninlil é comumente chamada de "Senhora da Brisa", e associada ao ar como seu marido, mas de acordo com estudiosos do assunto, essa tradução de seu nome é incerta.

Ninlil e Enlil 


A participação mais importante e famosa de Ninlil na mitologia se dá com seu relacionamento com Enlil. Quando Enlil ainda era um deus jovem, acabou se apaixonado por Ninlil, porém acabou violentando-a antes de se casarem. Ninlil foi até a presença dos grandes Anunnaki e clamou por justiça, e os mesmos decidiram punir Enlil, expulsando-o de Dilmun (o reino dos deuses), para habitar o reino da deusa Ereshkigal, Kurnugia, "A Terra do Não-Retorno".

Apesar de tudo, Ninlil amava Enlil, e acabou decidindo segui-lo até o submundo. A chegar diante dos três primeiros portões do reino de Ereshkigal, Ninlil encontrou-se com seus guardiões, que na verdade eram todos eles disfarces de Enlil. Sob esses disfarces, Enlil convenceu-a de que ela só poderia passar pelos portões se ela lhe cedesse favores amorosos. Ninlil logo percebeu quem os guardas eram de verdade, e então se relacionou sexualmente com eles, sendo fecundada e gerando posteriormente os deuses Ashnan, Ninazu, Nergal, Ninurta e Nanna.


Iconografia e Sincretismos

Muito pouco se sabe sobre a iconografia de Ninlil. Suas representações são geralmente confundidas com as da deusa Ishtar. Na obra Histórias de Heródoto, Ninlil, sob o nome de Mylitta foi identificada como a versão assíria de Afrodite, a deusa grega do amor. É possível que essa identificação se deva ao sincretismo de Ninlil com Ishtar como a deusa do amor e da guerra. Quando Enlil foi sincretizado com Ashur, o deus mais alto do panteão assírio, Ninlil, conseqüentemente, tornou-se a esposa de Ashur.

Astronomicamente, Ninlil é identificada com as constelações de Ursa Maior e Lira.

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29 de julho de 2015

Lusca

 ۞ ADM Sleipnir

Arte de Paul Tirol

Lusca é o nome dado a um monstro marinho presente no folclore caribenho, dito residir (ou ter residido) no interior dos buracos azuis localizados nas margens da ilha de Andros, nas Bahamas. Os chamados buracos azuis são cavernas submarinas profundas que aparecem como “buracos” escuros no mar. A tradição local afirma que eles não possuem fundo e, embora possa ser seguro navegar sobre eles, mergulhar é perigoso. O Lusca é a encarnação do terror destes lugares escuros e personificação de suas perigosas correntes. 

O Lusca é geralmente descrito como sendo um polvo ou choco gigante, às vezes descrito como sendo meio polvo e meio dragão ou tubarão. Ele é dotado de inúmeros tentáculos, que chegam a medir 23 metros de comprimento, e os quais ele atira para fora da água para agarrar qualquer coisa ou pessoa que se aproxime demais de um buraco azul. Ele pode parar um navio na água, enrolando alguns de tentáculos ao redor do mesmo enquanto outros alcançam e sentem o convés. No momento em que seus tentáculos entram em contato com um humano, eles imediatamente puxam o infeliz para a água.

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28 de julho de 2015

Ushas

۞ ADM Sleipnir


Ushas (do sânscrito उषः "Alvorada") é a deusa védica e hindu da aurora, usualmente mencionada no plural. Ela é filha de Dyaus, o antigo deus védico do céu e Phrthivi, a deusa da terra. Seus irmãos são Ratri (a deusa da noite), Agni (deus do fogo) e Indra (deus do céu e sucessor de Dyaus). Seu consorte é Surya (o deus sol).

Ushas era adorada como o elo entre o céu e a Terra. A jovem e bela deusa renascia a cada manhã (e, por isso, muitas vezes era tratada no plural, as alvoradas), quando atravessava o céu em sua carruagem de ouro puxada por sete vacas (que representariam os sete dias da semana) e vestida com um robe laranja avermelhado e um véu amarelo-açafrão. 


Todos os dias, Ushas abria as portas do céu e trazia a luz para iluminar o mundo. Ela despertava os adormecidos e distribuía canções para os pássaros em seus ninhos. Para aqueles que praticavam a bondade, Ushas lhes provia riqueza e felicidade, mas para os ímpios, restava somente o sono eterno (provavelmente um sinônimo para a morte).

Ushas também é descrita como "o meio do despertar", ou seja, através dela, deuses evoluíam em seus caminhos para iluminação plena. Essa descrição pode ser pelo fato da alvorada anteceder a chegada do Sol, da luz para o mundo após a escuridão. Chegava a ser o sopro da vida para os Vedas. Também é representada por sete pombas brancas que afastam os maus espíritos. Seus dedos seriam serpentes em tons róseo-dourados que simbolizavam grande sabedoria e seus raios de luz.


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27 de julho de 2015

Tzitzimime

۞ ADM Sleipnir


Na mitologia asteca, as Tzitzimime (singular: Tzitzimitl) são deidades femininas associadas com as estrelas. Elas eram geralmente descritas como figuras esqueléticas, muitas vezes vestindo saias e cocares decorativos. Em suas representações mais famosas, elas usam mãos cortadas e corações como adornos por todo o corpo, e parecem ter garras pontiagudas em ambas as suas mãos e pés. Outro detalhe curioso é que eles parecem ter olhos que crescem fora de diferentes articulações, como os tornozelos, joelhos, pulsos e cotovelos, embora isso varie entre as diferentes representações. 


As Tzitzimime tem sido descritas como sendo demônios, embora isso não reflita necessariamente sua função no sistema de crença asteca. Por serem do sexo feminino, elas também foram relacionadas à fertilidade, e como tal associadas com outras divindades femininas como Tlaltecuhtli e Coatlicue. Elas eram adoradas por parteiras e mulheres em trabalho de parto. Sua líder era a deusa Itzpapalotl, que governava Tamoanchan, o paraíso onde essas divindades residiam. Sendo associadas com as estrelas, quando as mesmas não eram vistas no céu durante eclipses solares, os astecas interpretavam isso como um sinal de que as Tzitzimime estavam atacando o sol. Isso criou a crença de que durante um eclipse, elas desciam à terra para devorar os seres humanos. 


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24 de julho de 2015

Mimi

۞ ADM Sleipnir


Os Mimi são seres féericos presentes no folclore dos aborígenes norte-australianos. Eles possuem corpos extremamente alongados, tão finos que correm o risco de se quebrar com um vento forte. Para evitar o perigo, vivem a maior parte do tempo em fendas nas rochas. Eles teriam ensinado os Aborígenes a caçar, preparar a carne de canguru e usar o fogo. São parecidos com os humanos, embora vivam numa dimensão diferente, e eram também conhecidos por serem espíritos sensuais e vivazes, que ensinavam as pessoas sobre sexo.


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23 de julho de 2015

A Perna Cabeluda

۞ ADM Sleipnir


A Perna Cabeluda é um lenda urbana originada na cidade de Recife (em Pernambuco) na década de 70. Posteriormente, a lenda se espalhou por todo o Nordeste ganhando suas próprias versões em cada estado. 

A origem  desta lenda envolve a história de um vigilante descrita pelo do escritor Raimundo Carrero  e sua divulgação ao radialista Jota Ferreira. Afirma se que no programa de rádio foi divulgado o caso de um vigilante noturno que teria encontrado uma perna peluda debaixo de sua cama. A nota foi passada ao radialista pelo escritor Raimundo Carrero, cuja a brincadeira dizia que após uma noite de ronda,  o guarda havia encontrado uma perna cabeluda debaixo da cama onde a esposa dormia, denotando  que seria de um amante.

Porém a notícia foi interpretada pela população como uma criatura assombrosa em forma de perna animada e vários boatos de populares sobre a aparição foram relatados. Estes relatos geralmente diziam sobre ataques noturnos dentro de casas, onde a perna se escondia em guarda-roupas e debaixo de camas ou até mesmo surpreendendo pessoas nas ruas. Os ataques consistiam de chutes, joelhadas e pisadas, mas a perna fugia rapidamente dos locais em grandes pulos. 

imagem da HQ "A rasteira da perna cabeluda"

Estes ataques foram assuntos de alguns folhetos de cordel como "A Perna Cabeluda" de Tiúma e São Lourenço de José Soares,  "A Véia debaixo da cama e a Perna Cabeluda" de José Costa Leite e "A terrível história da Perna Cabeluda" de Guaipuan Vieira.

De tão popular, a Perna figurou em shows de Chico Science & Nação Zumbi, onde Chico dançava com uma perna de pano estufada que era lançada à plateia. Na versão do escritor de cordéis Guaipuan Vieira, a perna possuía um único olho no joelho, boca com dentes de felinos, nariz pontudo e língua com ponta cortante, unhas afiadas e um esporão no calcanhar.


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22 de julho de 2015

Ovinnik

۞ ADM Sleipnir

Ovinnik (também chamado Gumiennik) é um espírito doméstico da mitologia eslava. Ele possui a aparência de um homem pequeno e velho, com cabelos longos, barba e bigode (que se parecem com trigo ou algum outro grão). Ele pode adotar a forma de um gato negro com olhos flamejantes, porém ele late como se fosse um cão. Os eslavos orientais consideram o Ovinnik o mais malévolo de todos os espíritos domésticos. 

Viktor Korolkov , “Ovinnik”
Segundo as lendas, o Ovinnik habita as casas de debulha (locais onde são retirados os grãos das espigas de milho). Estes são locais altamente vulneráveis a incêndios, e os eslavos criam que estes eram causados por Ovinniks, que se instalam no local e ateiam fogo nos grãos. Para aplacá-los, os camponeses ofereciam a eles galos e panquecas, esperando que assim os Ovinniks zelassem pelos grãos. Mesmo assim, muitas vezes os grãos eram incendiados, destruindo não só a casa de debulha mas também as casas ao redor da mesma. Como um meio de se evitar maiores tragédias, as casas de debulha eram construídas o mais longe possível das construções principais do terreno. Assim, o Ovinnik também era mantido bem longe da casa.

Apesar do caráter destrutivo, o Ovinnik possui o dom de prever o futuro, um dom que aliás a maioria dos espíritos eslavos possuem. Na véspera de Ano Novo, ele permitia que os camponeses adentrassem a casa de debulha (que deveria estar em total escuridão) e lhe tocassem nas costas; um toque quente indicavam boa fortuna, um toque frio significava infelicidade no ano que viria.

Ivan Bilibin, "Ovinnik"

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21 de julho de 2015

Ashinaga & Tenaga

۞ ADM Sleipnir


Ashinaga (足 長, "pernas longas") e Tenaga  (手 長, "braços longos"), também chamados de Ashinaga-jin e Tenaga-jin, são um par de yokais do folclore da região de Kyushu, no Japão. Eles se parecem com humanos comuns, com a diferença de que o Ashinaga possui pernas longas (com cerca de 6 metros de comprimento), enquanto o Tenaga possui braços longos (com cerca de 9 metros de comprimento). A dupla é comumente descrita como sendo oriunda de duas tribos, a "Tribo dos Homens de Pernas Longas" e a "Tribo dos Homens de  Braços Longos", que se acreditava existirem na antiguidade, nas províncias de Akita, Yamagata, Fukuoka e Nagano.

Ashinaga e Tenaga trabalham em equipe para capturar peixes na beira dos rios. Para isso, Tenaga sobe nas costas de Ashinaga, posicionando-se acima de seus ombros. Ashinaga então entra no rio, mantendo-se fora d'água graças a suas pernas longas, enquanto Tenaga usa seus longos braços para capturar os peixes.



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20 de julho de 2015

Átila, o Huno

۞ ADM Sleipnir


Átila, o Huno, foi um famoso conquistador do século V, nascido por volta de 406 d.C., que ajudou a unir o império Huno em uma área onde hoje é a Hungria. Ele construiu um vasto império, que se estendeu através de partes do que é hoje a Alemanha, Rússia, Polônia, e grande parte do Sudeste Europeu. Durante seu reinado, foi um dos maiores inimigos dos impérios romanos Oriental e Ocidental. Deles, recebeu o apelido de "Flagelo de Deus", por causa da devastação que ele causava sobre o Império Romano.

Início do Reinado 

Átila governou o império huno de 434 à 453 d.C., sucedendo seu finado tio, o rei Roas, e compartilhando por algum tempo o trono com seu irmão Bleda. Eles herdaram as hordas citas, que estavam desorganizadas e enfraquecidas por lutas internas. A primeira atitude de Átila foi unir seus súditos com a finalidade de criar um dos exércitos mais formidáveis ​​e temidos.

Inicialmente, Átila e Bleda concentraram suas atenções no Império Romano Oriental. Em 434 o imperador romano Teodósio II ofereceu à Átila e Bleda £ 660 de ouro anualmente, na esperança de garantir uma paz duradoura com os hunos. Esta paz, no entanto, não durou muito tempo. Em 441, os hunos atacaram o Império Romano do Oriente. O sucesso dessa invasão encorajou Átila a continuar sua expansão para o oeste. Passando sem obstáculos através da Áustria e da Alemanha, Átila saqueou e devastou tudo em seu caminho. 

A Morte de Bleda 

Em 445, Bleda morreu repentinamente, e Átila tornou-se o rei único dos hunos. Tal como aconteceu com Roas, a causa da morte não foi registrada, mas fontes romanas da época e historiadores modernos acreditam que Átila matou ou mandou matar os dois. No ano de 447, os hunos, comandados por Átila, já haviam alcançado os muros de cidades importantes do império romano e dominado toda a região dos Bálcãs — uma área gigantesca que se estendia do Mar Negro ao Mar Mediterrâneo — com um forte e preparado exército. Foi com este exército que Átila conseguiu invadir 60 cidades fortificadas, prostrando quase toda a Europa sobre a poeira, um feito admirável para a época.


Tentativa de Assassinato

Em 449, Constantinopla enviou um embaixador imperial, Maximino, supostamente para negociar com Átila a criação de uma zona-tampão entre as terras húnicas e romanas, e também o retorno de mais refugiados hunos. Os longos meses de preparação e a viagem foram gravadas por Prisco, um historiador que acompanhou a comitiva. 

Quando o comboio romano carregado de presentes chegou nas terras húnicas, foi rudemente rejeitado. O embaixador (e Prisco) não tinham percebido que Vigilas, seu intérprete, na verdade, tinha sido enviado para assassinar Átila, em conluio com Edeco, conselheiro de Átila. Após Edeco revelar toda a trama, Átila enviou os romanos para casa em desgraça. 

A "Proposta de Casamento" de Honória 

Um ano depois da tentativa de assassinado, a princesa romana Honória lhe enviou à Átila uma carta e um anel. Honória, irmã do imperador Valentiniano III, havia sido prometida em casamento a um homem que ela não gostava. Na carta enviada à Átila, Honória pedia para ele resgatá-la. 

Átila interpretou o pedido como uma proposta de casamento, e alegremente aceitou. O dote de Honória incluía metade das províncias do Império Romano do Ocidente, o que era um ótimo prêmio. O imperador romano se recusou a aceitar este acordo, é claro, e então Átila reuniu seu exército e partiu para reivindicar sua nova esposa. Os hunos rapidamente invadiram grande parte da moderna França e Alemanha. 

Batalha dos Campos Cataláunicos 

A campanha dos hunos através da Gália foi interrompida nos Campos Cataláunicos, no nordeste da França. Lá, o exército de Átila enfrentou as forças do general romano Aécio, juntamente com alguns alanos e visigodos. Perturbados por maus presságios, os hunos esperaram até quase o anoitecer para atacar, e tiveram o pior dos combates. No entanto, os romanos e seus aliados se retiraram no dia seguinte. 

A batalha não foi conclusiva, mas é cosiderada a "Batalha de Waterloo" de Átila. Alguns historiadores afirmaram que a Europa Cristã poderia ter sido extinta para sempre se Átila tivesse vencido naquele dia. Após a derrota, os hunos retornaram para o seu lar para se reagruparem.


A Invasão à Itália e a suposta intervenção do Papa 

Apesar da derrota sofrida na França, Átila continuou decidido a se casar com Honória e adquirir seu dote. Em 452, os hunos invadiram a Itália, enfraquecida devido a dois longos anos de fome e de epidemias. Os hunos rapidamente capturaram cidades fortificadas incluindo Pádua e Milão, no entanto, foram dissuadidos de atacar Roma pela falta de provisões alimentares disponíveis, e pela epidemia galopante ao seu redor. 

O Papa Leão mais tarde afirmou ter encontrado Átila e convencido-o a voltar atrás, mas é provável que isso nunca tenha acontecido realmente. No entanto, a história foi adicionada ao prestígio da Igreja Católica primária. 

A Misteriosa Morte de Átila

Após seu retorno da Itália, Átila se casou com uma adolescente chamada Ildiko. O casamento ocorreu em 453 d.C., e foi comemorado com uma grande festa e muito álcool. Após o jantar, o casal se recolheu para a câmara onde passariam a noite. Na manhã seguinte, Átila não apareceu e, nervosos, seus servos foram até a câmara e abriram a porta. Ao abrir, os homens encontraram Átila morto no chão (alguns relatos dizem que ele estava "coberto de sangue"), e sua noiva estava encolhida em um canto, em estado de choque. 

Alguns historiadores acreditam que Ildiko assassinou seu marido, mas isso parece improvável. Ele pode ter sofrido uma hemorragia, ou ele poderia ter morrido de envenenamento por álcool durante os festejos da noite de núpcias. 

A morte de Átila, por Ferencz Paczka  

A Queda do Império Huno

Após a morte de Átila, seus três filhos dividiram o império entre si, e depois disputaram sobre quem seria o rei supremo. Ellac (o irmão mais velho) prevaleceu, mas enquanto a guerra entre irmãos ocorria, tribos sujeitas aos hunos se libertaram do império, uma por uma. Apenas um ano após a morte de Átila, os godos derrotaram os hunos na Batalha de Nedao, levando-os para fora de Pannonia (Hungria agora ocidental). 

Ellac acabou sendo morto em batalha, e outro filho de Átila, Dengizich tornou-se o grande rei. Dengizich estava determinado a trazer o Império Huno de volta aos seus dias de glória. Em 469, ele enviou um pedido para Constantinopla que o Império Romano do Oriente voltasse a pagar tributos aos hunos. Seu irmão mais novo Ernakh recusou-se a se envolver neste empreendimento, e abandonou a aliança de Dengizich juntamente com o seu povo. 

Os romanos recusaram o pedido de Dengizich. O império foi atacado, e seu exército foi esmagado pelas tropas bizantinas sob o comando do general Anagestes. Dengizik foi morto, junto com a maioria de seu povo. 

Os remanescentes do clã de Dengizik uniram-se ao povo de Ernakh, e foram absorvidos pelos búlgaros, ancestrais dos búlgaros de hoje. Passados dezesseis anos da morte de Átila, os hunos haviam deixado de existir. 

O Legado de Átila

Ainda que seu império tenha morrido com ele e não tenha deixado nenhuma herança notável, Átila tornou-se uma figura lendária da história da Europa. Ele é muitas vezes retratado como um governante bárbaro, sanguinário e cruel, mas é importante lembrar que as suas histórias eram contadas por seus inimigos, os romanos orientais. O historiador Prisco, que passou a embaixada fatídica para a corte de Átila, também observou que Átila era sábio, misericordioso e humilde. Prisco ficou surpreso que o rei huncio usava instrumentos simples feitos de madeira, enquanto seus cortesãos e convidados comiam e bebiam em pratos de prata e ouro. Ele não matou os romanos que vieram para assassiná-lo, enviando-os para casa em desgraça em seu lugar. É seguro dizer que Átila, o Huno foi uma pessoa muito mais complexa do que sua reputação moderna revela.

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17 de julho de 2015

Hapi

۞ ADM Sleipnir

Arte de Vagrant Lungs

Hapi (ou Hep, Hap, Hapy) é o deus egípcio que personificava as águas do Nilo durante a sua inundação anual, a qual o Antigo Egito estava sujeito entre meados de julho e outubro (Nos dias de hoje esse evento já não ocorre mais, pois o rio é controlado por barragens e canais auxiliares que foram construídas ao longo dos tempos). Como um deus da água, Hapi era uma divindade associada à fertilidade e a fecundidade, uma vez que após a inundação, a terra tornava-se perfeita para o plantio. 

O papel de Hapi era tão importante para os egípcios que por vezes ele foi reverenciado acima de Rá, o deus sol. Ele era adorado por todo o Egito, mas foi particularmente popular em torno de Aswan e Gebel El-Silisila.

Iconografia

Hapi é geralmente descrito como um homem de pele azul ou verde com uma barba falsa e vestindo uma cinta associada aos pescadores. Apesar de ser uma divindade masculina, Hapi é retratado com seios femininos e um ventre avantajado, características essas que simbolizam nutrição e fertilidade.



Hapi era também o deus do Alto e do Baixo Egito, e essa dualidade era representada através de duas imagens do deus, onde uma ( representando o Baixo Egito) usava um cocar feito de plantas de papiro a outra (representando o Alto Egito) usava um cocar feito de plantas de lótus. O Hapi do Alto Egito era chamado de Hap-Meht, enquanto o Hapi do Baixo Egito era conhecido como Hap-ResetEles eram representados em conjunto, despejando água de uma jarra ou amarrando as duas plantas heráldicas do Alto e do Baixo Egito com um nó, formando o hieróglifo sema, que simboliza a união do Alto e Baixo Egito.


Relações com outras divindades

Além de possuir dois domínios, Hapi também possuía duas consortes. No Alto Egito, sua consorte era a deusa abutre Nekhbet, e no Baixo Egito era a deusa cobra Wadjet. Quando ele assumiu os atributos de Nun (Nu), Hapi tornou-se consorte da esposa de Nun, a deusa primordial Naunet, membro da Ogdóade de Hermópolis. Ele também foi associado com Osíris - outro deus da fertilidade relacionado com a água - e, portanto, Nekhbet e Wadjet também eram vistas como representações de Ísis, esposa de Osíris .

Hapi foi mencionado nos Textos das Pirâmides sob o nome de Hep onde é ligado ao nomo de Kenset (incluindo a Primeira Catarata e as ilhas de Elefantina, Sahel, Philae, dentre outras) e ao deus Wepwawet ("o abridor de caminhos").

Os textos pediam que Hapi e Wepwawet enviassem uma boa inundação. De acordo com o mito, o rio Nilo fluía do lar de Hapi (próximo da Primeira Catarata) através dos céus e da terra dos mortos antes de emergir de uma caverna em algum lugar nas montanhas. A inundação era referida como a "Chegada de Hapi" e durante a mesma, os egípcios colocavam estátuas do deus nas vilas e cidades para que eles pudessem implorar por sua assistência naquela época. Eles jogavam oferendas no rio em locais sagrados para o deus, a fim de garantir que a inundação não fosse muito baixa (deixando água insuficiente para as culturas) ou muito alta (arriscando a destruição de suas casas, feitas de tijolos de barro).

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16 de julho de 2015

Ahkiyyini

۞ ADM Sleipnir


O Ahkiyyini é um esqueleto vivo presente na mitologia inuíte, e que segundo as lendas é responsável por criar tempestades nos mares, causando o naufrágio de embarcações. De acordo com a crença dos inuítes, os homens que em vida amavam dançar e tocar bateria tinham grandes probabilidades de se tornarem um ahkiyyini após a morte. 

Ao ouvir o som de pessoas dançando e se divertindo, o Ahkiyyini deixa seu túmulo, vindo para a superfície para tocar música. Ele usa um osso de seus braços como suas baquetas e um xilofone feito de escápulas. Ao tocar sua música, o Ahkiyyini faz a terra tremer violentamente, e os rios e mares tornam-se revoltos, criando ondas enormes que acabam naufragando embarcações e afogando seus infelizes tripulantes.


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15 de julho de 2015

Selkies

۞ ADM Sleipnir


Selkies (do inglês antigo seolh, "selo"; também conhecidas como silkies ou selchies) são criaturas mitológicas pertencentes ao folclore das Ilhas Faroé, Islândia, Irlanda e Escócia, Elas vivem como focas no mar, mas possuem a capacidade de se tornarem humanos ao retirarem suas peles. Da mesma forma, ao vestirem novamente suas peles de foca, elas retornam à sua forma original. 

Quando em forma humana, selkies possuem uma beleza excepcional e também são extremamente encantadoras, fazendo qualquer homem se apaixonar à primeira vista. Ao deixarem sua pele de foca e se transformarem em humanos, selkies tornam-se vulneráveis a serem capturadas, geralmente por aqueles perdidamente apaixonados e encantados com sua beleza. Para se capturar uma selkie, deve-se encontrar a pele de foca da mesma e escondê-la em algum local que ela desconheça ou não tenha acesso. Desta forma, a selkie torna-se incapaz de retornar ao mar.


De acordo com as lendas, uma vez dominadas as selkies podem levar uma boa vida entre os humanos, tornando-se excelentes esposas e mães prendadas. Porém, caso uma selkie encontre sua pele, ela não pensará duas vezes antes de vesti-la e retornar imediatamente ao mar, deixando para trás seu marido e seus filhos. Eventualmente, ela retorna à orla da praia para brincar com seus filhos, mas evita rever seu marido humano.

Existem também selkies do sexo masculino, igualmente belos na sua forma humana e possuidores de um grande poder de sedução sobre as mulheres. Eles geralmente vem à terra firme em busca de relacionamento com mulheres humanas, geralmente aquelas insatisfeitas com sua vida romântica. Isto inclui mulheres casadas esperando por seus maridos pescadores. Se uma mulher quiser fazer contato com um selkie macho, ela deve ir até a orla de uma praia e derramar sete lágrimas no mar.


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14 de julho de 2015

Empusa

۞ ADM Sleipnir


Empusa ou Empousa (do grego Ἔμπουσα; plural Empousai) é uma monstruosa criatura feminina pertencente à mitologia grega, dita fazer parte do séquito de Hécate e ser comandada por ela para assustar viajantes. Durante a Antiguidade Tardia, ela passou a ser considerada uma classe de fantasmas ou espectros equiparadas as Lâmias e as Mormos, as quais seduziam e devoravam homens jovens.

As Empousai são geralmente descritas como possuindo o corpo de uma mulher, com cabelos em chamas vivas e garras afiadas. Além disso, elas tinham patas desproporcionais ao seu corpo, sendo um das patas de burro e a outra de latão/bronze. Elas possuem o poder de se metamorfosearem, usualmente transformando-se em uma vaca, um pássaro, uma bela e jovem mulher, um cão, uma árvore, uma pedra, dentre muitas outras formas.


Empousai costumam agir como súcubos, usando sua habilidade de se transformar em belas mulheres para seduzir suas vítimas, terem relações sexuais com elas e depois drenar-lhes a vida, e dependendo da ocasião, até mesmo devorar sua carne. Desde que a vítima consiga resistir aos encantos de uma Empusa, ela não irá atacá-lo. Além disso, ao se sentirem ameaçadas ou se forem insultadas, as Empousai soltam um grito estridente e macabro, e se retiram do local.


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13 de julho de 2015

Capeta do Vilarinho

۞ ADM Sleipnir

Arte de Rodrigo Viany (Sleipnir)

O Capeta do Vilarinho é um personagem folclórico da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. A Avenida Vilarinho é conhecida por ser uma das principais avenidas do bairro de Venda Nova em Belo Horizonte e é famosa principalmente por seus diversos bailes e casas de forró, gafieira, e diversos outros estilos. Foi em um destes bailes, mais precisamente no baile funk das Quadras do Vilarinho, que em um final de semana do início dos anos 90, teria acontecido o fato bizarro que deu origem a essa lenda.

Durante a noite, um rapaz muito bem apessoado se aproximou de uma moça e chamou-a para dançar. Apesar de o rapaz ser desconhecido de todos os presentes não chegou a causar desconfiança alguma. E justamente neste dia havia uma competição de dança onde alguns casais disputavam na pista o tão cobiçado primeiro lugar. 


Após a moça ver a desenvoltura do rapaz, decidiu participar do concurso como sua parceira. Eles dançaram por um longo tempo, e ele demonstrou ser um excelente dançarino, dominando vários estilos diferentes e surpreendendo a todos na pista. A moça se encantou por ele e acompanhou-o na dança, faceira. Mesmo os dois tendo se conhecido quase na hora da apresentação, eles foram muito bem e acabaram ficando com o segundo lugar. Foi nesse momento que, segundo testemunhas, o rapaz teria ficado muito nervoso por ter ficado em segundo lugar e perdido o controle. Conforme ele ia saindo furioso da pista de dança, a moça teria agarrado seu braço e nesse momento o chapéu do rapaz caiu ao chão. Ao olhar para a sua, a moça teria vislumbrando um par de chifres em sua cabeça e então soltou um grito. Todos no baile correram até o local para ver o que estava ocorrendo, e então se depararam com aquela visão assustadora e demoníaca.

A confusão e a comoção foi geral, mas na correria desesperada, ninguém conseguiu capturar o capeta. Muitos afirmaram ter visto, em meio ao corre-corre, patas de bode no lugar das pernas do rapaz. Na fuga, o capeta ainda teria ferido o porteiro do baile na canela - segundo a vítima, ele teria tentado deter o rapaz pensando que a confusão tivesse sido armada por uma briga, quando o "homem" lhe deu um coice, como se fosse um cavalo, deixando o pobre porteiro caído no chão. 

Não demorou até a notícia se espalhar e alcançar as rádios e TVs de toda a cidade. Repórteres foram enviados ao local para tentar cobrir uma nova aparição do Capeta, mas ele nunca mais apareceu. Alguns dizem que tudo não passou de uma brincadeira de amigos. O homem que, de fato, era um bom dançarino, teria colocado uma espécie de arco na cabeça, de forma bem discreta, e assustaria sua “vítima” no final da dança. A queda do chapéu seria proposital para que a brincadeira fosse revelada de forma natural. No entanto, ele e os amigos que assistiam, não esperavam o desmaio da moça e a repercussão do acontecido. Dessa forma, eles nunca teriam assumido a autoria da tal brincadeira com medo de represálias.


fontes: 
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10 de julho de 2015

Batibat

۞ ADM Sleipnir


Batibat (ou Bangungot) é um espírito demoníaco presente no folclore do povo llocano nas Filipinas. Ele toma a forma de uma enorme mulher/ogra, idosa e obesa que reside em árvores. De acordo com o folclore, ele é responsável por causar morte súbita em humanos durante o sono, porém, um Batibat só entra em contato com os seres humanos se a árvore em que vive for derrubada para a utilização de sua madeira.

Uma vez que sua árvore é derrubada, o Batibat se une à madeira proveniente dela, e segue junto dela até o seu destino, geralmente residências onde a madeira agora faz parte de uma cama ou outro móvel. O Batibat aguarda até o anoitecer, e quando o proprietário do móvel adormece, ele deixa a madeira e senta-se sobre o peito do mesmo, causando-lhe pesadelos e impossibilitando-o de se mexer e até mesmo gritar. Dessa forma, a vítima acaba morrendo sufocada. O único modo de se escapar de seu ataque é ser capaz de acordar do pesadelo causado pelo Batibat, o que pode ser feito mordendo um de seus polegares ou então torcendo o dedão do pé durante o pesadelo. 




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Ruby